LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA


De acordo com Freitas (2018, p. xx), “No Brasil, durante algum tempo, havia a reprodução das ideias de escritores americanos e/ou franceses, além de algumas poucas ideias procedentes de outros pontos do mundo globalizado, reforçando a ideia da reaplicação de teorias linguísticas de línguas coletivas e coloniais, sem um olhar para o aprimoramento do ensino de língua materna.

Dessas grandes áreas são apresentadas três possibilidades da LA:

INTER-disciplinar; TRANS-disciplinar; IN-disciplinar.”

 

A LA indisciplinar, segundo Moita Lopes (2015, p.334), “não se prende a / não se confina a limites disciplinares nem tampouco teóricos, metodológicos ou analíticos. Além disso, constrói como questão de investigação tópicos normalmente desprezados e considerados ilegítimos. Especialmente, interessam questões que focalizem a vida social por meio do estudo da linguagem e práticas de significação que sejam fonte de sofrimento humano. Isso não quer dizer que é o mundo do vale tudo. Ao contrário, é um campo muito bem teorizado e fundamentado metodológica e analiticamente.”

 

Nesse sentido, é possível afirmar que a  Linguística Aplicada IN-disciplinar:




  • Transcende as áreas do conhecimento se dissolvendo em seu objeto de investigação.
  • Envolve a interação entre conceitos e métodos na busca de soluções para os problemas linguístico-discursivos em práticas de linguagem específicas
  • Parte de um discurso que não reflete a posição ideológica do pesquisador, prestigiando as teorias formalistas em que circula o pensamento ideológico de (re)aplicação de métodos de ensino.
  • É nômade, não se enquadra nos modelos totalizantes e almeja cada vez mais romper com as limitações disciplinares.
  • Caracteriza o fazer do pesquisador do campo de investigação em linguística, com o desenvolvimento (ou não) da LA como uma transdisciplinar.