TÓPICOS ESPECIAIS EM PORTUGUÊS


Leia o texto a seguir:

 

O GALO E A RAPOSA

 

Era uma vez um galo velho mateiro. Percebendo a aproximação de duas raposas, empoleirou-se nas árvores, e a raposa desapontada murmurou consigo:

— Deixa estar seu malandro, que já te curam!

E em voz alta:

— Amigo, venho contar uma grande novidade. Acabou-se a guerra entre os animais, lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora de mãos e beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor!

— Muito bem! Exclamou o galo.

— Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, tempo de guerra e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los para que eles também tomem parte da confraternização.

Ao ouvir falar em cachorros, dona Raposa não quis saber de história e tratou de pôr-se à fresca, dizendo:

— Felizmente, amigo Co có có có tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica pra outra vez a festa, sim? Até logo.

A esperteza contra esperteza e meia. O galo foi mais esperto do que a raposa, pois ele, sabendo que ela tem medo de cachorro, falou que vinham três cachorros, aí ela não esperou.

O tempo passa, a história fica.

 

Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002744.pdf Acesso em: 07 set. 2017.

 

Sobre as palavras acentuadas nesse texto, é correto o que se afirma na alternativa:




  • O acento em “três” e “também” se justifica porque acentuamos todas as oxítonas terminadas em “A” – “E” – “O”, seguidas ou não de (S).

  • O verbo “pôr” recebe acento diferencial de intensidade, por ser tônico, diferente de “por” preposição que é átono.

  • O acento da palavra “história” é justificado pela regra das proparoxítonas, uma vez que todas são acentuadas.

  • O acento em cada uma das palavras “já” – “lá” – “esperá-los” se justifica porque são todas monossílabas tônicas terminadas em A (S).

  • O acento na palavra “árvores” se justifica porque acentuamos todas as palavras proparoxítonas terminadas em “E” (S); o mesmo não ocorre quando terminarem em “A”(S) e “O”(S).