QUÍMICA AMBIENTAL


O capim, do tipo elefante, foi importado da África há 100 anos para alimentar o gado em períodos de estiagem. Resistente à seca e capaz de se desenvolver, mesmo em solos pobres, ele foi usado durante décadas por pecuaristas de regiões inóspitas do país. O capim-elefante não precisa necessariamente ser irrigado e é triturado pela mesma máquina que o colhe. Em seguida, o farelo é jogado sem nenhum tratamento prévio diretamente no forno para esse fim. Queimado, produz vapor que movimenta um gerador. A energia resultante é transferida para uma subestação conectada à rede nacional de distribuição elétrica. A conversão de capim-elefante em energia não polui. Mesmo o gás carbônico, CO2, emitido durante a queima da biomassa utilizada, é menor do que o consumido pela gramínea durante todo o seu crescimento. (VARGAS, 2010, p. 112).

 

A relação mencionada entre consumo e produção de gás carbônico pelo capim-elefante pode ser justificada a partir da seguinte afirmativa:




  • A respiração aeróbica realizada pela planta fixa o CO2 do ambiente, enquanto a fotossíntese o libera como principal resíduo desse processo fotoautótrofo.

  • A queima do álcool produzido pela fermentação do capim libera uma quantidade menor de CO2, se comparada com a quantidade fixada durante o processo de fotossíntese realizado pela planta.

  • A queima do capim libera CO2 para o ambiente, enquanto a raiz absorve esse gás junto ao solo durante o processo de obtenção de nutrientes inorgânicos pela planta.

  • A combustão do capim libera CO2 para o ambiente, enquanto a fotossíntese fixa o CO2 durante a produção de componente orgânico a partir da conversão de energia solar em energia química.

  • A quebra de moléculas orgânicas pela respiração celular libera CO2 em grande quantidade para a atmosfera, enquanto a queima o utiliza como gás comburente do processo.