Os estudos de Patto (1987) denunciaram a constituição tradicional da Psicologia da Educação enquanto uma forma de manutenção do status quo social. As práticas tradicionais em Psicologia Escolar naturalizavam os problemas de aprendizagem e patologizavam as queixas escolares. Em contraposição à perspectiva mencionada, a vertente crítica da Psicologia da Educação que defendemos em nosso estudo se caracteriza por: 

• Compreender que o eixo principal de intervenção do Psicólogo Escolar, em uma perspectiva crítica, é direcionado para os alunos que manifestam dificuldades de aprendizagem e/ou que apresentam problemas de comportamento.

• Visão pessimista da escola e do papel que ela desempenha na sociedade.

• Rejeição dos métodos didáticos tradicionais, pautados em um ensino mecânico.

• Compreender que as queixas escolares são produzidas a partir de uma multiplicidade de relações. O fracasso escolar é visto como um produto de complexas relações históricas, práticas educativas e questões sociais.

• Compreender que as causas das dificuldades de aprendizagem devem ser buscadas exclusivamente na organização das políticas públicas da educação.