O professor, no ambiente escolar, não é apenas leitor, é também mediador das práticas escolares de leitura literária.
Diante desta afirmativa, é correto dizer sobre o papel do professor na seleção dos textos:
O educador não deve influenciar na formação do gosto literário; seu papel é fazer com que seu aluno conheça as tradições literárias e que não utilize a literatura como meio e fim.
O professor deve apenas selecionar o texto que melhor se encaixe ao nível da sua turma ou do seu plano pedagógico, pois, a Literatura se encarrega de colocar o aluno em contato com outras realidades.
O professor não direciona o ensino da Literatura, ele apenas escolhe as narrativas, as poesias, os textos teatrais, etc.., fazendo destas escolhas, não as suas vivências, mas apenas as suas exigências pedagógicas.
O professor deve dar abertura às potencialidades que a literatura propõe. Além da não obrigação de se preocupar com o plano pedagógico, ele deve se esforçar para se prender somente às escolas literárias, deixando de lado uma leitura mais lenta da Literatura.
Cabe ao educador evitar que a Literatura seja colocada em um modelo artificial, anulando a natureza da leitura, que, segundo Chartier, é engajamento do corpo, inscrição num espaço, relação consigo e com os outros, dando ao leitor a escolha de novos usos.