INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS LITERÁRIOS


Com base nos quatro capítulos estudados, analise as afirmações que seguem:

I- O problema da relação entre a crítica literária e a erudição histórica, podemos adotar apenas uma posição: negamos que a erudição histórica possa contribuir para o conhecimento da obra literária.

II- Os conhecimentos literários indispensáveis ao estudioso da literatura são aqueles que dizem respeito às tradições e convenções literárias.

III- As tradições e convenções literárias envolvem as noções de gênero literário, de período, movimento ou escola literária.

IV- Os conhecimentos não literários indispensáveis ao estudioso da literatura são aqueles que podem, de alguma maneira, contribuir para elucidação de obras literárias e que constituem os chamados "quadros de referência" da literatura.

V- Os chamados "quadros de referência" da literatura são constituídos por biografia, história social e política, filosofia, antropologia, sociologia, economia, ciência e outras artes.


São corretas as afirmações contidas em:



I, III, IV, V.
I, II, III, IV.
II, III, IV, V.
I, II, III, V.
I, II, IV, V.

Com base em seus estudos sobre o capítulo "A noção de Literatura", pode-se dizer que são assuntos estudados nos capítulos:

I- O posicionamento crítico em face das várias tentativas de se definir literatura;

II- Apresentação da literatura como um domínio homogêneo e não heterôgeno;

III- A distinção entre os pontos de vista funcionais e estruturais;

IV- Posição crítica com relação à questão da natureza da literatura: o problema e a especificidade de sua definição.

 

São corretas as afirmações contidas em:

 


II, III, IV.
I, II, III.
I, II, III, IV.
I, III, IV.
I, II, IV.

Após estudar os capítulos do livro “Introdução aos estudos literários”, analise as afirmativas a seguir e coloque C para as alternativas que forem corretas e E para as que forem erradas:

 

( ) Os conhecimentos que são relevantes para o pronunciamento crítico devem ser entendidos como conhecimentos preliminares em relação a esse julgamento, ou seja, são aqueles conhecimentos que nos permitem entender a obra de maneira adequada antes de iniciarmos a nossa apreciação, antes de principiarmos a julgá-la.

( ) São esclarecimentos objetivos dos elementos necessários ao entendimento adequado da obra.

( ) Não podemos mais nos voltar exclusivamente para a estrutura interna da obra literária, acreditando que ela possa fornecer ao analista todos os elementos para o seu próprio esclarecimento, e considerar circunstanciais e somenos (no que se refere à interpretação) os elementos dados pela investigação erudita (linguísticos, históricos, biográficos).

( ) O leitor crítico pode desempenhar sua missão restringindo-se ao trabalho de análise literária propriamente dita, sem recurso a uma visão mais ampla. Isto porque a estrutura interna da obra não fornece ao analista todos os elementos para o seu próprio esclarecimento e o estudioso precisa lançar mão dos elementos dados pela investigação erudita (linguísticos, históricos, biográficos).

 

Assinale a sequência CORRETA:


C C E E
E E E C
C E C E
E C E C
C C C E

Daí à pedreira, restavam apenas uns cinquenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal. Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a ideia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo. A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravam-se, desfechando golpes de picareta contra o gigante. (AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49) 

Com relação aos romances naturalistas, a exemplo do fragmento de texto apresentado anteriormente, classifique as sentenças como verdadeiras (V) ou falsas (F). 

( ) Retratam fatos que a sociedade procura ocultar. 

( ) O meio ambiente é preponderante e determinante no comportamento do personagem. 

( ) O enredo é carregado de determinismo e fatalismo. 

( ) O meio social, a hereditariedade, os instintos determinam os conflitos e a vida do homem. 

( ) Personagens humildes são fotografados em situações chocantes para o leitor da época. 


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 


V F V F V
F, V, F, V, V 
V, V, F, F, V 
F, F, V, V, F 
V, F, F, V, V 

Leia o poema a seguir:

 

Epílogos

 Que falta nesta cidade?................Verdade

Que mais por sua desonra?...........Honra

Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha.

 

O demo a viver se exponha,

Por mais que a fama a exalta,

numa cidade, onde falta

Verdade, Honra, Vergonha.

 

Quem a pôs neste socrócio?..........Negócio

Quem causa tal perdição?.............Ambição

E o maior desta loucura?...............Usura.

 

Notável desventura

de um povo néscio, e sandeu,

que não sabe, que o perdeu

Negócio, Ambição, Usura.

 

Quais são os seus doces objetos?....Pretos

Tem outros bens mais maciços?.....Mestiços

Quais destes lhe são mais gratos?...Mulatos.

 

Dou ao demo os insensatos,

dou ao demo a gente asnal,

que estima por cabedal

Pretos, Mestiços, Mulatos.

 

Quem faz os círios mesquinhos?...Meirinhos

Quem faz as farinhas tardas?.........Guardas

Quem as tem nos aposentos?.........Sargentos.

 

Os círios lá vêm aos centos,

e a terra fica esfaimando,

porque os vão atravessando

Meirinhos, Guardas, Sargentos.

 

E que justiça a resguarda?.............Bastarda

É grátis distribuída?......................Vendida

Que tem, que a todos assusta?.......Injusta.

 

Valha-nos Deus, o que custa,

o que El-Rei nos dá de graça,

que anda a justiça na praça

Bastarda, Vendida, Injusta.

 

Que vai pela clerezia?..................Simonia

E pelos membros da Igreja?..........Inveja

Cuidei, que mais se lhe punha?.....Unha.

 

 

Sazonada caramunha!

enfim que na Santa Sé

o que se pratica, é

Simonia, Inveja, Unha.

E nos frades há manqueiras?.........Freiras

Em que ocupam os serões?............Sermões

Não se ocupam em disputas?.........Putas.

 

Com palavras dissolutas

me concluís na verdade,

que as lidas todas de um Frade

são Freiras, Sermões, e Putas.

 

O açúcar já se acabou?..................Baixou

E o dinheiro se extinguiu?.............Subiu

Logo já convalesceu?.....................Morreu.

 

À Bahia aconteceu

o que a um doente acontece,

cai na cama, o mal lhe cresce,

Baixou, Subiu, e Morreu.

 

A Câmara não acode?...................Não pode

Pois não tem todo o poder?...........Não quer

É que o governo a convence?........Não vence.

 

Que haverá que tal pense,

que uma Câmara tão nobre

por ver-se mísera, e pobre

Não pode, não quer, não vence. (http://www.jornaldepoesia.jor.br/gregoi01.html)

 

Com base na leitura do poema, assinale a alternativa se enquadra à obra.


lírica amorosa: dualismo entre carne/ espírito, sentimento de culpa e a mulher é o pecado.
lírica: desejo de perdão, temas e palavras que expressem contradição, estilo cultista, abuso de figuras de linguagem.
sátira: crítica a sociedade baiana, irreverência, obscenidades, termos brasileiros para chocar valores de falsa moral, uso de vocabulário de baixo calão e gírias, o autor foge dos padrões barrocos.
lírica filosófica: referência ao desconcerto do mundo, às frustrações humanas e à transitoriedade da vida.
lírica religiosa: amor a Deus, culpa, pecados, referências bíblicas, uso de inversão e linguagem culta.
"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Lua se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância." (Gregório de Matos)   Sobre as características barrocas desse soneto, considere as afirmações a seguir:  I. Há nele um jogo simétrico de contrastes, expresso por pares antagônicos como Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra, tristeza/alegria, etc., que compõe a figura da antítese.  II. Este é um soneto oitocentista, que cumpre os padrões da forma fixa, quais sejam, rimas ricas, interpoladas nas quadras ("A-B-A-B") e alternadas nos tercetos ("A-B-B-A").  III. O tema do eterno combate entre elementos mundanos e forças sagradas é indicado ali, por "ignorância do mundo" e "qualquer dos bens", por um lado, e por "constância", "alegria" e "firmeza", de outro.    A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que: 

somente I está correta. 
todas estão corretas. 
 somente I e III estão corretas.
somente II está correta. 
somente III está correta.
Com base nos estudos realizados no capítulo “Noção de Literatura”, analise as afirmações que seguem: I- A literatura é considerada um domínio heterogêneo e não um domínio complexo, como definido por Wellek. II- Segundo Wellek, a literatura é um domínio complexo, deixando subentendido que, para defini-lo, seria necessário considerar todos os seus aspectos em conjunto. III- Culler defende que apesar do caráter manifestamente central do conceito de literatura, deve-se perceber que não há uma definição satisfatória da linearidade para a questão. IV- A consciência do caráter heterogêneo da literatura fez com que estudiosos preocupados, não somente com a definição da literatura, mas com a sua problematização começassem a discutir a legitimidade desta noção. V- De acordo com Frye, as exigências da significação das estruturas verbais literárias externas são secundárias, pois as obras literárias não pretendem descrever ou afirmar a realidade. São corretas as afirmações contidas em:

I, II, IV, V.
I, III, IV, V.
I, II, III, IV.
II, III, IV, V.
I, II, III, V.
Leia o fragmento que segue e responda ao que se pede:   "E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, a multiplicar-se como larvas no esterco." (AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000, p.26)   O livro de Aluísio Azevedo é considerado uma das grandes representações do Naturalismo no Brasil. Assinale a alternativa que apresenta a característica deste período presente no fragmento anterior:  

compreensão psicológica do homem.
compreensão biológica do mundo.
concepção idealista do universo.
Visão sentimental da natureza.
concepção religiosa da vida.
"Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas da sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol. Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua formosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas a rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência".    Do fragmento apresentado depreende-se que 

a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora típica dos autores românticos. 
romances regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural feminina. 
as obras modernistas têm, entre outros, o objetivo de criticar a submissão da mulher à riqueza material. 
os romances realistas de Aluísio Azevedo denunciam o artificialismo da beleza feminina. 
a linguagem descritiva dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade e a espiritualidade da mulher. 
No Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles recria poeticamente os acontecimentos históricos de Minas Gerais, ocorridos no final do século XVIII. Nesta mesma época, circulavam, em Vila Rica, as Cartas Chilenas, atribuídas a Tomás Antônio Gonzaga. O fragmento a seguir foi extraído da Carta 2 em que Critilo (Gonzaga), dirigindo-se ao seu amigo Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), narra o comportamento do Fanfarrão Minésio (Luís da Cunha Meneses, governador de Minas).    Aquele, Doroteu, que não é Santo    Mas quer fingir-se Santo aos outros homens,   Pratica muito mais, do que pratica,   Quem segue os sãos caminhos da verdade.   Mal se põe nas Igrejas, de joelhos, Abre os braços em cruz, a terra beija,   Entorta o seu pescoço, fecha os olhos,   Faz que chora, suspira, fere o peito;   E executa outras muitas macaquices,   Estando em parte, onde o mundo as veja. (GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 68-69). Considerando as informações apresentadas e esse fragmento poético, é correto afirmar: 

O autor chama a atenção para o fato de que o governador de Minas age com fervor, longe dos olhos dos fiéis.
O tom satírico, presente nas Cartas Chilenas, não é observado nesse fragmento, pois, aqui, há apenas a descrição das práticas religiosas do Fanfarrão Minésio. 
O autor descreve, com humor, o comportamento do governador de Minas, sem apresentar um posicionamento crítico.  
O autor critica algumas atitudes do governador de Minas, julgando-as dissimuladas.
O autor descreve as atitudes do governador de Minas sem fazer uso de um tom irônico.