LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS


A caracterização de uma ciência se apoia em três aspectos: objeto de estudo, método de pesquisa e regras de delimitação. Especificamente, o método, mais conhecido como metodologia, consiste no estabelecimento de procedimentos para que os objetivos do trabalho sejam alcançados. Assim, as etapas da metodologia são: 1) o como, 2) de que maneira e 3) com quais meios.

 

Considere uma situação real de sua vida acadêmica, por exemplo, ao fazer uma resenha. Após a leitura atenta do texto a ser resenhado, as etapas necessárias para realizar essa situação se apresentam, ordenadamente, em:


Indicar a referência da obra; escrever uma apresentação geral sobre o autor e o conteúdo da obra; fazer uma apreciação sobre a obra lida.


Produzir uma avaliação crítica sobre a obra; indicar o autor e a obra resenhada; indicar a leitura a possíveis leitores; elaborar a referência; elaborar o resumo.


Fazer uma avaliação sobre o texto; elaborar o resumo; indicar a referência; recomendar a leitura; resumir a obra; apontar dados do autor e da obra.


Apresentar os pontos essenciais do texto; fazer a apreciação; recomendar a leitura do texto; produzir a referência; indicar os dados do autor e o conteúdo constante na obra.


Resumir o objeto resenhado; apresentar os dados da referência; escrever sobre o autor e o conteúdo da obra; fazer uma indicação da leitura; elaborar uma crítica sobre a obra; passar a limpo o texto.

De acordo com a Profa. Graziela Zamponi, o processo de resumir está diretamente relacionado à capacidade de compreensão do texto. É possível afirmar que só se resume o que se compreende e só se compreende o que se pode resumir. Em situação normal de leitura ocorre um processo de redução da informação através do qual o leitor constrói uma espécie de resumo do texto, selecionando as informações necessárias e eliminando as acessórias.

 

Considerando esse contexto e o que você estudou sobre resumo, avalie as asserções I e II e a relação proposta entre elas.

 

I. Resumir um texto significa criar um novo texto mais curto, utilizando as informações mais importantes do texto original

 

PORQUE

 

II. Na atividade de resumir devemos criar uma síntese coerente e compreensível o mais próximo possível da intenção comunicativa do autor do texto original.

 

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.


As asserções I e II são proposições falsas.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.


A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

Sobre as linguagens verbal e não verbal, analise as afirmações que seguem:

 

I. A linguagem verbal utiliza qualquer código para se expressar, enquanto a linguagem não verbal faz uso apenas da língua escrita.

II. São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.

III. A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto a linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.

IV. Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.

 

São CORRETAS as afirmações contidas em:

 


I, II, III.


II, III, IV.


I, III, IV.


I, II, IV.


II, IV.

Leia com atenção ao poema de José Paulo Paes:

 

Canção do exílio facilitada

 

lá?
ah!
sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá...
 cá?
bah!
 

 

Agora, analise as afirmações que seguem:

 

I. A presença do farto uso dos sinais de pontuação tem uma intencionalidade discursiva.

II.O texto "Canção do exílio facilitada" é construído estabelecendo uma relação intertextual com o poema "Canção do exílio", de Gonçalves Dias.

III. Por não apresentar elementos de ligação, não se pode estabelecer um sentido ao texto.

IV. O caráter enfático atribuído aos sinais de pontuação serve para realçar a intencionalidade discursiva manifestada pelo emissor, uma vez caracterizada pelo tom irônico.

V.O poema homenageia uma obra já conhecida, buscando a mesma nobreza de estilo.

 

São corretas as afirmações contidas em:


I, II, IV.


I, III, V.


III, IV, V.


II, III, IV.


II, IV, V.

Argumentar é o ato de convencer ou persuadir o interlocutor (leitor/ouvinte) a acompanhar o plano de texto do autor, seguindo o raciocínio dele e concordando com a ideia proposta.

 

Dessa forma, em nosso livro de apoio, há vários tipos de argumentos, entre eles o argumento com base no raciocínio lógico, que se fundamenta nas relações de causa e consequência.

 

A partir dessa reflexão, leia o fragmento de texto a seguir.

 

 

                                   Filosofia também tem uso terapêutico

 

Numa iniciativa endossada pelo governo e que tem o apoio de associações médicas, médicos vão encaminhar pacientes a bibliotecas em busca de uma série de títulos de autoajuda voltados a pessoas com problemas de saúde mental entre leves e moderados.

Os pacientes também estão sendo encorajados a buscar o que a revista "The Bookseller" descreve como "romances e livros de poesia edificantes ou inspiradores".

Destacando a capacidade terapêutica da literatura, a organização Reading Agency (que promove a leitura no Reino Unido) citou pesquisas indicando que ler reduz os níveis de estresse em 67%.

A entidade que é parceira do programa "Livros sob Receita", anunciado no início deste mês disse que, de acordo com o "New England Journal of Medicine", a leitura reduz o risco de demência em mais de um terço.[...]

 

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1232726-medicos-da-inglaterra-vao-receitar-livros-de-autoajuda.shtml>. Acesso em: 15 jan. 2020.

 

 

Assinale a alternativa em que os trechos reproduzidos do texto expressam, de fato, relação de causa e consequência.


[...] “ler” (causa) / “reduz os níveis de estresse em 67%” (consequência).


“Os pacientes também estão sendo encorajados” (consequência) / “em buscar o que a revista ‘The Bookseller’ descreve” (causa).


[...] “a capacidade terapêutica da literatura” (causa) / “citou pesquisas indicando que ler reduz os níveis de estresse em 67%” (consequência).

 


[...] “médicos vão caminhar pacientes a bibliotecas” (causa) / “em busca de uma série de títulos de autoajuda” (consequência).


[...] “a organização Reading Agency (que promove a leitura no Reino Unido)” (consequência) / “citou pesquisas” (causa).

A leitura de um texto exige do leitor identificações como: quem é o autor do texto, por que o produziu, para quem, qual foi o plano da produção, quais argumentos utilizou para convencer o leitor.

Diante disso, leia partes do texto a seguir, do autor Luli Radfahrer,  colunista da Folha de S.Paulo, retirado do Observatório da Imprensa.

 

                                                      Eu não quero saber da sua vida

 

Reclama-se de invasão de privacidade, mas quem tem vida privada hoje em dia?

Quando foi a última vez que você comeu em um bom restaurante, viu uma bela obra de arte ou foi para uma balada sem tirar uma foto e postar online? Quando foi a última vez que um amigo seu o surpreendeu com algo que tenha feito que não foi fofocado pelo Facebook?

Um tipo de privacidade muito desrespeitada é a dos desinteressados, que não se comovem com a vida de seus vizinhos, não leem a revista Caras, não assistem a big brothers, domingões, caldeirões ou vídeoshows e mal conseguem guardar os nomes dos atores e diretores dos filmes que veem.

Para estes pobres, alheios a quem dorme com quem, quando e onde, as redes sociais devem parecer ferramentas desenvolvidas para uma multidão narcisista, burra, voyeur e birrenta, pronta para dar opiniões impensadas a respeito dos assuntos mais bestas possíveis, cuja única regra parece ser a do “compartilho, logo existo”. [...]

É praticamente impossível entrar em uma rede social e não ficar sobrecarregado com o volume de imagens e dados demasiadamente pessoais. A necessidade que alguns têm de falar do seu desejo por uma roupa nova, de sua higiene pessoal, de seu mau humor quando serviços e ou serviçais falham parece patológica. [...]

Tudo o que deveria ser guardado para si parece material de divulgação. O que é essa compulsão por dividir? Esse ataque coletivo de ansiedade cujo único antídoto parece ser compartilhar ainda mais?

Psicólogos dizem que um dos motivos principais para a troca de informações é o contato emocional, que demanda um esforço razoável para administrar a opinião do outro e tentar impressioná-lo. Quando isso é feito o tempo todo, é fácil provocar situações embaraçosas precisamente entre as pessoas que mais queremos impressionar. [...]

Como a noiva na festa de casamento, cada usuário precisa dar atenção a todos, mesmo que de forma efêmera e rasa. Com isso boa parte da riqueza das relações interpessoais é perdida, desumanizando seus atores e forçando os mais carentes de atenção a exagerarem suas atitudes para que pareçam interessantes o suficiente.

O Facebook é a rede da vez. Ela morrerá, surgirão outras. Abandoná-las é tão inviável quanto viver sem cartão de crédito, celular, conta bancária, plano de saúde, emprego ou qualquer tipo de atividade que deixe registros.

Mais do que isso, abandoná-las reduz oportunidades reais de autoexpressão, convívio, crescimento pessoal, aprendizado e intercâmbios sociais em geral.

Já que os processos de socialização digital e construção de identidade são inevitáveis é importante redefinir, com eles, os limites e regras de etiqueta no convívio.

 

Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/e-noticias/_ed797_eu_nao_quero_saber_da_sua_vida/>. Acesso em: 02 jan. 2020.

 

Para compreender o ponto de vista defendido no artigo de opinião, considere as seguintes afirmações.

 

I. O autor introduz o tema e o seu ponto de vista sobre o assunto nos quatro primeiros parágrafos do texto. No 1º parágrafo, ele começa citando que as pessoas reclamam que têm a sua privacidade invadida.

 

II. Nos três parágrafos seguintes ele expõe sua opinião afirmando que os mesmo que reclamam são os que expõem suas vidas em redes sociais. Apenas poderiam reclamar aqueles que são “desinteressados”, isto é, alheios a fofocas em redes sociais.

 

III. Nos parágrafos 5 a 8, o autor traz exemplos e argumentos que sustentam o ponto de vista anunciado. Para dar mais peso a seus argumentos, ele utiliza algumas estratégias mencionando fatos do cotidiano, utilizando vozes de autoridade e comparação com situações reais.

 

IV. Nos três últimos parágrafos, o autor finaliza sua argumentação, ratifica seu ponto de vista e conclui seu texto, constatando que sempre haverá alguma rede social em voga e que não é viável simplesmente abandoná-las.

 

V. Em resumo, o autor busca uma posição intermediária: ele é contrário ao uso das redes sociais feito por muitas pessoas, que expõe sua intimidade. Entretanto, ele não acredita que simplesmente abandonar essas redes, seja a solução, até porque considera que seu uso é desnecessário.

 

Estão corretas:


as afirmativas I, II, III, IV e V.


as afirmativas III e IV, apenas.


as afirmativas I, II, III e IV, apenas.


as afirmativas II, III, e IV, apenas.


as afirmativas I e II, apenas.

Leia o fragmento apresentado a seguir, retirado do conto Viver!, de Machado de Assis:

 

“PROMETEU. — Bem, deixa-me, voltarás um dia, quando este imenso céu for aberto para que desçam os espíritos da vida nova. Aqui me acharás tranqüilo. Vai.”

 

Com o Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras sofreram alteração em relação à acentuação. No fragmento apresentado aparecem algumas palavras acentuadas.

 

Assinale a alternativa em que a palavra sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico:

 

 


Espíritos


Ceú


Acharás


Voltarás


Tranqüilo

Leia o texto a seguir.

 

A paquistanesa Malala Yousafzai, de dezessete anos de idade, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2014, pela defesa do direito de todas as meninas e mulheres de estudar. "Nossos livros e nosso lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar", afirmou a jovem em seu primeiro pronunciamento público na Assembleia de Jovens, na Organização das Nações Unidas (ONU), após o atentado em que foi atingida por um tiro ao sair da escola, em 2012. Recuperada, Malala mudou-se para o Reino Unido, onde estuda e mantém o ativismo em favor da paz e da igualdade de gêneros.

 

        Disponível em: htpp://mdemulher.abril.com.br. Acesso em 18 ago. 2016 (com adaptações).

 

A partir dessas informações, reflita sobre o significado da premiação de Malala Yousafzai na luta pela igualdade de gêneros. Sobre o direito das jovens à educação formal, analise as afirmações que seguem:

 

I.  Todo cidadão tem o direito à educação.

II. A educação deve ser ponte para o aprimoramento de ideias.

III. As ideias apresentam reflexões críticas a respeito de situações em que se observa obstáculo ao livre acesso à educação.

IV. A educação das mulheres deve ser proibida em todas as sociedades.

V. Deve-se vincular educação e paz social.

 

Com base nas ideias apresentadas no texto, são corretas as afirmações contidas em:


I, II, IV, V.


I, III, IV, V.


II, III, IV, V.


I, II, III, V.


I, II, III, IV.

Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos

A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.

Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias.

Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia.

 

DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 20 jun. 2017 (adaptado).

 

Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as informações apresentadas no texto indicam que:


a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico.


a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.


a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial.


a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes.


a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.

A referência de um livro deve apresentar a estrutura seguinte

SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas.

Assinale a alternativa que apresenta a referência correta para livro.


BRAIT, Beth. Bakhtin: conceitos chave. 2. ed. 2005. São Paulo: Contexto, 246 p.


BRAIT, Beth. Bakhtin: conceitos chave. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2005. 246 p.


BRAIT, Beth. Bakhtin: conceitos chave. 246 p. Contexto: São Paulo, 2005. 2. ed.


Brait, Beth. Bakhtin: conceitos chave. São Paulo: Contexto, 2. ed. 2005, 246 p.


BRAIT, Beth. Bakhtin: conceitos chave. 2. ed. Contexto: São Paulo, 2005. 246 p.