O zoneamento da produção agrícola procura ordenar a ocupação do território produtivo, bem como garantir a atividade sustentável com salvaguardas socioambientais. Vale ainda ponderar sobre a mobilidade de capital estrangeiro na compra do ativo terra no Brasil. Considerando os cenários nacional e internacional de produção agroindustrial, é correto afirmar que:

• O Zoneamento agroecológico da cana deverá servir de aceitação do etanol brasileiro no mercado internacional. Esse mecanismo de zoneamento poderá ainda servir de diferencial do produto brasileiro, uma vez que pode ser considerado selo verde para o produto nacional.

• A Rússia foi pioneira no zoneamento da produção agrícola. Os cinturões de produção foram definidos de acordo com as especificações e variedades culturais e conveniências de solo, clima, logística. De forma tardia, os EUA estabeleceram sua política de zoneamento da produção somente na última década deste Século.

• Os investidores privados e fundos internacionais estão relutantes em adquirir terras e empreendimentos instalados no Brasil. Tal resistência é devida alto valor do ativo terra e a baixa taxa de retorno (menos de 5% aa.). Este cenário não coloca o Brasil como alvo dos investimentos e na rota da mobilidade agrícola internacional.

• No Brasil, o Zoneamento da cana - lançado em 2009 - proibia o cultivo em andamento e também as expansões programadas, mesmo nas áreas não permitidas. A expansão da cultura em território nacional pode ultrapassar 25% do território nacional.

• O Zoneamento agroecológico permite que a cultura da cana de açúcar avance no sentido de regiões como o pantanal, local de nascentes dos rios, lagos, lagoas e salinas.