LINGUÍSTICA TEXTUAL: COESÃO E COERÊNCIA
Leia o texto a seguir:
A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas e é constituída por vários elementos. Os divisores de água são cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia. Os fundos de vale são áreas adjacentes a rios ou córregos e que geralmente sofrem inundações. As sub-bacias caracterizam-se por serem bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal. As nascentes são o local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água. As áreas de descarga são lugares onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão. A recarga é o local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático, e, finalmente, os perfis hidrogeoquímicos ou hidroquímicos são características da água subterrânea no espaço litológico.
(Fonte: Adaptado de InfoEscola, Bacias hidrográficas. Disponível em: . Acesso em: agosto de 2015.)
Na sequenciação frástica, a progressão temática assume vital importância na sequenciação do texto. Nesse sentido, “o tema constitui o tópico, aquilo que é dado, conhecido, e o rema, o comentário, aquilo que se acrescenta ao tema, fazendo o texto progredir” (MARTINS, p.86).
Baseando-se nesse estudo, analise as expressões “bacia hidrográfica”, “divisores de água”, “fundo de vale”, “sub-bacias”, “nascentes”, “áreas de descarga”, “recarga” e “perfis hidrogeoquímicos ou hidroquímicos” no texto apresentado e avalie as afirmativas a seguir.
Assinale a única afirmativa CORRETA:
As expressões possibilitam a progressão textual pelo desenvolvimento de partes de um rema subdividido.
Por meio das expressões, percebemos uma progressão temática linear, pois o rema de um enunciado passa a ser tema do enunciado seguinte. O rema deste é tema do seguinte e assim sucessivamente.
Ao analisar essas expressões, percebemos que os temas são variados, ou seja, que são temas parciais que se derivam do hipertema “Bacia hidrográfica”. Esses temas parciais são partes do hipertema.
As expressões mostram um salto temático, configurando a omissão de um segmento intermediário da cadeia de progressão temática que é facilmente deduzível no contexto.
A expressão “bacia hidrográfica” é retomada pelas expressões “divisores de água”, “fundo de vale”, “sub-bacias”, “nascentes”, “áreas de descarga”, “recarga” e “perfis hidrogeoquímicos ou hidroquímicos”, assim vemos que para um mesmo tema são acrescentadas, em cada enunciado, novas informações remáticas.
Leia o trecho, a seguir, extraído da canção “Bala perdida”, de Gabriel o Pensador:
“Bala perdida
Gabriel o Pensador
Bom dia, mulher
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta [...]”
(Fonte: PENSADOR, Gabriel o. Bala perdida. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2018.)
Sabemos que vocativo "é um termo da oração – palavra ou expressão, que põe em destaque a pessoa ou coisa a quem se dirige a palavra. É um termo isolado dentro da oração, ou seja, não faz parte nem do sujeito nem do predicado. É usado para chamar pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem se fala". (SIGNIFICADOS, 2018, p.1).
Entendendo que as expressões “mulher” e “querida”, na canção, são vocativos, podemos considerar que:
são dêiticos, isto é, palavras ou expressões que, não tendo um valor referencial próprio, remetem para a situação concreta de comunicação em que é produzido o texto.
são elementos catafóricos, pois têm papel fórico na superfície textual, remetendo a elementos que vêm posteriormente, haja vista sua semântica.
são elementos dêixis, haja vista que nada tem a ver com superfície textual, exercendo o caráter anafórico da linguagem.
são dêiticos, pois exercem o papel fórico, uma vez que retomam um referente já introduzido na superfície textual, num processo catafórico.
são dêiticos, isto é, estratégias preferenciais de referenciação, porque retomam referentes anafóricos constantes na superfície textual.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I, II e III
I, II, IV e V
IV e V
I, II, III, IV e V
I e II
Leia o trecho a seguir:
“O veterinário destacou que não há uma maneira de proteger os golfinhos dos vírus. Segundo o veterinário, o tratamento para vírus, normalmente, é feito no ataque aos sintomas ou por meio de vacinas, mas no caso de golfinhos não se pode pegar os animais pois são muito sensíveis à captura.”
(Adaptado de: AGÊNCIA Brasil. Vírus causou morte de golfinhos no Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Martins (2011) explica que, na reiteração, acontece também o mecanismo de substituição por elementos anafóricos. No caso das expressões grifadas, temos:
Expressão sinônima
Repetição de mesmo item lexical
Hipônimo
Expressão nominal definida
Hiperônimo
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
__Tou com um “poblema”.
__ Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
__ Não é a mesma coisa?
__Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Sabendo que as variáveis linguísticas são todas aquelas que ocorrem na estrutura de uma língua, ao analisar a variável “poblema” e “pobrema”, dentro do contexto do fragmento lido, podemos afirmar que ela se dá no(s) âmbito(s):
- morfológico, pois houve alteração na grafia das palavras;
- fonológico, pois houve uma alteração na pronúncia das palavras poblema e pobrema;
- semântico, pois houve uma distribuição de significados da expressão da norma padrão "problema", em duas formas diferentes de registrá-la;
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
As expressões possibilitam a progressão textual pelo desenvolvimento de partes de um rema subdividido.
Por meio das expressões, percebemos uma progressão temática linear, pois o rema de um enunciado passa a ser tema do enunciado seguinte. O rema deste é tema do seguinte e assim sucessivamente.
Ao analisar essas expressões, percebemos que os temas são variados, ou seja, que são temas parciais que se derivam do hipertema “Bacia hidrográfica”. Esses temas parciais são partes do hipertema.
As expressões mostram um salto temático, configurando a omissão de um segmento intermediário da cadeia de progressão temática que é facilmente deduzível no contexto.
A expressão “bacia hidrográfica” é retomada pelas expressões “divisores de água”, “fundo de vale”, “sub-bacias”, “nascentes”, “áreas de descarga”, “recarga” e “perfis hidrogeoquímicos ou hidroquímicos”, assim vemos que para um mesmo tema são acrescentadas, em cada enunciado, novas informações remáticas.
Leia o trecho, a seguir, extraído da canção “Bala perdida”, de Gabriel o Pensador:
“Bala perdida
Gabriel o Pensador
Bom dia, mulher
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta [...]”
(Fonte: PENSADOR, Gabriel o. Bala perdida. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2018.)
Sabemos que vocativo "é um termo da oração – palavra ou expressão, que põe em destaque a pessoa ou coisa a quem se dirige a palavra. É um termo isolado dentro da oração, ou seja, não faz parte nem do sujeito nem do predicado. É usado para chamar pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem se fala". (SIGNIFICADOS, 2018, p.1).
Entendendo que as expressões “mulher” e “querida”, na canção, são vocativos, podemos considerar que:
são dêiticos, isto é, palavras ou expressões que, não tendo um valor referencial próprio, remetem para a situação concreta de comunicação em que é produzido o texto.
são elementos catafóricos, pois têm papel fórico na superfície textual, remetendo a elementos que vêm posteriormente, haja vista sua semântica.
são elementos dêixis, haja vista que nada tem a ver com superfície textual, exercendo o caráter anafórico da linguagem.
são dêiticos, pois exercem o papel fórico, uma vez que retomam um referente já introduzido na superfície textual, num processo catafórico.
são dêiticos, isto é, estratégias preferenciais de referenciação, porque retomam referentes anafóricos constantes na superfície textual.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I, II e III
I, II, IV e V
IV e V
I, II, III, IV e V
I e II
Leia o trecho a seguir:
“O veterinário destacou que não há uma maneira de proteger os golfinhos dos vírus. Segundo o veterinário, o tratamento para vírus, normalmente, é feito no ataque aos sintomas ou por meio de vacinas, mas no caso de golfinhos não se pode pegar os animais pois são muito sensíveis à captura.”
(Adaptado de: AGÊNCIA Brasil. Vírus causou morte de golfinhos no Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Martins (2011) explica que, na reiteração, acontece também o mecanismo de substituição por elementos anafóricos. No caso das expressões grifadas, temos:
Expressão sinônima
Repetição de mesmo item lexical
Hipônimo
Expressão nominal definida
Hiperônimo
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
__Tou com um “poblema”.
__ Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
__ Não é a mesma coisa?
__Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Sabendo que as variáveis linguísticas são todas aquelas que ocorrem na estrutura de uma língua, ao analisar a variável “poblema” e “pobrema”, dentro do contexto do fragmento lido, podemos afirmar que ela se dá no(s) âmbito(s):
- morfológico, pois houve alteração na grafia das palavras;
- fonológico, pois houve uma alteração na pronúncia das palavras poblema e pobrema;
- semântico, pois houve uma distribuição de significados da expressão da norma padrão "problema", em duas formas diferentes de registrá-la;
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta [...]”
são dêiticos, isto é, palavras ou expressões que, não tendo um valor referencial próprio, remetem para a situação concreta de comunicação em que é produzido o texto.
são elementos catafóricos, pois têm papel fórico na superfície textual, remetendo a elementos que vêm posteriormente, haja vista sua semântica.
são elementos dêixis, haja vista que nada tem a ver com superfície textual, exercendo o caráter anafórico da linguagem.
são dêiticos, pois exercem o papel fórico, uma vez que retomam um referente já introduzido na superfície textual, num processo catafórico.
são dêiticos, isto é, estratégias preferenciais de referenciação, porque retomam referentes anafóricos constantes na superfície textual.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I, II e III
I, II, IV e V
IV e V
I, II, III, IV e V
I e II
Leia o trecho a seguir:
“O veterinário destacou que não há uma maneira de proteger os golfinhos dos vírus. Segundo o veterinário, o tratamento para vírus, normalmente, é feito no ataque aos sintomas ou por meio de vacinas, mas no caso de golfinhos não se pode pegar os animais pois são muito sensíveis à captura.”
(Adaptado de: AGÊNCIA Brasil. Vírus causou morte de golfinhos no Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Martins (2011) explica que, na reiteração, acontece também o mecanismo de substituição por elementos anafóricos. No caso das expressões grifadas, temos:
Expressão sinônima
Repetição de mesmo item lexical
Hipônimo
Expressão nominal definida
Hiperônimo
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
__Tou com um “poblema”.
__ Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
__ Não é a mesma coisa?
__Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Sabendo que as variáveis linguísticas são todas aquelas que ocorrem na estrutura de uma língua, ao analisar a variável “poblema” e “pobrema”, dentro do contexto do fragmento lido, podemos afirmar que ela se dá no(s) âmbito(s):
- morfológico, pois houve alteração na grafia das palavras;
- fonológico, pois houve uma alteração na pronúncia das palavras poblema e pobrema;
- semântico, pois houve uma distribuição de significados da expressão da norma padrão "problema", em duas formas diferentes de registrá-la;
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
I, II e III
I, II, IV e V
IV e V
I, II, III, IV e V
I e II
Leia o trecho a seguir:
“O veterinário destacou que não há uma maneira de proteger os golfinhos dos vírus. Segundo o veterinário, o tratamento para vírus, normalmente, é feito no ataque aos sintomas ou por meio de vacinas, mas no caso de golfinhos não se pode pegar os animais pois são muito sensíveis à captura.”
(Adaptado de: AGÊNCIA Brasil. Vírus causou morte de golfinhos no Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Martins (2011) explica que, na reiteração, acontece também o mecanismo de substituição por elementos anafóricos. No caso das expressões grifadas, temos:
Expressão sinônima
Repetição de mesmo item lexical
Hipônimo
Expressão nominal definida
Hiperônimo
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
__Tou com um “poblema”.
__ Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
__ Não é a mesma coisa?
__Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Sabendo que as variáveis linguísticas são todas aquelas que ocorrem na estrutura de uma língua, ao analisar a variável “poblema” e “pobrema”, dentro do contexto do fragmento lido, podemos afirmar que ela se dá no(s) âmbito(s):
- morfológico, pois houve alteração na grafia das palavras;
- fonológico, pois houve uma alteração na pronúncia das palavras poblema e pobrema;
- semântico, pois houve uma distribuição de significados da expressão da norma padrão "problema", em duas formas diferentes de registrá-la;
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Expressão sinônima
Repetição de mesmo item lexical
Hipônimo
Expressão nominal definida
Hiperônimo
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
__Tou com um “poblema”.
__ Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
__ Não é a mesma coisa?
__Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”?
Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano.
A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Sabendo que as variáveis linguísticas são todas aquelas que ocorrem na estrutura de uma língua, ao analisar a variável “poblema” e “pobrema”, dentro do contexto do fragmento lido, podemos afirmar que ela se dá no(s) âmbito(s):
- morfológico, pois houve alteração na grafia das palavras;
- fonológico, pois houve uma alteração na pronúncia das palavras poblema e pobrema;
- semântico, pois houve uma distribuição de significados da expressão da norma padrão "problema", em duas formas diferentes de registrá-la;
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
1, apenas
2, apenas
1 e 3
3, apenas
2 e 3
Observe a seguinte situação:
Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que esta forma era usada por pessoas que não sabiam falar.
Agora, baseado nos seus estudos sobre variação linguística, informe o tipo de variável que você encontra na fala de um dos alunos e a postura do outro diante da fala do primeiro.
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Variável linguística sintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística semântica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística morfossintática na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
Variável não linguística fonológica na pronúncia do fonema "l" pelo primeiro aluno e uma postura preconceituosa e mal orientada da parte do segundo aluno.
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou o fenômeno da referenciação. Entre eles, temos a reiteração que pode ocorrer de diferentes formas. Com base nesse estudo e no conhecimento de mundo que possui, analise o trecho a seguir:
[...] Roberto já não é nem um garotinho, mas aguenta de pé duas horas de show. O roteiro é seguido sistematicamente. As piadas são as mesmas. Quem já foi a algum show sabe a história do percussionista que já foi guitarrista e começou a trabalhar como assistente, por exemplo. Mas a plateia não se importa. Roberto assume o papel de "comandante do coração" e emenda a música "Eu te amo", acompanhado por um coro dos fãs.
O show segue com os grandes clássicos. Antes de cantar "Detalhes", o Rei explica: "As poucas vezes que eu não cantei essa música em um show recebi muitas reclamações. Então decidi que vou tocá-la por toda minha vida." [...]
(VIANA, Bárbara Vieira. Roberto Carlos provoca plateia de show em navio: ‘Nunca fui inocente’. Ego Globo. Disponível em: http://ego.globo.com/musica/noticia/2015/02/roberto-carlos-provoca-plateia-de-show-em-navio-nunca-fui-inocente.html. Acesso em: 17 jul. 2015.)
Agora, avalie as afirmativas a seguir:
1. A expressão “Roberto” e a expressão “o Rei” constituem-se como uma relação de hiponímia, pois fazem parte da relação parte-todo.
2. As expressões “Roberto” são elementos de reiteração, uma vez que repetem o mesmo item lexical e contribuem com a progressão textual.
3. A expressão “o Rei” é um elemento de reiteração, uma vez que se constitui como expressão nominal definida em relação à expressão “Roberto”.
4. A expressão “Roberto” e “o Rei” constituem-se uma relação de hiperonímia, uma vez que a relação estabelecida é todo-parte.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas CORRETAS:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
1, 2, 3 e 4
3 e 4
2, 3 e 4
2 e 3
2 e 4
No capítulo 2, “A tessitura dos textos orais e escritos: processos de referenciação”, você estudou sobre a referência situacional (exófora) e a textual (endófora). Baseando-se nesse estudo, avalie as situações a seguir identificando se o elemento grifado tem papel fórico – anáfora ou catáfora – ou papel dêitico.
Situação comunicativa A): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Se eu ganhasse na loteria esportiva, estaria em outro lugar: Havaí, Cancun ou Porto Seguro". Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “outro lugar”.
Situação comunicativa B): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “Amanhã faltarei ao trabalho para ir ao jogo do flamengo, você vai?”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “você”.
Situação comunicativa C): na sala de costura de uma malharia, uma costureira manda um bilhete para a colega com os seguintes dizeres: “A chefe está cada vez mais chata, também ela não tem o que fazer!”. Analise o enunciado do bilhete, considerando a expressão “ela”.
A partir de suas análises, avalie as afirmativas a seguir, colocando V para verdadeiro e F para falso.
( ) No enunciado da situação comunicativa A, a forma remissiva “outro lugar” aponta para os referentes (Havaí, Cancun ou Porto Seguro) que estão no enunciado. Como a forma remissiva (outro lugar) precede os elementos de referência (Havaí, Cancun ou Porto Seguro), trata-se de uma catáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “ela” aponta para um referente (A chefe) que está no enunciado. Como o referente está antes da forma remissiva (ela), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) Nos enunciados da situação comunicativa A e da situação comunicativa C, percebemos a presença de formas remissivas que apontam para elementos que estão fora dos enunciados, por isso as duas constituem dêiticos.
( ) No enunciado da situação comunicativa C, a forma remissiva “A chefe” aponta para um referente (ela) que está no enunciado. Como o referente está depois da forma remissiva (A chefe), trata-se de uma anáfora – papel fórico.
( ) No enunciado da situação comunicativa B, a forma remissiva “você” aponta para um referente fora do enunciado, no caso está se referindo à leitora do bilhete, por isso constitui-se como um dêitico.
A sequência correta é:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
V, F, V, F, V
V, V, V, F, F
F, F, F, F, F
V, V, F, F, V
F, F, V, V, V
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
No português brasileiro, há inúmeros elementos que podemos chamar de variáveis, tanto linguísticos como não linguísticos. Sendo assim, enumere a primeira coluna com a segunda.
1. Linguísticos
2. Não linguísticos
( ) concordância nominal
( ) raça
( ) sujeito nulo (oculto)
( ) pronúncia das vogais
( ) faixa etária
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária
I)variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica