GEOGRAFIA DO TRANSPORTE


A falta de controle sobre a velocidade de circulação dos automóveis é um dos fatores de apoio ao veículo motorizado individual. Não houve esforço de regulamentação a esse respeito antes do código de trânsito de 1997. Por isso, via de regra, os motoristas se acostumaram a definir a velocidade conforme sua percepção pessoal de risco. Essa situação somada à ideologia de poder associada ao carro, sobretudo, resulta em prejuízos aos usuários mais vulneráveis do trânsito, conforme elucidado em:

 




  • O acesso ao automóvel foi facilitado no Brasil tanto pelas ofertas para sua aquisição quanto pelo frágil rigor de fiscalização no trânsito.

  • Somada à deficitária fiscalização no trânsito, a ação de processar juridicamente os infratores costuma encontrar grandes dificuldades.

  • O ambiente do trânsito no Brasil foi projetado para permitir a circulação rápida de automóveis, a partir de uma visão distorcida de modernidade.

  • Os que correm os maiores riscos são os que caminham ou andam de bicicleta, encarados como cidadãos de segunda classe.

  • A fiscalização limitada sobre infratores que dirigem após a ingestão de bebidas alcoólicas facilita o comportamento transgressor dos condutores.