Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos legais. Envolve, principalmente assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre as classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas (BRASIL, 1998, p.17).
Esta afirmativa do RCNEI justifica a necessidade de mudança das instituições de Educação Infantil, por quê?
Inicialmente, cabiam as instituições de Educação Infantil apenas o caráter assistencialista, ou seja, atender as necessidades físicas das crianças higiene, alimentação e repouso - para que os pais pudessem dedicar mais tempo ao trabalho.
Inicialmente, as instituições de educação infantil assumem um papel bem mais amplo. A escola não era compreendida apenas como espaço que cuida e protege a criança. Seu papel era de promover o desenvolvimento infantil contemplando suas necessidades específicas.
Inicialmente, entender que educar e cuidar estão intimamente relacionados, ajuda-nos a promover um ensino integrado, permitindo que a criança conheça a si mesma enquanto indivíduo e consiga viver em sociedade.
Inicialmente, para trabalharmos com crianças era necessário conhecer suas particularidades, especificidades sociais, cognitivas, afetivas, emocionais e assim traçarmos ações que levem a um aprendizado mais eficaz e significativo para o educando.
Inicialmente, educar significava criar situações de cuidados e brincadeiras organizadas em função das características das crianças, favorecendo assim o seu desenvolvimento e aprendizagem.