DAS COMUNIDADES PRIMITIVAS AO MUNDO MEDIEVAL
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As solidariedades de família – as “linhagens” – fazem-se mais estreitas. As solidariedades de classe reforçam-se mediante os rituais, os costumes, os juramentos, todo o aparato material e moral da “cavalaria”. Por último intervém também a sanção religiosa: a igreja cujos altos cargos recrutam-se entre os poderosos, e os demais entre a massa camponesa livre, insere-se com firmeza no sistema feudal; agrupa imensos senhorios, graças às doações (de forma feudal) que lhe fazem camponeses e grandes senhores. Limita as violências – sobretudo aquelas que, sendo entre senhores, quebrariam a requerida solidariedade -, mas assegura a subordinação moral das classes trabalhadoras, restritas no cotidiano a manter, mediante seu trabalho e seu produto, a classe “que combate” e a classe que “reza”. (PARANAIN, 2003, p.27)
A partir do século XI se fortaleceram os vínculos feudais de vassalagem, de mandos locais e também de “proteção” em troca de obrigações pessoais. Esse fenômeno de ampliação da solidariedade está relacionado também: