Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as girafas que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais curtos.
Fonte: Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist, vol. 148: p. 771-786. (Adaptado).
Em relação ao texto acima e considerando os mecanismos da evolução, assinale a alternativa CORRETA.
Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers apresentam suposições baseadas nas teorias lamarckistas, já que as girafas, vivendo na África, em solo seco e quase sem capim, teria como alimento as folhas das árvores, e de tanto esticar o pescoço para capturar as folhas, este cresceria e essa característica era transmitida aos descendentes.
Para Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido devido a variação genética, de mutações aleatórias que ocorrem no genoma dos organismos, sendo causadas por radiação, vírus, transposons e substâncias químicas mutagênicas.
Para os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers, a seleção sexual e os estudos de registro fóssil, permitem reconstruir de forma satisfatória, o processo de evolução na Terra, mostrando que muitas girafas que evoluíram na África deixaram descendentes com taxas evolutivas muito irregulares.
Segundo Darwin, as alterações provocadas num órgão pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes. Segundo essa lei, o uso frequente e contínuo de qualquer órgão o desenvolve e aumenta, ao passo que seu desuso permanente o enfraquece até, finalmente desparecer.
A seleção sexual teve um papel importante e coerente para a teoria em sua globalidade. A seleção sexual, segundo Darwin, não depende da luta pela sobrevivência, mas da luta entre os indivíduos de um mesmo sexo, geralmente os machos, para assegurarem-se da posse do outro sexo.