HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA


Nos estudos de Ranuauro (1977), “a publicação da Gramática de Port-Royal representa um corte epistemológico e uma ruptura com o modelo latino”. Surge como resposta às insatisfações com a gramática formal do Renascimento.  Inicia-se a busca do rigor científico, na ruptura com o método das gramáticas anteriores.

Com fundamento no racionalismo francês, com base em princípios aperfeiçoados por René Descartes (Discours de la méthode), surgem as tentativas de elaboração da gramática filosófica, a partir do princípio de que a língua é a expressão do pensamento e que o pensamento é governado pelas mesmas leis em todos os seres humanos, daí concluir-se que deveria a língua refletir essas mesmas leis, sendo possível, pois, a elaboração de uma gramática geral, comum a todas as línguas.”

 

Considerando o contexto apresentado, é correto afirmar que:




  • Tinham em mente o propósito de revelar a unidade linguística subjacente às distintas gramáticas das diferentes línguas consideradas, em sua função, comunicar o pensamento.

  • Os gramáticos de Port-Royal se preocuparam em inventar novos sistemas de comunicação, expondo uma teoria geral de gramática por meio de línguas como latim e o inglês.

  • Os gramáticos de Port-Royal não fizeram prevalecer as exigências da razão humana sobre a autoridade e, nas suas atividades de ensino, basearam-se mais em Descartes do que em Aristóteles.

  • Tiveram a necessidade de refletir sobre a criação de novas linguagens, principalmente aquela destinada aos gestos, para tornar o comércio mais fácil, unir as igrejas e desenvolver a ciência criptográfica.

  • Esses estudiosos deixaram o legado das dez classes de palavras que conhecemos hoje, classificando-as sintático e semanticamente a língua, sistematizando-a.