Razão é um termo muito pouco adequado para abranger as formas da vida cultural do homem em toda a sua riqueza e variedade. Mas todas essas formas são simbólicas. Portanto, em lugar de definir o homem como um animal rationale [racional], deveríamos defini-lo como um animal symbolicum [simbólico]. Desse modo, podemos designar sua diferença específica, e podemos compreender o novo caminho aberto ao homem: o da civilização.
(CASSIRER, E. Antropologia Filosófica. São Paulo: Mestre Jou, 1977, p. 51)
Sobre a concepção de cultura presente no fragmento de texto acima, é CORRETO inferir que:
a cultura é um termo plurissemântico e, por isso, não há consenso quanto à natureza da produção cultural e, tampouco, da sua função no desenvolvimento da civilização.
a cultura é meio pelo qual o homem significa a sua existência criando um complexo conjunto de símbolos que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, as leis, os costumes e hábitos adquiridos na vida em sociedade.
a cultura diz respeito somente aos elementos concretos uma comunidade humana – técnica e trabalho – e, por isso, não possui propriedades simbólicas.
a complexidade dos elementos culturais, como a língua, os costumes e as técnicas definem o homem como um animal racional, diferenciando-o por sua capacidade transformadora dos demais animais.
a cultura é uma dimensão artificial da vida humana, não representando, portanto, o vínculo que mantém unidos, entre si, os membros de uma determinada comunidade.