Sobre a produção rosiana, sua respectiva linguagem e tudo mais, podemos afirmar que:
Por se tratar de uma linguagem bastante complexa, cheia de singularidades que somente o leitor que é sertanejo pode perceber, não há espaço para reflexão sobre a obra do autor, pois ele é bastante objetivo.
Quanto menos rica a escritura literária, como é justamente a de Guimarães Rosa, mais produtivo é o tecido dos sentidos, de construção infindável, assumida pelos leitores, que reescrevem novo texto a cada nova leitura, ocupando, então, a condição de escritor, na cocriação, pelo fato de faltar algo à obra.
Em toda obra de João Guimarães Rosa, podemos perceber que há somente uma interpretação. Não há espaço para outras reflexões e elucidações. Trata-se de uma reta, que conduzirá para apenas um ponto.
É certo que quanto mais rica a escritura literária, como é a de Guimarães Rosa, mais produtivo é o tecido dos sentidos, de construção infindável, assumida pelos leitores, que reescrevem novo texto a cada nova leitura, ocupando, então, a condição de escritor, na co-criação.
Guimarães Rosa se destaca por ser demasiadamente prolixo em suas obras. Descreve o fato de um menino montado em um cavalo, por exemplo, de uma maneira bastante diferente do normal, apenas inserindo mais e mais palavras na situação. Isso dificulta a leitura do mesmo e, ainda, torna quase que incompreensível a interpretação de sua obra.