LÍNGUA PORTUGUESA


Muitas vezes, as pessoas têm dúvidas a respeito do uso de alguns termos, ao descrever o emprego correto de alguns casos especiais da língua. Após seus estudos acerca das dificuldades mais frequentes da língua, assinale C para as frases que estiverem gramaticalmente corretas e E para as erradas.

(  ) Foi-me feito um pedido: é para mim avaliar o livro.

(  ) Voltamos a fim de cumprimentá-lo pela formatura.

(  ) Moro a cerca de duas quadras da universidade.

(  ) A tempo que não te vejo.

A opção correta é:                         


E, E, E, C.            


E, C, C, C.


C, E, E, C.            


E, C, C, E.            


C, E, E, E.

O conhecimento das estruturas oracionais ou frasais conduz ao conhecimento das situações e normas de pontuação, para a correta expressão do pensamento. Nesse sentido, os sinais de pontuação constituem recursos da língua escrita, e não da língua falada.

 

PORQUE

 

Na língua falada, os recursos de compreensão da mensagem são as inflexões de voz, a entonação e outras situações de expressão oral. Já na escrita, os sinais de pontuação determinam significados e orientam o leitor às inflexões de voz e de entonação, no caso da leitura dos textos escritos.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.                  


A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.           


As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.        


As asserções I e II são proposições falsas.


A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.           


As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.       

Leia o texto:

Histórias dos antepassados

Meu pai contou para mim que existiam muitos e muitos animais, na época em que ele era pequeno. Que existia paca, tatu, antamateira, moco, onça, veado, cacheiro, caititu, tatu-canastra, cutia, tiú. Ele conta que o tatu-canastra pesava mais de 40 quilos, os menores pesavam uns 25 quilos e no casco deles cabia uma quarta de milho. Esses eram os grandes. Nos pequenos, cabiam de meia quarta a 15 pratos.

O tempo passa, a história fica.

Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002744.pdf Acesso em: 07 set. 2017.

Sobre as sílabas tônicas de algumas das palavras do texto, identifique as justificativas corretas de acentuação ou não acentuação dessas palavras:

I- “cu – ti – a” – a sílaba tônica é o “ti”, por isso é uma Paroxítona sem acento.

II- “Tiú” – a sílaba tônica é o (U), por isso é uma Monossílaba Tônica acentuada.

III- “Ca – i – ti – tu” – a sílaba tônica é o “tu”, por isso é  Oxítona e não deve ser acentuada.

IV- “ta – tu” –  a sílaba tônica é o “tu”, por isso deve ser acentuada no (U).

V- “ca – bi – a” –  a sílaba tônica é o “bi”, por isso é uma Paroxítona sem acento.

A alternativa correta é:                


I – III – IV            


II – IV – V


II – III – V            


I – II - IV


I – III - V

Na Língua Portuguesa, especificamente no estudo da morfologia, a interjeição é uma classe de palavra que apresenta formas que traduzem, por meio da linguagem escrita, os sentimentos súbitos, espontâneos dos falantes, levando o interlocutor a adotar certo comportamento.

Nas alternativas, a seguir, temos exemplos de uso de interjeições nos versos de Castro Alves, no belíssimo poema Navio Negreiro (Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000074.pdf Acesso em: 01 mar. 2019.)

Agora, a partir de seus conhecimentos sobre os estudos realizados, assinale a alternativa cuja palavra sublinhada nos versos seja uma interjeição:  


Outro, que de martírios embrutece,

Cantando, geme e ri


Filhos e algemas nos braços,

N' alma – lágrimas e fel.


Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!

Que música suave ao longe soa!


Se o velho arqueja... se no chão resvala,

Ouvem-se gritos... o chicote estala.


E a fome, o cansaço, a sede

Ai! quanto infeliz que cede

Leia esta página do livro "A bruxa e o caldeirão":

MACHADO, José Leon. A bruxa e o caldeirão. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pv00001a.pdf  Acesso em: 29 ago. 2018

Na oração: “Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno.”

A conjunção que liga as orações expressa sentido de:


Consequência


Comparação


Concessão


Conformidade


Causa

Leia o trecho abaixo.

“Na escola, a professora pergunta:

__ Crianças, o que significa plural?

O aluno mais espero nem pensa duas vezes:

__ Plural, professora, quer dizer a mesma coisa, mas em mais quantidade.”

Fonte: SACCONI, F. A. Nossa gramática em testes e exercícios. São Paulo: Editora Moderna, 1979.

A partir da leitura do trecho acima, é correto afirmar que as palavras destacadas são, respectivamente:


verbo, verbo, substantivo, verbo.


verbo, advérbio, substantivo, verbo.


verbo, substantivo, verbo, advérbio.


verbo, substantivo, numeral, advérbio.


verbo, advérbio, advérbio, verbo.

Sobre a Língua coloquial, considere:

A língua coloquial é a “verdadeira” língua do homem, ser social. É por ela que ele se comunica e se interage na sociedade, ao longo de toda sua vida. É o nível da conversa, independentemente de escolaridade, de grau de instrução. O habitante de cidade, o doutor universitário, o operário, o trabalhador humilde, o habitante rural, o sertanejo, o analfabeto, qualquer pessoa, ou qualquer ser humano é detentor da língua coloquial. É por meio dela, como já o dissemos, que as pessoas se comunicam na sociedade. As pessoas: qualquer pessoa. (MAMEDE, 2017)

Contraria a definição apresentada acima, o que se afirma na opção:      


O nível da língua que não considera o conceito dicotômico de “certo e errado”. É com base nessa característica que os linguistas proferiram a famosa afirmação de que “na língua não existe erro”.


A linguagem é pensada, ensaiada, cuidada, podendo ser alterada, modificada, transformada no decorrer do discurso. O emissor, na fala ou na escrita, pensa antes de se expressar.


A quantidade de palavras é limitada. São palavras do quotidiano, de domínio de todos os falantes de um grupo ou de uma comunidade. Mas o necessário para a pessoa se comunicar durante toda sua vida.


A língua é produto da racionalidade humana. Antropologicamente, o homem é o animal dotado de linguagem articulada por meio de signos, de símbolos sonoros, produzidos pela voz.


Os animais possuem “vozes”; já o homem, a fala. Mas não é uma voz simplesmente “fisiológica”, decorrente do instinto animal. É a voz codificada pela língua, pelo idioma. Portanto, racional.  

Leia o texto:

MEU DIÁRIO

7 de julho

 

Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e do Beto são mais ou menos. O meu deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. O Toninho está terminantemente proibido de ir ao bar do Seu Porfírio. O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. O do Joca é que nem o meu. O do Zé Luís deixa, mas é obrigatório voltar às seis em ponto e o do Mauro às vezes deixa tudo, outras dá bronca que Deus me livre, tudo na tal língua estrangeira que ele inventou.

AZEVEDO, Ricardo. Nossa rua tem um problema. São Paulo: Paulinas, 1986.

Tem a função de separar termos de uma enumeração a(s) vírgula(s) empregada(s) em:


O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. (linha 3 e 4)


Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e do Beto são mais ou menos. (linha 1 e 2)


O do Zé Luís deixa, mas é obrigatório voltar às seis em ponto...(linha 5 e 6)


Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. (linha 4 e 5)


O meu deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. (linha 2)           

Leia a charge:

FONTE: EAD Uniube

No trecho “Público é uma palavra proparoxítona.” Se retirarmos o acento da palavra “Público” o que acontece? Marque a alternativa correta:    


Muda a classe gramatical:  Pú – bli – co (substantivo ou adjetivo); e pu – bli –co (verbo), pois o sentido fica o mesmo.


Muda a classe gramatical, a sílaba tônica e o sentido, pois Pú – bli – co (substantivo: plateia; adjetivo: do povo - proparoxítona); e pu – bli –co (verbo: publicar - paroxítona).     


Muda a sílaba tônica: Pú – bli – co (proparoxítona); e pu – bli –co (paroxítona), perde o acento porque não acentuamos paroxítona terminada em (O).


Muda só a classificação, porque o personagem da charge não conhece as regras de acentuação gráfica: Pú – bli – co (paroxítona); e pu – bli –co (oxítona).


Muda a classe gramatical: Pú – bli – co (substantivo masculino coletivo); e pu – bli –co (verbo – primeira pessoa do presente do subjuntivo).            

Leia o trecho da crônica a seguir, de Paulo Mendes Campos, intitulado “No subúrbio da gramática”.

“Conjunção – Palavra invariável que liga e relaciona entre si duas orações completas ou incompletas. Exemplos [...] Casimiro de Abreu aos oito anos de idade andava descalço, conforme se sabe. – Sete cidades gregas reclama a cidadania de Homero, e, contudo, há quem afirme que ele nem nasceu. – D. H. Lawrence gostava de cachorros, crisântemos, de cobras venenosas, mas embirrava muito com as pessoas. – Não sei se Rui Barbosa teria medo de avião. – Caso Cleópatra estivesse viva, os fotógrafos não a deixariam em paz; daí o ter morrido; sem embargo, ninguém sabe que espécie de ofídio lhe deu a morte. [...] – Jarry já chora, já ri. Todo mundo gostava de La Fontaine, visto que tratava bem as formigas. – Kant era mais pontual do que o relógio. [...] – Desde que Shelley caísse na água, Byron ficava apavorado.”

In: CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português linguagens: volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 210.

No texto, o cronista cria, perfeitamente, um jogo entre o conceito gramatical da conjunção e a licença poética, ou seja, os exemplos apresentam orações relacionadas entre si por conjunções, mas oferecem, sobre as pessoas citadas, informações que não passam de um exercício poético. A partir disso, analise as afirmativas a seguir quanto aos valores semânticos das conjunções empregadas no texto.

I. Em "Casimiro de Abreu aos oito anos de idade andava descalço, conforme se sabe.", a conjunção destacada tem valor de conformidade.

II. No trecho "D. H. Lawrence gostava de cachorros, crisântemos, de cobras venenosas, mas embirrava muito com as pessoas.", o mas foi empregado com sentido de oposição.

III. Quando o autor diz "Todo mundo gostava de La Fontaine, visto que tratava bem as formigas.", o termo destacado indica a causa, o motivo, a razão pelo qual todos gostavam de La Fontaine, ou seja, é uma conjunção causal.

É correto o que se afirma em:   


II e III.  


Apenas em II.   


I, II e III.


I e II.     


Apenas em I.