Encabeçou o movimento à frente dos brasileiros mais por ódio às Cortes Constituintes de Portugal que por convicção num Brasil independente. Mas era um português e solidário a seus conterrâneos. Além disso, seduzia-lhe o poder absoluto que lhes ofereciam os conservadores (MALERBA, Jurandir. O Brasil Imperial (1808-1889). Maringá: EDUEM.1999, p. 20).
No texto anterior, Jurandir Malerba comenta as intenções políticas mais veladas de D. Pedro I. Pensando sobre o caso, assinale a alternativa que corrobora a análise do autor citado.
As pretensões abolicionistas de Pedro I e o seu confesso desejo de nivelar economicamente a estrutura social da população brasileira, acabou justificando um regime despótico que ignorava a atuação do poder legislativo e a Constituição deixada por D. João VI (seu pai).
No dia 12 de novembro de 1823, Noite da Agonia, o monarca, apoiado pelos militares, dissociou a Assembleia Constituinte que pretendia a ascendência do Legislativo sobre o Executivo e impôs uma carta Constitucional que outorgava soberania a um quarto poder (Moderador) que o tinha como representante único.
José Bonifácio, braço direito de Pedro I, entendia que a autoridade máxima e despótica concedida ao Imperador seria uma garantia de que não se teria, no Brasil recém emancipado, o embraço de uma estrutura parlamentar e o desconforto de uma Carta Magna.
Pedro I entendia que o pacto Colonial havia deixado como ranço a monarquia que pesava, em contraponto, sobre suas novas aspirações políticas. Por isso, implantou um regime autoritário que pretendia sair de cena quando o Brasil pudesse, sob o exemplo do Haiti, ter um regime republicano.
O primeiro ato do déspota esclarecido Pedro I considerado autoritário, sendo empreendido à custa de muito derramamento de sangue e pela ponta de baionetas, foi a imposição de um Sufrágio Universal que incluísse, também, a participação política das mulheres.