TEORIA DA LITERATURA


DESCOBERTA DA LITERATURA

 

No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/

cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./

E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/

para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./

Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/

ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/

com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./

Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/

em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/

e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/

a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/

que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/

e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/

receava que confundissem/ o de perto com o distante,/

o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/

e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/

ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ (…)

João Cabral de Melo Neto

 

Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as duas colunas abaixo:

 

1ª COLUNA

 

(1) Romance de barbante

(2) Roda morta; folheto guenzo

(3) Como puro alto-falante

(4) Perto/distante/mágico/Franzino/gigante

(5) Cochichavam-me em segredo

 

2ª COLUNA

 

( ) Pleonasmo

( ) Metáfora

( ) Comparação

( ) Metonímia

( ) Antítese

 

A ordem correta é:




  • 2, 1, 3, 4, 5

  • 3, 1, 4, 5, 2

  • 1, 2, 3, 4, 5

  • 2, 4, 5, 3, 1

  • 5, 2, 3, 1, 4