HISTÓRIA NA SALA DE AULA


A historiadora Circe Bittencourt afirmou em seu livro Ensino de História: fundamentos e método. São Paulo: Cortez, 2004, p. 371-372, que Jonathas Serrano, professor do Colégio Pedro II, procurava desde 1912 motivar seus companheiros a recorrer a filmes de ficção ou documentários para facilitar o aprendizado da disciplina.

Serrano dizia que, [...] “Graças ao cinematógrafo, as ressureições históricas não são mais uma utopia’, [...] por intermédio desse recurso visual, os alunos poderiam aprender ‘pelos olhos e não enfadonhamente só pelos ouvidos, em massudas, monótonas e indigestas preleções”. 

 

É possível afirmar sobre o uso do cinema nas aulas de História:




  • Os filmes deixaram de ser vistos como mera de ilustração dos conteúdos trabalhados, pois a assessoria de historiadores, na montagem de roteiros dos filmes, têm aproximado cada vez mais os enredos cinematográficos dos fatos verdadeiros. 

  • Os documentários são válidos para a reconstrução do passado, diferentemente da ficção, que perdeu credibilidade em virtude das concessões feitas à indústria do entretenimento. 

  • O aprimoramento das técnicas narrativas e dos recursos tecnológicos têm apresentado representações mais confiáveis sobre o passado histórico e transformado os filmes em fonte de investigação.

  • Que o filme deve ser analisado como uma representação artística e não como um documento de como realmente se passaram os eventos históricos. 

  • Os documentários apresentam a realidade e por isso podem ser utilizados como fatos verdadeiros pelo fato de que os documentaristas se propõem a retratar o que aconteceu.