MODERNIDADE: A ORDEM BURGUESA E A ERA DO CAPITAL


Em sua obra “História e memória”, o renomado historiador francês Jacques Le Goff desenvolve o conceito de decadência. Segundo Le Goff, somente após o movimento iluminista, no século XVIII, é que algumas sociedades europeias passaram a identificar a história com o progresso; no entanto, o autor afirma que em todo período anterior, a história teria sido identificada com o conceito de decadência, no sentido em que o passado é visto sempre melhor e fonte de inspiração para o presente. Nesta obra, Le Goff destaca o Renascimento como um caso emblemático de decadência. Com relação às artes e às letras na época do renascimento, os humanistas dos séculos XV e XVI afirmavam:




  • Que o alto nível das artes e das letras no período nada tinham a ver com a Antiguidade.

  • Que a literatura e as artes plásticas passavam por um período de florescimento, dando continuidade ao período medieval.
     

  • Que a literatura e as artes plásticas, em profundo declínio no período anterior, renasciam nos séculos XV e XVI com o esplendor da Antiguidade.
     

  • Que as letras continuavam as tradições medievais, enquanto a pintura rompia com os velhos estilos.
     

  • Que as artes continuavam as tradições medievais, enquanto a literatura criava novos estilos.