TEORIAS DA HISTÓRIA


Tecendo críticas em relação à visão historiográfica que afirma que só há fato histórico quando há interpretação do mesmo, Barbara Tuchman recorre a uma analogia: 

“(...) o passado não registrado é como aquela nossa outra velha amiga, a árvore que tombou na floresta primitiva, onde não havia ninguém para ouvir o som de sua queda. Se não havia ouvinte, teria havido som?

Recuso-me a ser assustada por esse enigma, pois ele faz a pergunta errada. O problema não é se a queda da árvore fez algum barulho, mas se deixou marca na floresta. Se deixou uma brecha que permita ao sol atingir uma espécie até então germinada nas sombras, se matou um animal dominante e transferiu o comando da matilha a outro, de características diferentes, ou se caiu numa trilha de animais provocando pequena modificação em sua rota habitual, da qual se seguiram grandes mudanças, aí sim a queda fez história, quer tenha sido ouvida ou não por alguém.” (TUCHMAN, 1991, p. 19)

De acordo com a leitura do texto acima, e tendo em vista suas leituras de historiografia, pode-se dizer que todo fato histórico está relacionado à existência de um(a):


coletividade.


registro documental.


historiador.


líder.


força da natureza.

Ao observarmos a história da Grécia antiga, principalmente do período denominado homérico, podemos concluir que os mitos:


Eram ritualizados e consagrados pela população pobre e carente.


Eram considerados frutos da imaginação, portanto, tinham o significado de fábula.


Exerciam pouca influência no cotidiano das pessoas.


Eram reais para a sociedade da época, pois tinham a função de determinar padrões de comportamento.


Eram conhecidos apenas pelas pessoas que desfrutavam de uma posição econômica privilegiada.

“Em história, todas as conclusões são provisórias, pois podem ser aprofundadas e revistas por trabalhos posteriores.” (BORGES, 1980, p. 66)
De acordo com a afirmação da historiadora, pode-se inferir que toda produção historiográfica deve ser entendida como:


uma incerteza.


uma verdade absoluta.


uma manipulação.


uma suposição.


uma interpretação de fatos.

Leia atentamente o trecho abaixo:

“Contrariamente ao idealismo preconizado por Hegel, muitos pensadores rejeitavam o princípio de que o mundo era a expressão das ideias, era necessário um princípio científico que explicasse a sociedade e colaborasse para seu ordenamento, evitando o caos.” (Afonso, 2010)

Foi neste contexto que o positivismo surgiu como corrente sociológica, no século XIX. Dentre suas contribuições para a historiografia, assinale a alternativa correta:


Elevou a História à categoria de ciência e se preocupou com a criação de arquivos documentais.
Procurou compreender os aspectos mentais das sociedades, demonstrando que neles encontram-se toda a força motriz da realidade.
Contribuiu para a ampliação da noção e do conceito de documento.
Chamou a atenção para os aspectos culturais de sociedades ainda pouco conhecidas.
Preocupou-se com a luta de classes existentes desde as civilizações antigas.

Os positivistas em sua obsessão em separar o falso do verdadeiro, o modo de se enganar sobre as fontes, a preocupação com a erudição, auxiliaram a formulação de uma história cívica e celebrativa dos heróis que reafirma a ordem social, sem analisar suas incoerências ou problemas decorrentes da manutenção do sistema. Os positivistas ou a história positivista favoreceram as elites em seu exercício de dominação. Apesar de anular o homem comum do processo histórico, qual foi a grande contribuição que os positivistas deram à História ciência?

Sobre o tema, analise as afirmações abaixo.

I) O exercício da pesquisa e a consulta das fontes históricas se tornaram mais apurados. Consequentemente, o reconhecimento da história ciência favoreceu aos profissionais da área um maior espaço de atuação.

II) O fato de descobrir que a história é feita pelos homens de carne e osso, ou seja, são os homens que fazem a história e transformam a natureza através de suas ações.

III) O oficio do historiador, que consiste em registrar os fatos a partir da visão ou interpretação do próprio historiador. Ou seja, quem faz a história é o profissional que a registra.

Estão corretas as afirmações contidas em:


I e II.
I, II e III.
I.
II e III.
I e III.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as principais prerrogativas do grupo que fundou a revista dos Annales:


Uma história narrativa; uma produção voltada para os aspectos culturais; a colaboração entre história e antropologia.
Uma história-problema; uma produção voltada para todas as atividades humanas; a colaboração interdisciplinar.
Uma história narrativa; uma produção voltada para os aspectos econômicos; a colaboração interdisciplinar.
Uma história do acontecimento; uma produção voltada para todas as atividades humanas; a colaboração entre história e sociologia.
Uma história-problema; uma produção voltada para a dimensão do político; a colaboração interdisciplinar.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente as características da terceira geração dos Annales.


Preocupação com a história-problema e retomada da história econômica.
Preocupação com as condições de vida material e afastamento da visão de mentalidades.
Despreocupação com as condições de vida material e retomada da visão de mentalidades.
Observação da curta duração e afastamento da longa duração.
Despreocupação com a história-problema e retomada da história política.

Uma das características da chamada “primeira geração” dos Annales estava na reflexão dos historiadores quanto ao exercício de seu ofício. Nesse sentido, pode-se afirmar como uma das grandes preocupações iniciais dessa nova escola:


Afirmar a neutralidade do historiador.
Estabelecer um diálogo teórico-metodológico com outras disciplinas.
Privilegiar a quantificação documental.
Negar a cientificidade da história.
Combater os pressupostos teórico-metodológicos marxistas.

Leia com atenção o texto abaixo:

A Idade Média é um período em que se vê, associada à predominância da fé, uma enorme credulidade geral. Acreditava-se em lendas fantásticas, no paraíso terrestre, na pedra filosofal, no elixir da vida eterna, em cidades todas de ouro, etc. Existem lendas sobre os mares estarem assolados por monstros, sobre a terra que terminava de forma súbita por ser plana etc. (BORGES, 1993, p. 24)

De acordo com a mentalidade medieval, assinale, abaixo, a alternativa que apresenta corretamente a historiografia desse período:


Os abades dos mosteiros se ocupavam da escrita dos relatos épicos da Antiguidade.
A burguesia, grupo social em formação, se preocupou em relatar as atividades comerciais e a vida urbana.
A vida dos camponeses era relatada por clérigos em crônicas ou anais que relatam curiosidades sobre o cotidiano dessa gente.
A história, privilegiando a vida clerical e suas liturgias, era relatada quase que exclusivamente por clérigos que detinham o conhecimento da escrita e da leitura.
Os Estados Nacionais, em forma de monarquias absolutistas, encomendavam a escrita dos feitos heróicos de seus respectivos países.

Leia atentamente a seguinte afirmação do filósofo Karl Marx:

"(...) tanto as relações jurídicas como as formas de Estado não podem ser compreendidas por si mesmas nem pela chamada evolução geral do espírito humano, mas se baseiam, pelo contrário nas condições materiais de vida (...)." (Apud FERREIRA, ARANTES e QUERINO, 2011, p. 134)

Com essa afirmação, Karl Marx está criticando o idealismo histórico dialético, proposto pelo seguinte filósofo:


Hegel
Nietzsche
Platão
Aristóteles
Engels
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