A REINVENÇÃO DO BRASIL: DA REGÊNCIA À REPÚBLICA OLIGÁRQUICA


Durante toda a década de 1920, uma série de eventos foi capaz de transformar a vida política e cultural no país. A década foi marcada por frequentes movimentações e revoltas que revelavam o descontentamento de vários setores da sociedade. Entre os quais podemos citar:


O Golpe da Maioridade e Guerra de Canudos
O fim do padroado e estabelecimento do Estado laico
a abolição da escravatura e a proclamação da República
A criação da Guarda Nacional e Guerra dos Farrapos
a Semana de Arte Moderna e o Movimento Tenentista

Atente para o pronunciamento seguinte:

“... esta estrada de ferro, que se abre hoje ao trânsito público, é apenas o primeiro passo de um pensamento grandioso. Esta estrada, Senhor (D. Pedro II), não deve parar e, se puder contar com a proteção de Vossa Majestade, seguramente não parará senão quando tiver assentado a mais espaçosa de suas estações às margens do rio das Velhas.” (Barão de Mauá, na inauguração da estrada de ferro Rio-Petrópolis, em 1854).

Pode ser descrita como uma característica da chamada “Era Mauá”:


o interesse pelo desenvolvimento de parque industrial em compasso com os grandes centros;
o fortalecimento da ordem escravocrata e da agroexportação de cana de açúcar;
a ampla parceria firmada entre elite agroexportadora e os pioneiros donos de industrias;
o crescimento do setor médio urbano associado ao uso de mão de obra escrava nas fábricas;
o investimento em alta tecnologia financiada pelos barões da agroexportação de café.

Leia o trecho seguinte:

O conflito estrutural entre a classe oligárquica, que pretendia conservar o monopólio do poder, e os grupos médios urbanos que aí desejavam chegar, marcará a vida política do país durante o período que vai de 1890 a 1930: de um lado, a aliança dos grupos semifeudais, controlando as regiões mais atrasadas, com a nova classe agrícola e exportadora que manipula o governo em proveito próprio; de outro as classes médias urbanas, em rápida expansão, imbuídas de ideias liberais, buscando formas de vida moderna (FAUSTO, Bóris. Expansão do café e política cafeeira In: ______. História geral da civilização brasileira, tomo III (O Brasil Republicano), 1o volume (Estrutura de poder e economia, 1889-1930). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1997., p.11).

A crise da dominação oligárquica se dá em função do(a):

Assinale a alternativa correta:


esgotamento do modelo de desenvolvimento agrário-exportador levado a cabo, até então, pelas oligarquias dominantes.
intelectualismo acadêmico que se apoderou das bases políticas radicadas no interior do Brasil.
negligência dos órgãos de imprensa da capital paulista que não cobriram os eventos de contestação.
espírito de rivalidade política entre os membros da classe média urbana e os jovens oficiais do Exército.
a omissão do bloco operário e camponês que deixou de apoiar o grupo ruralista.

Leia atentamente:

“...a vida nas fazendas é tudo o que de mais triste se pode imaginar. O trabalho é exaustivo, mortífero, sem uma hora de tréguas, sem um minuto de repouso. Às quatro da manhã, ao som da sineta, os colonos devem estar prontos, partir em esquadras para as plantações e trabalhar até à noite, sob o olhar vigilante do administrador, do feitor e dos capangas. Ordinariamente, por único alimento: arroz e feijão, com um ou outro cálice de caninha.” (HALL. Michael M. Trabalhadores Imigrantes. Revista Trabalhadores. Campinas: n. 3, 1989. p. 37).

Essas condições de vida se devem à estratégia de exploração do contingente aliciado. Esse aliciamento de trabalhadores livres imigrantes, no Brasil, se deve, em grande parte, á um processo historicamente conhecido como: (Assinale a alternativa correta)


Trabalho escravo.
Participação Societária no Lucros. 
Remuneração segundo a CLT.
Premiação por metas atingidas.
Sistema de Parceiras.

Leia atentamente:

“A vinda subsidiada de trabalhadores estrangeiros de várias origens, além da italiana, pode ser comprovada por pesquisa feita pela Secretaria de Trabalho do estado de São Paulo. Segundo tal pesquisa, na indústria têxtil, havia, em 23 fábricas, 10.204 operários, dos quais 7.499 eram estrangeiros, sendo os italianos em número de 6.044, os portugueses 824, os espanhóis 338 e os demais de outras nacionalidades.” (OLIVEIRA, Antoniette Camargo de...[et al.]. O Brasil Monárquico. Uberaba: Universidade de Uberaba, 201. p. 166)

Considerando esses dados, assinale a alternativa correta: Podemos relacionar a presença do trabalhador imigrante no Brasil do séc. XIX a:


Sertanismo e o parque industrial amazonense.
Ruralismo e as fazendas de gado no Rio Grande do Sul.
Provincianismo e a lavoura de cana nordestina.
Urbanização e o comércio de peles advindo da caça mato-grossense. 
Pioneirismo industrial associado à cafeicultura paulista.

Em 1887, quando o imperador fez sua ultima viagem para a Europa, com o estado de saúde agravado, deixou o país imerso em grave crise. Dentre os elementos que compuseram esse panorama caótico, podemos destacar (Marque V para verdadeiro e F para falso):

(  ) fugas maciças de escravos;

(  ) insatisfação dos militares;

(  ) propaganda republicana bombardeando a monarquia;

Assinale a sequência correta:


F; V; F
V; F; V
V; V; V
F; F; V
F; F; F

Leia atentamente:

D. Pedro II, muito enfermo, viajava com frequência ao exterior, deixando a princesa Isabel como regente. O imperador se refugiava na Europa, respirando os ares de civilização, progresso e requinte, que o auxiliava compensando as agruras e distúrbios, tanto políticos como de sua saúde debilitada. (OLIVEIRA, Antoniette Camargo de...[et al.]. O Brasil Monárquico. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2011.)

Como a opinião pública brasileira comentava esse refúgio do Imperador? Assinale a alternativa correta:


No Brasil, era vítima do sarcasmo dos sacerdotes católicos que condenavam o sistema de padroado e defendiam a proposta republicana.
No Brasil, era alvo constante dos jornalistas e cartunistas, os quais ridicularizavam sua pessoa e suas ações, descrevendo-o como um fraco, ingênuo, indiferente e incompetente monarca.
No Brasil, era comentado entre as pessoas de boa família como um desertor dos compromissos do lar, que deixou sozinha a filha Isabel.
No Brasil, era tido como o imperador fanfarrão que deu as costas para as tradições monárquica, se bandeando para o lado obscuro e republicano de nossa política.
No Brasil, era tido como o personagem mais culto e sofisticada de nossa história política, capaz de representar bem o país junto à vanguarda intelectual europeia.

Marque V para verdadeiro e F para falso. Podem ser apontadas como características da cafeicultura:

(  ) Necessita de grandes latifúndios agroexportadores.

(  ) Concentrou-se no oeste do Paraná

(  ) Uma monocultura escravocrata

Assinale a alternativa correta:


F; F; V
V; V; V
V; F; V
F; V; F
F; F; F

O que se pode dizer a respeito da produção de café no Brasil do Segundo Reinado, é:


utilizou, exclusivamente, a mão de obra escava e africana nos latifúndios monocultores;
foi uma cultura controlada pelos grandes latifundiários da região sul do país;
dominou as exportações brasileiras do séc. XIX (produto número um de nossa economia);
permitiu que o Brasil fosse eleito o quarto maior exportador agrícola do mundo;
favoreceu a interiorização tardia do Brasil; rumo às fronteiras com países vizinhos;

Houve, depois da saída de Pedro I, uma explosão de revoltas provinciais associadas à pressão dos liberais que queriam ver o poder descentralizado. Favorecido pela instabilidade política, esse grupo conseguiu sair vitorioso aprovando o Ato Adicional de 1834. Assim, foi possível realizar reformas significativas na base discursiva da constitucional.

Pode-se dizer que o Ato Adicional de 1834, criou os fundamentos do que seria, futuramente, implantado na República. Esses fundamentos são perceptíveis: 


Retorno do Primeiro Reinado
Instituição das Assembleias Provinciais. 
Criação do Senado vitalício. 
Advento da Regência Trina. 
Fortalecimento do Conselho de Estado.
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