SAÚDE PÚBLICA E EPIDEMIOLOGIA


Leia atentamente ao texto que segue:

 

“Durante a Idade Média os leprosários se multiplicaram em toda a Europa, chegando talvez a vinte mil. Mas, no começo da Idade Moderna, estes estabelecimentos fecham suas portas. Não se tratava evidentemente de resultado de terapia; uma das causas poderia ser a interrupção do contato com os focos orientais da doença, o que aconteceu após a tomada de Constantinopla pelos turcos. De qualquer forma, parece evidente que a lepra passou a ser menos diagnosticada a partir do século 16 e que a sífilis tomou o seu lugar. O aumento de casos desta doença talvez fosse real, e explicável pelas grandes transformações sociais, políticas e econômicas da época. A valorização da liberdade (resultante, entre outras coisas da difusão das idéias impressas); o clima cinismo, exemplificado na política por um Maquiavel: a conduta mundana dos pontífices, desmoralizando a igreja católica; as guerras, o movimento de populações expulsas (os judeus, da Espanha) ou deslocados pelos conflitos bélicos; o relaxamento de costumes que seguiu à Peste Negra – tudo isto pode ter favorecido a difusão das doenças venéreas, e especialmente da sífilis”.

 

Fonte: SCLIAR, Moacyr. Do mágico ao social: A Trajetória da Saúde Pública. Disponível em: <http://www.farmacia.ufrj.br/consumo/leituras/lp_domagicoaosocial.pdf>. Acesso em 04 jun. 2018.

 

O texto expressa um momento histórico fortemente influenciado pelo olhar:




  • Biomédico-social

  • Sociocultural

  • Científico-mitológico

  • Empírico-biológico

  • Sócio antropológico