TEORIAS DA HISTÓRIA
Tecendo críticas em relação à visão historiográfica que afirma que só há fato histórico quando há interpretação do mesmo, Barbara Tuchman recorre a uma analogia:
“(...) o passado não registrado é como aquela nossa outra velha amiga, a árvore que tombou na floresta primitiva, onde não havia ninguém para ouvir o som de sua queda. Se não havia ouvinte, teria havido som?
Recuso-me a ser assustada por esse enigma, pois ele faz a pergunta errada. O problema não é se a queda da árvore fez algum barulho, mas se deixou marca na floresta. Se deixou uma brecha que permita ao sol atingir uma espécie até então germinada nas sombras, se matou um animal dominante e transferiu o comando da matilha a outro, de características diferentes, ou se caiu numa trilha de animais provocando pequena modificação em sua rota habitual, da qual se seguiram grandes mudanças, aí sim a queda fez história, quer tenha sido ouvida ou não por alguém.” (TUCHMAN, 1991, p. 19)
De acordo com a leitura do texto acima, e tendo em vista suas leituras de historiografia, pode-se dizer que todo fato histórico está relacionado à existência de um(a):