[...] A independência e a construção do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líderes desse movimento. A independência norte-americana (EUA) é um fenômeno branco, predominantemente masculino e latifundiário ou comerciante. [...] (KARNAL, L. Estados Unidos: da colônia à independência. São Paulo: contexto, 1990, p. 67).
Considerando os estudos sobre o processo de independência que deu origem aos Estados Unidos da América, a crítica que o autor coloca no fragmento evidencia:
A limitação de direitos e liberdades aos setores populares, principalmente escravos e índios, o que demonstrava as contradições do projeto liberal defendido pelos revolucionários.
A libertação dos escravos e a expansão territorial, cujo desenvolvimento só foi possível após a ruptura com a metrópole.
A criação de uma nova Constituição, que estabelecia uma igualdade social jurídica e concedia o direito de voto a escravos e mulheres.
A abolição das diferenças entre os habitantes dos novos estados, instituindo uma democracia social por meio de uma Constituição Liberal.
A criação de um projeto comum entre os estados do norte e do sul, que estabeleceram acordos diplomáticos para a abolição gradativa da escravidão.