HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA


August Schleicher (1821-1868) talvez seja o que levou a metáfora naturalista à sua forma mais radical. Influenciado pela filosofia de George Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) e contemporâneo de Charles Darwin (1809-1882), privilegiou o trabalho empírico das línguas, vistas em toda a sua concretude, em detrimento da pesquisa da atividade mental, dando à língua uma visão materialista que caracterizará algumas linhas da linguística da segunda metade do século 19. Usando da dialética, deu ensejo a inúmeras questões, as quais seriam desenvolvidas posteriormente. Schleicher buscou romper uma série de pressupostos da linguística de sua época e sua atitude influenciou tanto quanto suas ideias. Entre suas ousadias há a célebre fábula escrita em indo-europeu.

 

Por meio disso, Schleicher foi um estudioso de ciências da natureza do século XIX e uma de suas ideias difundidas dizia o seguinte:




  • A língua falada por uma comunidade linguística é o que determina a forma do indivíduo enxergar o mundo.

  • Não existe nenhuma língua que surgiu de forma artificial, pois todas elas possuem origem em outras anteriores.

  • As línguas são como organismos vivos que nascem, crescem, reproduzem e morrem.

  • O português seria uma língua isolante, pois possui flexão de caso e também de verbo.

  • A flexão das línguas obedece a leis específicas de mudança fonética ao longo de sua evolução. Assim, toda língua flexional possui flexão de caso.