Leia os textos a seguir.
Após mais de um ano de molho, por conta de uma lei estadual que coibia sua realização no Rio de Janeiro, os bailes funk estão de volta. Mas a polêmica permanece: os funkeiros querem, agora, que o ritmo seja reconhecido como manifestação cultural. Eles sabem que têm pela frente um caminho tortuoso. “Muita gente ainda confunde funkeiro com traficante”, lamenta Leonardo Mota, o MC Leonardo. “Justamente porque ele tem cor que não é a branca, tem classe que não é a dominante e tem moradia que não é no asfalto”.
Disponível em . Acesso em 19 ago. 2015 (com adaptações).
Todo sistema cultural está sempre em mudança. Entender essa dinâmica é importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário entender as diferenças dentro de um mesmo sistema. Esse é o único procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e “admirável mundo novo” do povo.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (com adaptações).
Com base nesses excertos, analise o reconhecimento do funk como legítima manifestação artística e cultural da sociedade brasileira.
I. O funk é um estilo musical que propõe um retrato da realidade brasileira vivenciada nas periferias das grandes cidades.
II. É necessário romper com a elitização da cultura e o preconceito em relação às produções da periferia e de grupos socialmente marginalizados.
III. O funk é um estilo musical unicamente de traficantes das favelas do Rio de Janeiro.
IV. É necessário respeitar as diferentes formas de expressão e o funk consolidou-se como uma manifestação de vozes socialmente excluídas.
V. Não há como negar que o funk faz parte da realidade de jovens da periferia.
São corretas as afirmações contidas em: