LINGUÍSTICA II
Leia o trecho, a seguir, extraído da canção “Bala perdida”, de Gabriel o Pensador:
Bala perdida
Gabriel o Pensador
Bom dia, mulher
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta
Se eu voltar pra casa vivo
Mas se eu não voltar não precisa chorar
Porque levar uma bala perdida hoje em dia é normal
Bem mais comum do que morte natural
Nem dá mais capa de jornal tchau
Se eu demorar, não precisa me esperar pra jantar
E pode começar a rezar
[Refrão]
Pra variar estamos em guerra
Pra variar estamos em guerra
Pra variar estamos em guerra[...]
(Fonte: https://www.letrasdemusicas.com.br/gabriel-pensador/bala-perdida)
Você estudou que mudança linguística é quando um fenômeno de variação atinge um índice tão alto que a antiga forma vai enfraquecendo até desaparecer, como exemplo, temos o pronome “vosmercê” que se tornou “você”. Esse fenômeno ocorre pelo princípio de transição, em que ocorre a mudança de um estado da língua para outro, por meio de sucessão de geração após geração. Ao analisar a canção, infere-se que esse fenômeno pode ocorrer com as seguintes palavras:
longe, janela, porta
querida, perdida, precisa
ama, abraça, café
e, nem, se
pra, prô, tô
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”.
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I e II.
I, II e III.
III, IV e V.
I, II, III e IV.
I, II, IV e V.
Você estudou que a correferencialidade existe quando há uma identidade entre o referente e a forma remissiva. Baseando neste estudo, analise o parágrafo a seguir.
A mãe de Xuxa, dona Alda Meneghel, morreu nesta terça-feira (8), aos 81 anos. A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da apresentadora que não disse a causa da morte. A avó de Sasha, por quem foi homenageada recentemente, sofria do Mal de Parkinson há mais de uma década e já estava no último estágio da doença. Há quatro dias, a rainha dos baixinhos usou suas redes sociais para pedir orações à matriarca.
(Adaptado de: http://www.purepeople.com.br).
Veja que o referente “Xuxa” foi retomado por diferentes formas remissivas: “apresentadora” e “rainha dos baixinhos”. O referente “Alda Meneghel” foi retomado pelas formas remissivas “avó de Sasha” e “matriarca”.
Em relação à correferencialidade e ao mecanismo de referenciação usado nos dois casos por suas formas remissivas, pode-se afirmar que:
I. Há retomada correferencial, haja vista que essa retomada constitui uma remissão que retoma o referente como sendo o mesmo já introduzido.
II. Há inferenciação pois esta pode ser uma remissão, mas não no sentido correferencial.
III. Não há nem correferencialidade e nem inferenciação, haja vista que tais mecanismos não se constituem nem como referentes, nem como formas remissivas.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II apenas.
Leia o fragmento a seguir:
[...] Recentemente a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante indicador que revela como essas nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem-estar social.
Participam da avaliação, realizada a cada três anos, estudantes na faixa de quinze anos de idade. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países.
A situação do Brasil, como em vários outros indicadores internacionais, é vexatória. Entre os 65 países, ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Nas três áreas avaliadas, o país está abaixo da média dos países da OCDE e a maior parte dos estudantes tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer operações básicas e resolver problemas simples. Apenas 1,1% dos estudantes está no nível 5 ou 6, o máximo, de proficiência. [...]
(Fonte: Cintra, Marcos. Educação: a vergonha brasileira. Disponível em:
. Acesso em: 04 abr. 2018.)
Em relação aos processos de referenciação, considerando as palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “desse levantamento” é forma remissiva anafórica do referente “o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment)”.
A expressão “seus jovens” é forma remissiva não referencial presa do referente “as escolas”.
A expressão “essas nações” é forma remissiva anafórica do referente “vários países”.
A expressão “Brasil” é referente da forma remissiva catafórica “o país”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta
Se eu voltar pra casa vivo
Mas se eu não voltar não precisa chorar
Porque levar uma bala perdida hoje em dia é normal
Bem mais comum do que morte natural
Nem dá mais capa de jornal tchau
Se eu demorar, não precisa me esperar pra jantar
E pode começar a rezar
Você estudou que mudança linguística é quando um fenômeno de variação atinge um índice tão alto que a antiga forma vai enfraquecendo até desaparecer, como exemplo, temos o pronome “vosmercê” que se tornou “você”. Esse fenômeno ocorre pelo princípio de transição, em que ocorre a mudança de um estado da língua para outro, por meio de sucessão de geração após geração. Ao analisar a canção, infere-se que esse fenômeno pode ocorrer com as seguintes palavras:
longe, janela, porta
querida, perdida, precisa
ama, abraça, café
e, nem, se
pra, prô, tô
Observe os exemplos abaixo, considerando a relevância das variáveis linguísticas e não linguísticas. A seguir, classifique cada uma e destaque a letra da opção que melhor nomina cada um dos exemplos, respectivamente:
I) “Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você!’
Tô ouvindo alguém gritar meu nome
Parece um mano meu, é voz de homem
Eu não consigo ver quem me chama
É tipo a voz do Guina
Louco, louco e como era [...]
Só mina da hora
Só roupa da moda
Só moto nervosa [...]
(Música: Tô ouvindo alguém me chamar. Racionais MC’s)
II) Bicicreta, própio, célebro, pírula...
III) “– O cinema atual brasileiro eu estou vendo muito pouco”
IV) “–Você acredita que tinha umas garotinha lá que não conheciam o ator?”
V) “Aquela coisinha é orgulhosa, viu?” “... mas aí gente coisa o horário...”
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”.
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I e II.
I, II e III.
III, IV e V.
I, II, III e IV.
I, II, IV e V.
Você estudou que a correferencialidade existe quando há uma identidade entre o referente e a forma remissiva. Baseando neste estudo, analise o parágrafo a seguir.
A mãe de Xuxa, dona Alda Meneghel, morreu nesta terça-feira (8), aos 81 anos. A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da apresentadora que não disse a causa da morte. A avó de Sasha, por quem foi homenageada recentemente, sofria do Mal de Parkinson há mais de uma década e já estava no último estágio da doença. Há quatro dias, a rainha dos baixinhos usou suas redes sociais para pedir orações à matriarca.
(Adaptado de: http://www.purepeople.com.br).
Veja que o referente “Xuxa” foi retomado por diferentes formas remissivas: “apresentadora” e “rainha dos baixinhos”. O referente “Alda Meneghel” foi retomado pelas formas remissivas “avó de Sasha” e “matriarca”.
Em relação à correferencialidade e ao mecanismo de referenciação usado nos dois casos por suas formas remissivas, pode-se afirmar que:
I. Há retomada correferencial, haja vista que essa retomada constitui uma remissão que retoma o referente como sendo o mesmo já introduzido.
II. Há inferenciação pois esta pode ser uma remissão, mas não no sentido correferencial.
III. Não há nem correferencialidade e nem inferenciação, haja vista que tais mecanismos não se constituem nem como referentes, nem como formas remissivas.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II apenas.
Leia o fragmento a seguir:
[...] Recentemente a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante indicador que revela como essas nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem-estar social.
Participam da avaliação, realizada a cada três anos, estudantes na faixa de quinze anos de idade. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países.
A situação do Brasil, como em vários outros indicadores internacionais, é vexatória. Entre os 65 países, ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Nas três áreas avaliadas, o país está abaixo da média dos países da OCDE e a maior parte dos estudantes tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer operações básicas e resolver problemas simples. Apenas 1,1% dos estudantes está no nível 5 ou 6, o máximo, de proficiência. [...]
(Fonte: Cintra, Marcos. Educação: a vergonha brasileira. Disponível em:
. Acesso em: 04 abr. 2018.)
Em relação aos processos de referenciação, considerando as palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “desse levantamento” é forma remissiva anafórica do referente “o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment)”.
A expressão “seus jovens” é forma remissiva não referencial presa do referente “as escolas”.
A expressão “essas nações” é forma remissiva anafórica do referente “vários países”.
A expressão “Brasil” é referente da forma remissiva catafórica “o país”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável não linguística faixa etária; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável não linguística faixa etária.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística fonológica; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável linguística fonológica; II) variável não linguística faixa etária; III) variável linguística sintática; IV) variável linguística morfossintática; V) variável linguística semântica.
I) variável não linguística faixa etária; II) variável linguística sintática; III) variável linguística morfossintática; IV) variável linguística semântica; V) variável linguística fonológica.
No trecho a seguir, é possível perceber problemas relacionados à coesão, ou seja, a ligação entre as frases não é bem feita, devido ao alto grau de repetição de um mesmo termo. Observe:
No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda. Arraial D’Ajuda fica no litoral da Bahia. Em Arraial D’Ajuda, minha família e eu ficamos hospedados num condomínio, em frente ao “Eco Park”. O “Eco Park” é um parque aquático sensacional! As praias de Arraial D’Ajuda são muito lindas.
Leia as afirmativas a seguir e verifique quais apresentam soluções, do ponto de vista gramatical e da coerência, para evitar a repetição, fazendo com que o texto fique mais coeso e coerente.
I) Para evitar a repetição, poderíamos substituir “minha família e eu”, na terceira frase, por nós.
II) A expressão “Eco Park”, que aparece pela segunda vez, poderia ser substituída por o qual, sendo escrita da seguinte maneira: “(...) em frente ao “Eco Park”, o qual é um parque aquático sensacional!”.
III) Para evitarmos a repetição de Arraial D’Ajuda, na segunda frase, poderíamos substituí-lo por este país.
IV) A primeira e a segunda frases podem ser transformadas em uma só, utilizando-se um elemento de ligação, como por exemplo: “No último verão, minha família e eu fomos passar as férias em Arraial D’Ajuda, que fica no litoral da Bahia.”.
V) A última frase pode ser reescrita da seguinte maneira: “As praias de lá são muito lindas.”.
As afirmativas corretas estão contidas apenas em:
I e II.
I, II e III.
III, IV e V.
I, II, III e IV.
I, II, IV e V.
Você estudou que a correferencialidade existe quando há uma identidade entre o referente e a forma remissiva. Baseando neste estudo, analise o parágrafo a seguir.
A mãe de Xuxa, dona Alda Meneghel, morreu nesta terça-feira (8), aos 81 anos. A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da apresentadora que não disse a causa da morte. A avó de Sasha, por quem foi homenageada recentemente, sofria do Mal de Parkinson há mais de uma década e já estava no último estágio da doença. Há quatro dias, a rainha dos baixinhos usou suas redes sociais para pedir orações à matriarca.
(Adaptado de: http://www.purepeople.com.br).
Veja que o referente “Xuxa” foi retomado por diferentes formas remissivas: “apresentadora” e “rainha dos baixinhos”. O referente “Alda Meneghel” foi retomado pelas formas remissivas “avó de Sasha” e “matriarca”.
Em relação à correferencialidade e ao mecanismo de referenciação usado nos dois casos por suas formas remissivas, pode-se afirmar que:
I. Há retomada correferencial, haja vista que essa retomada constitui uma remissão que retoma o referente como sendo o mesmo já introduzido.
II. Há inferenciação pois esta pode ser uma remissão, mas não no sentido correferencial.
III. Não há nem correferencialidade e nem inferenciação, haja vista que tais mecanismos não se constituem nem como referentes, nem como formas remissivas.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II apenas.
Leia o fragmento a seguir:
[...] Recentemente a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante indicador que revela como essas nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem-estar social.
Participam da avaliação, realizada a cada três anos, estudantes na faixa de quinze anos de idade. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países.
A situação do Brasil, como em vários outros indicadores internacionais, é vexatória. Entre os 65 países, ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Nas três áreas avaliadas, o país está abaixo da média dos países da OCDE e a maior parte dos estudantes tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer operações básicas e resolver problemas simples. Apenas 1,1% dos estudantes está no nível 5 ou 6, o máximo, de proficiência. [...]
(Fonte: Cintra, Marcos. Educação: a vergonha brasileira. Disponível em:
. Acesso em: 04 abr. 2018.)
Em relação aos processos de referenciação, considerando as palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “desse levantamento” é forma remissiva anafórica do referente “o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment)”.
A expressão “seus jovens” é forma remissiva não referencial presa do referente “as escolas”.
A expressão “essas nações” é forma remissiva anafórica do referente “vários países”.
A expressão “Brasil” é referente da forma remissiva catafórica “o país”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
I e II.
I, II e III.
III, IV e V.
I, II, III e IV.
I, II, IV e V.
Você estudou que a correferencialidade existe quando há uma identidade entre o referente e a forma remissiva. Baseando neste estudo, analise o parágrafo a seguir.
A mãe de Xuxa, dona Alda Meneghel, morreu nesta terça-feira (8), aos 81 anos. A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da apresentadora que não disse a causa da morte. A avó de Sasha, por quem foi homenageada recentemente, sofria do Mal de Parkinson há mais de uma década e já estava no último estágio da doença. Há quatro dias, a rainha dos baixinhos usou suas redes sociais para pedir orações à matriarca.
(Adaptado de: http://www.purepeople.com.br).
Veja que o referente “Xuxa” foi retomado por diferentes formas remissivas: “apresentadora” e “rainha dos baixinhos”. O referente “Alda Meneghel” foi retomado pelas formas remissivas “avó de Sasha” e “matriarca”.
Em relação à correferencialidade e ao mecanismo de referenciação usado nos dois casos por suas formas remissivas, pode-se afirmar que:
I. Há retomada correferencial, haja vista que essa retomada constitui uma remissão que retoma o referente como sendo o mesmo já introduzido.
II. Há inferenciação pois esta pode ser uma remissão, mas não no sentido correferencial.
III. Não há nem correferencialidade e nem inferenciação, haja vista que tais mecanismos não se constituem nem como referentes, nem como formas remissivas.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II apenas.
Leia o fragmento a seguir:
[...] Recentemente a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante indicador que revela como essas nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem-estar social.
Participam da avaliação, realizada a cada três anos, estudantes na faixa de quinze anos de idade. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países.
A situação do Brasil, como em vários outros indicadores internacionais, é vexatória. Entre os 65 países, ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Nas três áreas avaliadas, o país está abaixo da média dos países da OCDE e a maior parte dos estudantes tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer operações básicas e resolver problemas simples. Apenas 1,1% dos estudantes está no nível 5 ou 6, o máximo, de proficiência. [...]
(Fonte: Cintra, Marcos. Educação: a vergonha brasileira. Disponível em:
. Acesso em: 04 abr. 2018.)
Em relação aos processos de referenciação, considerando as palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “desse levantamento” é forma remissiva anafórica do referente “o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment)”.
A expressão “seus jovens” é forma remissiva não referencial presa do referente “as escolas”.
A expressão “essas nações” é forma remissiva anafórica do referente “vários países”.
A expressão “Brasil” é referente da forma remissiva catafórica “o país”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
I, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II apenas.
Leia o fragmento a seguir:
[...] Recentemente a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment), programa que avalia a qualidade da educação em vários países. O objetivo desse levantamento é mostrar como as escolas de cada país estão preparando seus jovens para o exercício da cidadania.
Ao mesmo tempo, trata-se de um importante indicador que revela como essas nações capacitam a juventude visando promover agentes responsáveis pela geração eficiente de riqueza e de promoção do bem-estar social.
Participam da avaliação, realizada a cada três anos, estudantes na faixa de quinze anos de idade. O foco são as áreas de leitura, matemática e ciências. A edição de 2012 contou com 65 países.
A situação do Brasil, como em vários outros indicadores internacionais, é vexatória. Entre os 65 países, ficamos em 58º em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Nas três áreas avaliadas, o país está abaixo da média dos países da OCDE e a maior parte dos estudantes tem apenas conhecimentos básicos em todas elas. Em matemática, por exemplo, 67% estão no nível 1 ou inferior, ou seja, são capazes de fazer operações básicas e resolver problemas simples. Apenas 1,1% dos estudantes está no nível 5 ou 6, o máximo, de proficiência. [...]
(Fonte: Cintra, Marcos. Educação: a vergonha brasileira. Disponível em:
. Acesso em: 04 abr. 2018.)
Em relação aos processos de referenciação, considerando as palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “desse levantamento” é forma remissiva anafórica do referente “o resultado do último PISA (Programme for International Student Assessment)”.
A expressão “seus jovens” é forma remissiva não referencial presa do referente “as escolas”.
A expressão “essas nações” é forma remissiva anafórica do referente “vários países”.
A expressão “Brasil” é referente da forma remissiva catafórica “o país”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
1, 2 e 3
4, apenas
3, apenas
1, apenas
1 e 2
Leia o fragmento a seguir:
"O capitalismo é um sistema econômico e social baseado na acumulação de capital cujos meios de produção são de propriedade privada. Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social: a burguesia.
Alem disso, ocorreram diversas modificações nos âmbitos econômico e social que foram essenciais para o advento do sistema capitalista: o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção."
(Fonte: TODA Matéria. Capitalismo. Disponível em: . Acesso em: 03 abr. 2018.)
Considerando os processos de referenciação, em relação às palavras grifadas, podemos afirmar o seguinte:
A expressão “diversas modificações” é forma remissiva catafórica dos referentes: “o progresso, a urbanização e novas técnicas de produção”.
2 - Em “Surgiu no século XV”, antes da palavra “Surgiu” podemos entender que há a elipse do referente “capitalismo”.
3 - A expressão “cujos meios” é forma remissiva não referencial presa do referente “O capitalismo”.
4 - A expressão “nova classe social” é forma remissiva anafórica do referente “a burguesia”.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
1 e 4
1, 2 e 3
1, 2, 3 e 4
1 e 2
3 e 4
Leia atentamente o texto a seguir.
A língua-problema
Duas moças conversavam no ônibus:
- Tou com um “poblema”.
- Peraí, um “poblema” ou um “pobrema”?
- Não é a mesma coisa?
- Poblema é de matemática, ensinam na escola. Pobrema é em casa. O marido bebe, bate na gente...
Contaram-me isso como fato verídico, mas tem jeito de piada. Pouco importa. No diálogo, nada inverossímil, alguém verá o retrato tragicômico de uma população iletrada.
Pode ser. Mas não é tudo. Há algo de genial na cena. Perspicácia e sutileza se juntam, na contramão da gramática, para expressar fino discernimento. A segunda moça nos diz, a seu modo, que questões abstratas do mundo culto (poblemas) nada têm a ver com dramas cotidianos (pobremas). Exigem, portanto, palavras diferentes. Seria generalização grosseira colocar esses conceitos sob o mesmo guarda-chuva, a palavra oficial, “problema”.
A intimidade com a vida real revela nuances e, claro, estimula a diversidade semântica. Povos berberes, com sua imemorial convivência com o camelo, dão nomes distintos a cada pata do animal. É assim que funciona. Pouco importa se essa diversidade semântica, de início, se expresse por infrações à gramática. Deturpações e corruptelas com o tempo são assimiladas, se fizerem sentido.
Peraí, “poblema” ou “pobrema”? Eis a questão. Se aprendêssemos a perceber a diferença, talvez fôssemos mais felizes. Muito do que nos atormenta existe só no plano imaginário, como era, para os homens da Idade Média, a iminência do fim do mundo. Um mero poblema. Sem lastro no cotidiano. A diferença entre “poblema” e “pobrema” talvez seja um dia definida no Houaiss ou no Aurélio. Se e quando o vocabulário-raiz, “problema”, cair em desuso. Será lembrado em afetados textos jurídicos e na bula de pomada Minâncora. Pode acontecer. Menos provável será que os burocratas da língua desistam de unificar o português de gente de diferentes climas e fusos horários, nas mais diferentes situações. Reforma boa, mesmo, não é a ortográfica, mas a que começa no bairro. Pena que não prestem atenção no que as moças dizem. Esse é o “pobrema”.
(Fonte: MODERNELL, R. Revista Língua Portuguesa – Ano 4, no. 49, novembro de 2009, p. 53. Texto adaptado. Disponível em: Acesso em: 04 out. 2010).
Ao realizarem uma abordagem de conceitos gerais de língua e sociedade, variação e conservação linguística, Celso Cunha e Lindley Cintra enfatizam que
Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competência linguística dos seus membros, a variação, é, pois, inerente ao sistema da língua e ocorre em todos os níveis: fonético, fonológico, morfológico, sintático, etc. E essa multiplicidade de realizações do sistema em nada prejudica as suas condições funcionais.
Fonte: CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p.3.
Com base nesse fragmento e considerando as ideias presentes no texto, infere-se, CORRETAMENTE, que:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
A diversidade semântica, ilustrada por meio dos termos “pobrema” e “poblema”, é tratada de uma forma irônica, já que tal fato decorre de um grosseiro erro gramatical, o que não impede o entendimento do diálogo e a mensagem que se quer passar naquele contexto.
A única variedade da língua socialmente aceita é a forma padrão. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa, e catalogada nos dicionários e ensinada nas escolas. Somente a forma padrão da língua é adequada para a expressão das necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes.
Do ponto de vista da Sociolinguística, é totalmente errado utilizar as palavras “poblema” e “pobrema” naquele contexto, haja vista que as moças não tiveram êxito em sua conversa.
Há uma enorme distância entre as experiências vivenciadas no cotidiano e o que é ensinado nas escolas, conforme demonstrado linguisticamente ao se enfatizar que “poblema é de matemática, ensinam na escola” e “pobrema é em casa”; fica claro que as situações relatadas são distintas e, desse modo, para sua plena compreensão, exigem palavras diferentes.
Os “burocratas da língua”, em suas tentativas de unificação do português, lograrão êxito, um dia, visto que a língua padrão, embora seja uma entre as muitas variedades do idioma, é sempre a de mais prestígio por atuar como ideal linguístico de uma comunidade e possuir uma função coercitiva sobre as outras variedades.
O texto a seguir revela a opinião de Celso Cunha a respeito das variações linguísticas. Leia-o com atenção.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas, o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade, conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008 - Adaptado).
De acordo com o texto, a língua padrão em relação às outras variantes pode ser considerada como:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
restritiva.
inovadora.
tolerante.
neutra.
ocasional.
Leia o texto a seguir:
Tempos modernos
Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]
Disponível em: http://letras.mus.br/lulu-santos/47144/. Acesso em: abr. 2015.
Você estudou que a sequenciação parafrástica é realizada com elementos de recorrência responsáveis por fazer o texto progredir. Considerando esse estudo, analise o emprego das expressões “Eu vejo” e “Eu quero”, no texto “Tempos modernos”, de Lulu Santos. Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir colocando F para as falsas e V para as verdadeiras.
( ) A progressão textual, no texto, em grande parte, é possibilitada pelo uso dessas expressões, uma vez que elas apresentam novas informações no texto.
( ) Essas expressões atuam como elementos de recorrência pois são responsáveis em fazer o texto progredir, uma vez que retomam o eu lírico da canção (eu) e contribuem para explicitar suas diferentes percepções.
( ) Essas expressões constituem uma recorrência de estruturas (ou paralelismo sintático), pois têm a mesma ordem sintática.
( ) Essas expressões se constituem como elementos de redundância, uma vez que contribuem para repetir a mesma informação no texto.
A sequência correta está na alternativa:
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não [...]