POLÍTICA E DEMOCRACIA NAS AMÉRICAS


Leia com atenção o fragmento a seguir:

Em 17 de abril de 1961, entre 1.500 e 1.800 exilados cubanos contrários ao governo do presidente de seu país, Fidel Castro, e treinados pela Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), aportaram na Baía dos Porcos, localizada ao sul de Cuba. A ação, que acabou dois dias depois, na tarde do dia 19 do mesmo mês, fracassou completamente, com 114 mortos e quase 1.200 invasores capturados. (FARIAS, Deborah B. Rev. Bras. Polít. Int. 51(1). 2008, p.105)

A invasão norte-americana à Baia dos Porcos acirrou as relações entre Cuba e EUA no contexto da Revolução Cubana. Podemos apontar como importante consequência desse episódio:

 


A nacionalização das empresas estrangeiras norte-americanas que existiam em Cuba.


A presença militar norte-americana em Cuba para reprimir a revolução.


A declaração oficial de Fidel Castro de que Cuba se tornaria socialista.


A reeleição do presidente John F. Kennedy, tendo em vista o sucesso da operação em Cuba.


O rompimento das relações diplomáticas entre Cuba e EUA e a revogação da Emenda Platt.

Considerando o contexto sobre a dependência e a inserção da América Latina no capitalismo internacional, é possível constatar que, mesmo após sua independência política, a América Latina não se livrou da influência estrangeira, permanecendo atrelado, principalmente ao capital inglês. Nesse contexto, podemos apontar como característica marcante da América Latina em fins do século XIX:

 


A crise do sistema capitalista industrial.


A organização econômica e consequente crescimento interno, influenciada pela Inglaterra.


A expansão territorial e a consolidação do imperialismo norte-americano


O predomínio dos governos caudilhistas.


A dependência econômica dos mercados externos.

Leia com atenção o texto a seguir:

 

(...) O movimento de independência proporcionou aos americanos o ensejo de fornecerem eles próprios a sua liderança. (...) Os novos líderes levavam, pois, nos ombros, mais do que a simples responsabilidade de conduzirem uma guerra a bom tempo. Esperava-se deles, agora, a espécie de liderança que outrora se pedia ao rei como supremo manancial de justiça e que por vezes não se pedia em vão. Mas faltava-lhes a autoridade, tanto humana como divina, que desfrutavam os soberanos. (DOZER, D. M. América Latina: uma perspectiva histórica. Porto Alegre: Globo, 1989, p.244.)

 

O fragmento aponta para uma nova liderança política que assumiu as nações latino-americanas nos anos pós-independência. Essa liderança possibilitou:

 


Um governo nacional unificado exercido por Simón Bolívar, que substituiu a figura do rei e instaurou uma ditadura em toda a América Latina.


A dominação de uma burguesia mercantil, que inseriu as novas nações no contexto capitalista.


A criação de um poder moderador, que controlava o poder da monarquia espanhola sobre os novos países.


A opção pela monarquia constitucional, sob a liderança de um príncipe europeu como forma de assegurar a ordem política.


O fortalecimento do poder político das elites criollas, que deu origem a governos republicanos e federalistas.

Leia com atenção a citação a seguir:

 

Não demorou muito para que o novo milênio visse dois novos crimes terríveis, aumentando a tétrica lista dos que continuam a ser cometidos. O primeiro deles foram os ataques terroristas de 11 de setembro; o segundo, a reação aos ataques, a qual certamente causou um número de mortes de pessoas inocentes muito maior, civis afegãos, vítimas dos próprios suspeitos de haverem cometido os crimes em 11 de setembro. (CHOWSKY, Noam. Piratas e imperadores: antigos e modernos: o terrorismo internacional no mundo real. Apud BAHD, Fabio Bacila, 2010, p. 2)

 

Os ataques de 11 de setembro desencadearam uma verdadeira luta contra o terrorismo, influenciada pela política ofensiva do presidente George W. Bush. Assim, o conceito terrorismo perde sua função explicativa e passa a ser utilizado como uma estratégia política, afinal, inicia-se a "Guerra contra o Terrorismo". Analisando esse contexto, podemos afirmar que o "11 de setembro" provocou, dentre outros efeitos:

 


A união de todos os países ocidentais, independentemente de ideologias, a favor de uma guerra contra os países islâmicos.


O aumento dos preconceitos em relação aos povos islâmicos e o agravamento das tensões políticas na região do Oriente Médio.


O surgimento da Doutrina Bush, cujo princípio fundamental é a política de progressivo desarmamento.


Intensas manifestações de repúdio em todo o mundo contra a dominação dos Estados Unidos no Afeganistão.


O apoio dos países da Comunidade Europeia e do Mercosul aos Estados Unidos na Guerra contra o Iraque.

Leia com atenção:

 

Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos cortados; negócios fechados. Nosso sistema de saúde está muito dispendioso; nossas escolas fracassam com muitos; e cada dia traz novas evidências de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta. [...]

Nesse dia, nós viemos para proclamar o fim às queixas mesquinhas e falsas promessas, às recriminações e aos dogmas desgastados, que por muito tempo já têm enfraquecido nossa política.

Nós continuamos uma nação jovem, mas de acordo com as palavras da Escritura, chegou a hora de se deixar de lado as infantilidades. Chegou a hora para reafirmar nosso espírito tolerante; para escolher nossa melhor história; para prosseguir com esse precioso dom, essa nobre ideia, passada de geração a geração: a promessa dada por Deus de que todos somos iguais, todos somos livres e todos merecem uma chance de buscar sua completa medida de felicidade. [...]

Sabemos que nossa herança multicultural é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e ateus. Somos moldados por cada língua e cultura, de cada parte desta Terra; e por causa disso provamos o sabor mais amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse capítulo mais fortes e mais unidos; não podemos senão acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas das tribos vão se dissolver rapidamente; que o mundo ficará menor, nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América vai desempenhar o seu papel em uma nova era de paz.

 

O trecho citado do discurso de Barack Obama, por ocasião da sua posse presidencial em 2009, reforça os seguintes aspectos:

 

I – A preocupação com a questão racial nos EUA.

II – O enaltecimento do excepcionalismo americano.

III – O reconhecimento dos problemas sociais e econômicos existentes no país.

IV – A convocação do povo americano na luta contra o terrorismo.

 

É correto o que se afirma em:

 


I, II, III e IV.


II, III e IV, apenas.


I, II e IV, apenas.


II e III apenas.


I, II e III, apenas.

Implementada durante os governos de Franklin Delano Roosevelt nos Estados Unidos (1933 a 1945), essa política interna se baseou num pacote de reformas para promover a recuperação industrial e agrícola, regular o sistema financeiro e providenciar mais assistência social e obras públicas. Tais reformas se consolidaram a partir da intervenção massiva do Estado para retomar o crescimento econômico e aliviar o conflito social no país. Apesar da ampla divulgação por meio de propaganda política, o plano não recuperou totalmente a economia nos anos seguintes, nem distribuiu renda, mas trouxe mais segurança e estabilidade nas relações entre os cidadãos e o Estado, por meio da garantia de vida e proteção social.

 

O texto acima se refere a qual política dos EUA? Marque a alternativa correta:

 


New Deal


Política da Boa Vizinhança


Aliança para o Progresso.


Doutrina Mahan


Plano Marshall

A independência das 13 colônias se tornou um exemplo para as demais colônias ibéricas buscarem sua liberdade. Mas internamente, os primeiros anos pós-independência significaram um desafio para os Estados Unidos buscarem sua organização política. Sobre este período, analise as afirmativas a seguir:


I – Houve uma preocupação em criar símbolos que representassem a nova pátria – como a bandeira e a águia – e reforçassem a construção de uma identidade nacional.
II – A primeira preocupação foi unificar as 13 colônias num estado monárquico, fortalecendo o poder do governo central.
III – A nova Constituição norte-americana propunha a autonomia para os Estados, a divisão de poderes e maior representatividade popular.
IV – Apesar das liberdades conquistadas, a independência foi negativa para os índios, pois significou a tomada de seus territórios. Para os negros, a independência em nada mudou sua condição de escravidão.


É correto apenas o que se afirma em:

 


III e IV.


I, III e IV.


II e III.


I, II e III.


I e II.

A última década do século XIX marcou a presença dos Estados Unidos na partilha do mundo, que até então vinha sendo feita principalmente pela Inglaterra. A emergência do imperialismo norte-americano efetivou-se, na América Latina, principalmente:

 


pela anexação dos países da América Central à União, consolidando o expansionismo continental norte-americano.


pela aquisição de territórios na América Central e do Sul que se tornaram colônias de povoamento.


pelas intervenções militares e políticas nos países da América Central, mais efetivamente em Cuba, Porto Rico e Nicarágua.


por meio da expansão do capital externo com a criação de fábricas e indústria para o crescimento dos países subdesenvolvidos.


pelo apoio dado à Espanha para promover a recolonização dos países após a independências.

No ano de 1929, os EUA viveram sua primeira grande crise econômica com a queda de um terço da Bolsa de Valores de Nova York. Os efeitos nos país como um todo se alastraram até 1932, com a falência de bancos, que de 46% da produção industrial, redução do Produto Interno Bruto (PIB), redução vertiginosa dos preços no comércio e nas indústrias, além de uma onda de desemprego e suicídios entre a população.

Sobre as principais causas para a Grande Depressão da economia norte-americana destacam-se:

 

I –  A falta de diversificação da economia nos anos 1920 e o crescimento desproporcional de poucas indústrias, como a automobilística e a da construção civil.

II – A igualdade de distribuição de renda entre os diferentes setores sociais e o maior crescimento do campo em relação às cidades e às indústrias.

III – A dependência dos bancos por empréstimos feitos por fazendeiros, negociantes e países estrangeiros, gerando uma consequente falência econômica por dívidas.

 

É correto o que se afirma em:

 


I e III, apenas.


II e III, apenas.


I, II e III.


II, apenas.


I, apenas.

Durante as décadas de 1960 e 1970, os EUA intensificaram sua atuação na chamada Guerra Fria por meio de apoio militar, financeiro e político ou de intervenções diretas contra governos comunistas. Entre as principais ações da política externa norte-americana contra o comunismo nesse período, destacam-se:

 

I – A imposição de um bloqueio econômico à ilha de Cuba, em fins de 1960, e a tentativa fracassada de derrotar o regime de Fidel Castro com a invasão da Baía dos Porcos, em 1961.

II – O envolvimento na Guerra do Vietnã e a consequente derrota das tropas norte-americanas contra exército guerrilheiro de Ho Chi Minh.

III – Apoio aos golpes militares no Brasil em 1964, no Chile em 1973, no Uruguai em 1974, na Argentina em 1976, na Indonésia em 1965 e no Congo em 1963.

IV – Apoio a várias guerras em países do Oriente Médio, ao longo das décadas de 1960 e 1970, com interesses em suas enormes reservas de petróleo, essenciais para a economia industrial.

 

 É correto o que se afirma em:

 


I, II, III e IV.


I, II e III, apenas.


II e III apenas.


II, III e IV, apenas.


I, II e IV, apenas.

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