LITERATURA INFANTOJUVENIL


Leia a sinopse da Edição Madras de As aventuras de Telêmaco, transcrita abaixo:

 

Mentor era uma personagem de pouco significado na Odisseia e só assumiu mais importância quando Fénelon escreveu As aventuras de Telêmaco, em 1699, uma releitura do épico de Homero. Na obra, Fénelon tira Mentor da obscuridade e o eleva à condição de segundo pai, professor, orientador e guia de Telêmaco. Com o sucesso da obra como material educacional, em 1750, a palavra "mentor" passou a figurar nos dicionários de francês e de inglês como sinônimo de "conselheiro sábio", além de "protetor" e "financiador". (...) Mentor, personagem da Odisseia de Homero, era um sábio e fiel amigo de Ulisses, rei de Ítaca. Quando Ulisses partiu para a guerra de Tróia, confiou seu filho Telêmaco a ele. No entanto, muitos anos após o término da guerra, Ulisses ainda não havia conseguido voltar ao seu lar. Telêmaco assistia, então, angustiado e vulnerável à dilapidação do patrimônio paterno pelos pretendentes de sua mãe, Penélope, que deles se esquivava, inteligentemente, tecendo durante o dia um manto prometido ao sogro, e desmanchando-o à noite. Essa terrível situação não podia mais continuar, e Telêmaco decide sair em busca de notícias do pai. Mas ele não parte sozinho: afinal, ainda era muito jovem.

 

Assinale a alternativa incorreta a respeito do romance de François Fénelon e do seu contexto de recepção no Brasil no final do século XVIII e início do XIX:

 

 




  • A escolha de Fénelon por Telêmaco, filho do ilustre e astuto Odisseu, célebre herói épico, parece assinalar a inserção de Telêmaco nessa estirpe da nobreza, cujos valores devem ser apreendidos pelos leitores.

  • A obra de Fénelon parte de uma ruptura violenta com a tradição clássica.

  • A presença do jovem Telêmaco como personagem central do romance e especialmente o seu proceder em busca de seu pai, desafiando-se ao desconhecido para encontrá-lo, pode indicar a identificação que muitos jovens leitores experimentaram em relação à narrativa.

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    A tradução da obra de Fénelon para o português, juntamente com a quase inexistência de tipografias e de um mercado editorial no Brasil no fim do século XVIII e início do XIX, também concorreram para a sua enorme adesão de leitores.

  • A inscrição da narrativa do francês Fénelon na linha da Antiguidade Clássica, por meio da retomada da mitologia grega, da épica e do motivo de viagens, parece localizar sua produção na eleição de valores virtuosos do personagem central, Telêmaco.