LITERATURA BRASILEIRA


Mário Palmério informava em entrevistas concedidas a jornais e revistas que nasceu com a paixão pelo sertão, sempre caçou e pescou muito, procurando conhecer as zonas e regiões por onde passava. Sem predileção por nada, mais pelo contato homem-animal, homem-mata, homem-sertão. Vila dos confins nos presenteia com passagens sobre a vida no sertão. Alguns capítulos, inclusive, parecem contos que, separados do livro, fariam sucesso por si mesmos. Sobre estes capítulos, que dentre eles podemos destacar "A pesca do surubim; O padre e a onça preta, Negócio de caboclo e outros, é incorreto afirmar que:


Há também um conhecimento do autor a respeito do falar do povo da região, expressando com maestria as expressões regionais das personagens em questão, o que lhe confere a sua devida originalidade. 


Em "O padre e a onça preta" a onça é caracterizada com uma esperteza e calculismo quase humanos.


São histórias curtas e precisas, evidenciando, ao final de todas elas "A moral da história" no estilo de Millôr Fernandes, na obra "Fábulas fabulosas".


Estimula o viver de contar um "causo", inclusive tal como em "O padre e a onça preta", que todos ouviam a história com muita atenção, sem dar nenhum pio.


Nestes capítulos, o autor utiliza metáforas, clímax, elipses e estilo de "contador de causos".

Acerca das personagens da obra Macunaíma, um herói sem caráter, marque a alternativa correta:


Há uma lógica no pensamento das personagens. Esta lógica é simplesmente o pano de fundo para a consolidação da posição política do autor. 


Por se tratar de um monólogo, a lógica de pensamento da personagem é diferenciada nesta obra.


As personagens de Macunaíma são pessoas reais, que, através da luta cotidiana, superam suas adversidades.


O raciocínio das personagens é lógico, exato, matemático.


O raciocínio das personagens funciona pelo ludismo do pensamento selvagem. Elas não têm aprofundamento psicológico, mas vivem em função da história, das ações propriamente.

Sobre o autor Mário Palmério e sua obra Vila dos Confins, é correto afirmar que: 


Por ter sido professor, Mário Palmério relata também em sua obra o caos que se encontrava a educação naquela época. 


O autor desdenha o cenário político brasileiro. Denuncia em sua obra a corrupção e a prática da compra de votos. O ambiente mágico e surreal  da obra transporta o leitor para outro mundo, completamente diferente do nosso. Elementos mitológicos estão presentes na trama. 


Dentre as personagens descritas na obra, há também Maria rita, moça jovem que se apaixonou pelo padre da cidade. 


Mario Palmério aborda,  ao longo dos trinta e um capítulos, uma trama que relata  a eleição para prefeito de localidades que, pela indicação geográfica do autor, situam-se entre o Triângulo Mineiro, Mato Grosso, Goiás e Norte e Noroeste de Minas Gerais.


Mário Palmério trouxe ao leitor o ambiente rural, tão sonhado por muitos. Através da simplicidade, as personagens vão vivendo, no marasmo que lhes é concedido por Deus. A trama descreve que, nem sempre a evolução e o conhecimento são benéficos para a humanidade.

A respeito de Guimarães Rosa, marque V (verdadeiro) ou F (falso). Em seguida, indique a alternativa com a ordem correta.

(  ) É notável o compromisso do autor com o fazer poético, que lhe exigiu meticulosa exploração sensorial, sonora, plástica, rítmica das palavras, uma constante da sua linguagem.

(  ) Na maioria dos textos de Guimarães Rosa, podemos notar a semelhança com os de autores estrangeiros, como "Edgar Allan Poe" e "Oscar Wilde".

(  ) A metalinguagem é muito presente nas estórias; não raro a linguagem rosiana veicula teor autoexplicativo, refletindo sobre o fazer artístico enquanto se faz.

(  ) O autor entregou-se a uma rígida disciplina para atingir o grau de "artesanato" operado em todos os planos expressionais da língua. Também se submeteu a várias depurações.

(  ) Apesar de João Guimarães Rosa destacar em sua obra o sertão e suas vertentes, o referido autor jamais esteve em tais lugares.



V, F, V, V, F.


F, V, F, F, V.


V, F, V, F, V.


F, F, F, V, V. 


V, V, V, F, F.

João Guimarães Rosa, em sua obra, dá destaque a suas personagens e vivências. Dentre elas, podemos destacar Rosalina, o Menino, Riobaldo, dentre outros. Marque a alternativa que melhor destaca a relevância dessas personagens na obra do autor.


Tais personagens têm participação fundamental, pois se misturam à unidade simbólica que perpassa a obra rosiana, e ainda, encarnam grandes questões. Seus comportamentos, modos de pensar, perplexidades e conhecimento intuitivo que lhes são peculiares, são de extrema importância ao corpo da obra, dando-lhe a devida originalidade.

Estas personagens, cujos perfis são configurados em simbiose com o espaço, geralmente o sertão, encarnam grandes questões que atravessam as estórias de Guimarães Rosa. No entanto, grande parte da obra do autor, compõe-se da chegada destas personagens à cidade grande.


Grande parte das personagens criadas pelo autor apenas determinam o pano de fundo para a elaboração de uma linguagem rebuscada. Nenhuma personagem demonstra importância nas obras de João Guimarães Rosa.


Podemos dizer que as personagens rosianas, de forma alguma, se irmanam na recorrência simbólica.


Tais personagens têm participação fundamental, pois se misturam à unidade simbólica que perpassa a obra rosiana, mas, grande parte delas, não encarnam grandes questões. Seus comportamentos, modos de pensar, e tudo mais, são meramente subjetivos, e, aspectos como espaço (geralmente, o sertão) não são levados em conta.

Sobre o conto Vestida de preto, de Mário de Andrade, podemos dizer que:


Mário traduz o itinerário dessa paixão ao longo dos anos, retratando um casamento feliz e sem problemas. No final da narrativa, o autor brinca: "Só mesmo na literatura!".


Nessa narrativa, temos a história de Juca e Maria. Desde crianças os dois nutrem um pelo outro um grande amor, tal sentimento se desenvolve. Logo, eles se tornaram namorados. 


O que ressalta na narrativa é o amor platônico. Tal arroubo, tal paixão, nunca se concretiza, fica sempre em aberto, numa possibilidade apenas sugerida, como podemos notar nessa passagem da infância do narrador: “[...] eu, com Maria, não fazia nada. Eu adorava principalmente era ficar sozinho com ela, sabendo várias safadezas já mas sem tentar nenhuma". 


A narrativa retrata um romance na infância entre Juca e Maria. Este romance inocente, após muitos anos, possibilitou que eles se casassem. Em uma relação séria, repleta de compromissos sociais, eles percebem que o amor entre eles perdeu a sua magnitude. Sem as ilusões da infância, o amor tende a se findar.


O narrador, neste conto, de forma alguma intenta definir, descrever, os arroubos de sua primeira experiência amorosa. Assim, cenas da infância, com suas brincadeiras, com a sua cor viva, não são descritas pelo autor.

Sobre a Semana da Arte Moderna, não podemos afirmar:


Muitos autores e artistas consagrados participaram da Semana, dentre eles, podemos citar:  Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti e muitos outros.


A Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro.


A semana foi muito importante no seu contexto temporal, porém não obteve o valor histórico que merecia.

A semana não foi muito importante no seu contexto temporal, porém obteve com muito êxito seu o respectivo valor histórico.


O foco da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte de nosso país da "cópia" nada criativa de padrões europeus, e, assim, dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.

Sobre as personagens de Vila dos Confins, de Mário Palmério, considere a alternativa correta:


"Gerôncio" é amigo e compadre de Paulo Santos. Tem uma característica em particular: "Odeia pescaria".


Aurélio, tio de Paulo Santos, é advogado na cidade grande. E é por intermédio do Aurélio que Paulo inicia sua vida política.


"Jorge turco" era casado com Almira Alcântra, única candidata do partido.


"Xixi Piriá" é um mascate que andava pelas bandas dos Confins levando ao povo das fazendas um pouco da cidade. Trazia de tudo, desde sabonetes até um corte de tecido.


A personagem "Paulo Santos" é apresentada apenas no início do livro. No terceiro capítulo é assassinado, dando início à trama.

Críticos e estudiosos da obra de Mário de Andrade afirmam que é necessário, antes de ler "Macunaíma", ter um olhar lúdico e despido de preconceitos. Marque a alternativa que apresenta qual seria o motivo desta afirmação.


Mário foi genial ao escrever Macunaíma. No entanto, alguns erros podem ser encontrados no decorrer da narrativa. Estes erros podem enganar e/ou confundir o leitor.


Macunaíma é um livro que intriga o leitor tradicional. Isso se dá pelas inovações estilísticas até então inéditas no Brasil. Macunaíma traz a estória de um herói sem nenhum caráter, ou seja, repleto de contradições. Para nos aproximarmos do romance, temos que fugir de sua ilogicidade, pois ela não representa um fator inerente à obra.


Isso se dá pelo alto teor de elementos eróticos presentes na obra. Macunaíma representou um marco na literatura brasileira tanto na revolução da linguagem adotada como na trajetória diferenciada das personagens.


A narrativa de Macunaíma não segue um padrão comum. A personagem, em suas peripécias, segue um ritmo diferenciado de outras estórias da época. A ausência de conflitos e a total falta de nexo na obra também contribuem para este fato.


Macunaíma é um livro que desconcerta o leitor comum, acostumado às narrativas tradicionais. Isso se dá pelas inovações estilísticas até então inéditas no Brasil. Macunaíma traz a estória de um herói sem nenhum caráter, ou seja, repleto de contradições. Para nos aproximarmos do romance, temos que aceitar sua ilogicidade, ou melhor, sua narrativa desvairada.

A respeito da produção literária de Guimarães Rosa, é incorreto afirmar:


O processo criador apresenta várias decorrências, sendo a mais relevante a universalidade.


A obra rosiana valoriza a dimensão da oralidade da narrativa popular, bem como o modo lúdico e laborioso de contar desmanchando, que desperta no leitor ressonâncias sutis de “causos” e estórias já narradas da tradição literária.


Há, nos escritos rosianos, mistura de temas, tempos, processos linguísticos e formas caracterizadas no seu processo literário.


Determinadas personagens, cujos perfis são configurados em simbiose com o espaço, geralmente, o sertão, encarnam grandes questões que atravessam as estórias de Guimarães Rosa.


O experimentalismo é assumido pelo escritor, coerente ao período do barroco brasileiro a que ele se insere.
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