O historiador Roger Chartier é um dos principais expoentes da História Cultural francesa, inovando as análises culturais a partir da elaboração das noções de “práticas” e “representações”. Sobre a importância desses conceitos para o estudo da cultura popular, pode-se afirmar que:
As práticas e representações culturais são o conjunto de atitudes e códigos de comportamentos próprios das classes subalternas num certo período histórico.
As práticas culturais permitem ao historiador analisar uma determinada realidade social que se dá por meio das representações, que são uma construção feita a partir do real.
As representações permitem uma melhor análise das estruturas materialistas, que são construídas a partir de práticas reais que opõem as classes erudita e popular.
As práticas e representações evidenciam uma nova forma de se interpretar as mentalidades em determinado contexto social.
A noção de representação pressupõe a realidade em si das práticas sociais e culturais que determinam os conflitos de classes e a tirania do social.