REVOLUÇÕES, IDEIAS, HOMENS E MÁQUINAS


A Revolução Inglesa é comumente interpretada como um confronto entre a aristocracia feudal e a burguesia que assumiu a forma concreta de um conflito entre o rei e o parlamento.

 “Pouco a pouco, contudo,... a lua-de-mel entre a monarquia e o Parlamento, que sob os Tudor raramente se reunia, aprovando sempre a política real, chegou ao fim. Os interesses opostos das duas partes vieram à tona e, quando teve início o reinado da dinastia Stuart, Jaime I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649) tiveram de enfrentar a forte oposição do Parlamento.” (MICELI, Paulo; As revoluções burguesas, São Paulo: Atual, 1994. p.29)

Entre os motivos que levaram coroa e parlamento a este desentendimento pode-se destacar:




  • As tentativas, por parte dos reis, de aumentar os impostos e exercer maior controle sobre as atividades comerciais (monopólios mercantilistas).

  • As medidas tomadas pelos reis da dinastia Stuart, que retiravam uma série de direitos políticos dos camponeses, muito influentes no parlamento.

  • A aprovação do Ato de Navegação, o que desagradou profundamente a burguesia e os comerciantes da Inglaterra.

  • A crescente influência da gentry no parlamento, que pressionava os governos em favor de aprofundadas reformas sociais na Inglaterra.

  • A imposição ao parlamento inglês da Petição dos Direitos por parte do rei Jaime I.