COLONIZAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DAS AMÉRICAS


Leia com atenção:

 

Em toda a América, falava-se muito de liberdade, de igualdade, dos direitos do homem. A declaração de Independência proclamava “Consideremos essa verdade evidente: QUE TODOS OS HOMENS SEJAM CRIADOS IGUAIS”. Agora eram aprovadas leis que tentavam fazer essa verdade tomar corpo na vida real, e não só no papel. (HUBERMAN, 1966, p. 69)

 

A Constituição americana de 1787, como todas as constituições burguesas, significou a condenação das práticas políticas discriminatórias, vigentes até então. Podemos apontar como características da Constituição americana:

 

I – adoção de um Estado federal soberano, responsável pela política exterior, pela defesa, pelo comércio com o estrangeiro e entre os Estados.

II – criação de estados independentes, com maior autonomia e poder soberano nas decisões políticas internas.

III – governo estruturado em quatro poderes: legislativo, judiciário, executivo e federativo-moderador, criado em 1789, após a aprovação da Constituição.

IV – estabelecia o direito de voto a todos os cidadãos, inclusive mulheres e negros, se tornando a primeira constituição a proclamar a igualdade social.

 

É correto apenas o que se afirma em:

 


I, II e IV.


I, II e III.


I e IV.


II e IV.


I e II.

Leia com atenção:

 

O sistema político dos poderes aliados é essencialmente diferente do vigente na América. Esta diferença provém daquilo que existe em seus respectivos governos (...) Nós devemos, portanto, declarar com simplicidade em vista das relações amistosas existentes entre os Estados Unidos e aqueles poderes que, consideraremos qualquer tentativa de sua parte para estender seu sistema a qualquer parte deste hemisfério como perigosa para nossa paz e segurança.
(Fonte: MORRIS, R.B. Documentos Básicos da História dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Fundamento de Cultura. p.125 – Trecho da Mensagem de Monroe, em 2 de dezembro de 1823)

 

Com base na leitura do documento e nos estudos sobre o Monroismo, assinale a afirmativa que aponta corretamente a causa e a consequência da formulação da Doutrina Monroe, respectivamente:

 


Impedir a independência de algumas áreas da América Espanhola; anexação de territórios importantes economicamente pertencentes ao México.


Apoiar o movimento de independência do Haiti, impedindo qualquer interferência espanhola; fim do domínio espanhol no Haiti.


Interesse em recolonizar a América Latina sob o imperialismo norte-americano; opor-se a qualquer tentativa de intervenção da Santa Aliança nos países latino-americanos.


Oposição a qualquer tentativa de intervenção externa no continente americano; justificativa intervencionista, como um disfarce para a recolonização da América Latina.


Oposição à ameaça de invasão napoleônica na América Latina; consolidação da independência latino-americana.

Na América Inglesa as colônias do Norte adotaram como mão-de-obra a servidão por contrato e as do Sul a mão-de-obra escrava africana. Com relação às principais diferenças entre essas duas formas de trabalho e os interesses das colônias em adotar distintas formas de trabalho, analise as afirmativas a seguir:

 

I - Ambas as formas de trabalho são compulsórias, entretanto, para o servo de contrato o trabalho forçado era por tempo limitado e para o escravo era para a vida toda.

II - Os trabalhadores servis não perdiam sua condição humana, ao contrário dos escravos, que eram considerados como propriedades e mercadorias.

III - O predomínio de uma sociedade mais igualitária nas colônias do Sul levou à manutenção do trabalho escravo, que era o motor do crescimento econômico.

IV - A forte presença calvinista trouxe um novo significado ao trabalho, apesar disso, um servo não podia ascender socialmente após pagar sua dívida de contrato.

 

É correto apenas o que se afirma em:

 


I, II e IV.


III e IV.


I, II e III.


II e III.


I e II.

Com o intuito de administrar suas colônias, a Espanha criou uma complexa estrutura burocrático-administrativa visando manter o total domínio das terras conquistadas. Dos órgãos administrativos coloniais, os cabildos vão assumir grande importância para a elite criolla dentro do processo de colonização. Sobre os cabildos, podemos afirmar que eles eram:

 


sede do governo criollo nas audiências, que assumiam o poder político colonial na ausência de um vice-rei espanhol.


companhias comerciais criadas pela Casa de Contratación e que tinham a exclusividade do comércio com a colônia, cidade ou região.


contratos estabelecidos entre a Coroa e os adelantados, que estabelecia o monopólio de comercializar os escravos negros no continente americano.


câmaras municipais encarregadas da administração das cidades coloniais e que possuíam considerável autonomia local.


associação de pessoas da mesma profissão sujeitas às mesmas regras e estatutos, com os mesmos deveres e direitos dentro do governo colonial.

Leia com atenção o fragmento a seguir:


O expansionismo, ou a superação da era do Mediterrâneo pela do Atlântico c do Índico, é um momento decisivo na história, quando se alargam os horizontes econômicos e políticos como os geográficos. Supera-se aos poucos o limite do homem medieval, não só em extensões mais dilatadas, incluindo a Ásia, a África e a América, como também com uma nova visão do humano e do social, não mais preso ao teocentrismo da Idade Média, mas aberto ao antropocentrismo que vai caracterizar a Idade Moderna. (IGLESIAS, Francisco. Encontro de duas culturas: América e Europa. Estudos Avançados, 6(14), 1992, p.25).


O texto faz menção ao período do expansionismo, que permitiu aos europeus conhecerem novas terras e novos povos além-mar. Sobre o expansionismo espanhol, é correto afirmar que:

 


O expansionismo marítimo e geográfico espanhol, marcou o início do capitalismo industrial no país, tendo em vista que a economia foi fortalecida pela grande quantidade de ouro e prata que foram retirados da América.


A Guerra de Reconquista marcou o fim do expansionismo espanhol, que teve início com a conquista da América e a colonização das terras encontradas por Cristóvão Colombo.


A Espanha foi pioneira no expansionismo marítimo europeu, ao encontrar, pela primeira vez, terras até então desconhecidas que Cristóvão Colombo reconheceu como sendo um novo continente.


A vitória na Guerra de Reconquista e o início do processo de formação do Estado espanhol forneceram subsídios políticos, financeiros e religiosos para que a Espanha promovesse sua expansão ultramarina.


O expansionismo espanhol, de caráter tradicional, se consolidou a partir da guerra contra os povos mais fracos, que eram submetidos política e militarmente, e obrigados a trabalhar para os conquistadores ou pagar-lhes tributos.

A independência marcou o início do processo de formação e consolidação da nação norte-americana. Após 1783, o governo dos Estados Unidos deu início à expansão territorial a partir da conquista de novas áreas a oeste. Em meio século, de 1803-1853, os Estados Unidos triplicaram sua superfície, tendo o seu território continental adquirido praticamente o contorno atual, com exceção do Alasca e das Ilhas Havaí.

O mapa a seguir evidencia as principais etapas dessa expansão:

 

Fonte: (Adaptado de: FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de O. Atlas história geral. São Paulo: Scipione, 2000, p.51)

 

A partir da análise do mapa e tendo como referência as leituras realizadas, assinale a alternativa que identifica corretamente a(s) região(ões) e a justificativa para sua anexação:

 


Regiões 3 e 5: compra de territórios franceses e espanhóis negociados nos primeiros anos do expansionismo.


Região 1: compra do território da Flórida pertencente aos povos canadenses, que ameaçavam dominar a região.


Região 2: aquisição de territórios indígenas mediante acordos de paz estabelecidos após a independência.


Regiões 9 e 10: territórios cedidos pelo México após acordos diplomáticos para exploração de ouro e minérios.


Regiões 7 e 10: compra de territórios ingleses e mexicanos para expansão da produção de tabaco e algodão.

Leia com atenção o fragmento a seguir:

 

Quando no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário para um povo dissolver os grupos políticos que os têm unidos, uns aos outros, e para assegurar entre os poderes da terra a posição separada e igualitária com que as Leis da Natureza e a Natureza Divina os capacita, o respeito às opiniões dos homens exige que sejam declaradas as causas que os levam a tal separação. (Trecho da Declaração de Independência dos EUA).

 

Em 1776, o processo de separação das Treze Colônias em relação à metrópole inglesa era irreversível. Um comitê liderado por Thomas Jefferson elaborou o documento de independência da nova nação, que se tornou um dos principais documentos da formação dos Estados Unidos da América.

Sobre a importância da Declaração de Independência dos Estados Unidos para o contexto da época, assinale a alternativa correta:

 


A declaração anunciava o nascimento de uma nova nação, estabelecia a liberdade individual e os direitos do Estado, tornando-se um manifesto geral.


A Declaração de Independência enunciou uma filosofia política cuja essência é a ideia de igualdade popular.


A Declaração evidenciou uma intransigente defesa da intervenção do Estado nas atividades econômicas, visando controlar os abusos da burguesia.


Com a Declaração de Independência, os EUA colocaram em prática uma política imperialista, impondo seus interesses econômicos às demais nações do continente americano.


O documento revolucionou a nova política do país ao traçar o desenvolvimento da sociedade de classes até o início do capitalismo industrial.

Considere as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:


Com relação à administração, uma das características mais significativas das colônias inglesas foi o desenvolvimento do autogoverno, que surgiu simultaneamente à organização das colônias e se revestiu da falta de influência controladora do governo inglês.
 

PORQUE
 

A máquina político-administrativa estabelecida na América inglesa, responsável pela autonomia colonial, era composta e eleita pelos colonos; tanto os governadores quanto as assembleias eram representantes diretos do povo, o que garantiu o caráter democrático da política colonial.
 

Analisando as afirmações acima, conclui-se que:

 


a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.


a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.


as duas afirmações são falsas.


as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.


as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

Na formação dos novos países latino-americanos, o republicanismo foi o princípio político que norteou a organização da quase totalidade dos Estados nacionais. Apesar de alguns líderes da independência defenderem a implantação de um regime monárquico, a opção pela república como a forma mais adequada de governo foi escolhida, principalmente, por que:

 


era o modelo político mais próximo ao da Coroa Espanhola e, portanto, o melhor substituto para o sistema colonial.
pesavam as tradições coloniais republicanas da América Espanhola, com sua política livre e centralizadora, que impedia qualquer forma de autoritarismo.
a monarquia representava a adoção das ideias liberais, difundidas pelo império napoleônico, e os novos líderes desejavam manter o sistema político vigente.
a monarquia era associada às opressões do sistema colonial e o modelo republicano foi influenciado pelos novos ideais difundidos pelos EUA e pela França.
seguiu-se o modelo republicano da Inglaterra, que apoiou as independências e se tornou o principal parceiro comercial dos novos países latino-americanos.

Leia o fragmento a seguir:


Entre a Igreja e o estado existiu uma parceria quase que perfeita: o estado contribuiu com a força, a Igreja com a ideologia. Isso não significa que Igreja e Estado eram entidade distintas. Entretanto, estas duas instituições estavam unidas de tal forma que sempre era difícil determinar onde começava uma e onde a outra. (SANTOS, 2006, p.48).


Sobre as relações entre a Igreja Católica e o Estado Espanhol na América Colonial, é correto afirmar que:


O Estado Espanhol reservava-se o direito de fundar as dioceses e de designar seus respectivos bispos.
A Igreja Católica recolhia de forma exclusiva o dízimo e repassava parte deste à Coroa Espanhola.
A Igreja Católica era encarregada de pagar as gratificações ao clero e de edificar os templos católicos.
A Igreja Católica organizou as expedições militares que objetivavam o domínio das riquezas coloniais.
O Estado Espanhol impediu que a Igreja Católica dirigisse a instrução e a educação dos colonos.
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