DAS COMUNIDADES PRIMITIVAS AO MUNDO MEDIEVAL


A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu:

 

“As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

(Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The  Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações).

 

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que: 




  • houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.
  • o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados
  • a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
  • o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos
  • a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico.