CURSO DE FORMAÇÃO: CONHECIMENTOS SOCIOECONOMICOS E CULTURAIS I


(ENADE) Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação cotidiana com o mundo das coisas e dos outros.

Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha-se o círculo: lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela.

Do mundo da leitura à leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre, refazendo-se, inclusive, por um vice-versa que 16 transforma a leitura em prática circular e infinita. Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1993, p. 7.

Em relação às ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção CORRETA.

 




  • Depreende-se da leitura do primeiro parágrafo que as leituras feitas na “chamada escola da vida” não são tão importantes quanto as habilidades adquiridas na escola formal.

  • A concepção de leitura apresentada no texto abrange o processo formal de alfabetização, mas não se encerra nele.

  • Conclui-se da leitura do texto que a escola formal é a verdadeira fonte de saber e sabedoria, pois, sem ela, não seria possível a leitura dos livros e, consequentemente, do mundo.

  • Infere-se da leitura do texto que, depois de alfabetizado, o indivíduo possui as ferramentas necessárias para compreender quaisquer livros.

  • De acordo com o texto, a alfabetização formal é condição necessária para uma correta compreensão dos fatos da vida.