CAPITALISMO E REVOLUÇÕES NAS AMÉRICAS


O populismo emergiu na América Latina como uma nova proposta para fazer frente às velhas formas de dominação política capitaneadas pelas oligarquias nacionais, frequentemente comprometidas com o capital estrangeiro. Uma de suas marcas fundamentais é a relação de caráter pessoal entre as massas e o governante. Essa relação se caracteriza, principalmente, por uma política:




  • social-desenvolvimentista e de não intervenção do Estado, estabelecendo uma política de abertura às mudanças sociais e de crescimento econômico a partir da nacionalização de empresas privadas, com intensa participação do povo no poder.

  • socialista e paternalista, em que as massas assumem o poder após um período revolucionário e elegem um representante carismático para administrar o Estado e promover o desenvolvimentismo e mudanças sociais.

  • trabalhista e modernista, em que o Estado promove o bem estar coletivo e o desenvolvimento do sentimento nacional por meio da repressão aos movimentos operários e sociais, que buscavam desestabilizar a ordem capitalista vigente.

  • paternalista e personalista, em que o Estado é personificado na pessoa de um líder carismático, que tem o povo como depositário da legitimação de seu poder, numa relação marcada por uma lealdade pessoal à figura do governante.

  • caudilhista e personalista, em que o líder carismático estabelece alianças com os setores populares, mantendo uma estreita relação de poder e promovendo melhorias de caráter social e nacional.