INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS LITERÁRIOS


Com base no capítulo A noção de literatura, analise as assertivas a seguir:

I- Apenas por um artificialismo, é possível colocar numa mesma categoria, que chamamos de “Literatura” domínios tão diferentes como Poesia e Ficção.
II- Na obra de vários teóricos do movimento denominado “New Criticism”, dentre eles I. A. Richards e T. S. Eliot, é possível ver claramente a dificuldade de se chegar a uma única definição de literatura.
III- Segundo Eagleton, o termo literatura é puramente estrutural, pois indica o que fazemos e não o estado fixo das coisas, sendo essa a essência da literatura. 
IV- A dificuldade de se encontrar uma definição de literatura que dê conta de explicar todos os seus aspectos cria uma dificuldade par se estabelecer o campo dos estudos literários como campo de conhecimento com determinada especificidade. 

 

São CORRETAS as assertivas: 


I, III, IV


I, II, IV


I, II, III, IV


II, III


II, III, IV

“O debate em torno da questão do sentido vai de um extremo a outro: num extremo, estão os que defendem que o sentido está no texto, no outro extremo, os que propõem que o sentido é construído pelo leitor” (ESCOBAR, 2010, p. 83).

Com base em seus estudos sobre as abordagens da literatura, analise as afirmações que seguem:

 

 I.        Alguns críticos defendem que o sentido reside no texto e que cabe ao leitor descobri-lo (I. A. Richards e Roland Barthes, da primeira fase).

II.        Outros acreditam que o sentido, no singular, não existe, cabendo ao leitor resignar-se a especular sobre ele (críticos da desconstrução).

III.        A maioria acredita que toda obra de arte tem que agradar ao seu público, tanto estética quanto moralmente. (Estética da Recepção).

IV.        Outros defendem que o sentido é, em parte, fornecido pelo texto e em parte construído pelo leitor (Roman Ingarden, Wolfgang Iser).

V.        Há os que propõem que o sentido é construído pelo leitor, que reescreve o texto quando o lê (Jonathan Culler, Stanley Fish).

 

São CORRETAS as afirmações contidas apenas em:


I, III, IV, V.


I, II, IV, V.


II, III, IV, V.


I, II, III, IV, V.


I, II, III, IV.

Após estudar os capítulos do livro “Introdução aos estudos literários”, analise as assertivas a seguir:

 

I- O equipamento cultural do estudioso de literatura consiste, primeiramente, nos conhecimentos de tipo mais específico, que se dirigem à estrutura da obra literária e que são os conhecimentos críticos.

II- Além dos conhecimentos mais específicos, o estudioso deve equipar-se de outros conhecimentos que podemos designar pelo termo erudição e que incluem os chamados conhecimentos preliminares ou pré-críticos.

III- São chamados preliminares ou pré-críticos, porque permitem entender a obra de maneira adequada antes de iniciarmos a nossa apreciação.

IV- Os conhecimentos preliminares se dividem em conhecimentos literários e conhecimentos não literários.

 

São corretas as afirmações contidas em:


I e II, apenas.


III e IV, apenas.


I e III, apenas.


II e IV, apenas.


I, II, III, IV.

Assinale a alternativa que contém a afirmação correta sobre o Naturalismo no Brasil.


O Naturalismo do século XIX no Brasil difundiu na literatura uma linguagem científica e hermética, fazendo com que os textos literários fossem lidos apenas por intelectuais. 


O Naturalismo usou elementos da natureza selvagem do Brasil do século XIX para defender teses sobre os defeitos da cultura primitiva. 


A valorização da natureza rude verificada nos poetas árcades se prolonga na visão naturalista do século XIX, que toma a natureza decadente dos cortiços para provar os malefícios da mestiçagem.


O Naturalismo, por seus princípios científicos, considerava as narrativas literárias exemplos de demonstração de teses e idéias sobre a sociedade e o homem. 


O Naturalismo no Brasil esteve sempre ligado à beleza das paisagens das cidades e do interior do Brasil. 

Texto I: 

Ao longo do sereno Tejo, suave e brando, Num vale de altas árvores sombrio, Estava o triste Almeno Suspiros espalhando Ao vento, e doces lágrimas ao rio. (Luís de Camões, Ao longo do sereno.) 

Texto II:

Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas, so aqueste ramo destas auelanas e quen for louçana, como nós, louçanas, se amigo amar, so aqueste ramo destas auelanas uerrá baylar. (Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.) 

Texto III:

Tão cedo passa tudo quanto passa! morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada. (Fernando Pessoa, Obra poética.) 

Texto IV: 

Os privilégios que os Reis Não podem dar, pode Amor, Que faz qualquer amador Livre das humanas leis. mortes e guerras cruéis, Ferro, frio, fogo e neve, Tudo sofre quem o serve. (Luís de Camões, Obra completa.) 

Texto V: 

As minhas grandes saudades São do que nunca enlacei. Ai, como eu tenho saudades Dos sonhos que não sonhei!...) (Mário de Sá Carneiro, Poesias.) 


O motivo do carpe diem (“aproveita o dia”, em latim) expressa, em geral, o gosto de viver plenamente a vida, de usufruir os dons da beleza e a energia da juventude, enquanto o tempo permitir. Esse motivo aparece nos textos:


IV e V. 


III e IV.


I e V. 


II e III


I e II. 

Quem deixa a Deus por Deus não o perde, antes o assegura. Deus é Caridade; e, assim, a alma que por respeito da Caridade se priva de Deus, aparta-se donde na verdade fica, e fica donde parece que se aparta. 


Assinale a afirmativa correta a respeito do texto acima. 


A linguagem descritiva e a ausência de argumento dogmático caracterizam o estilo renascentista do fragmento.


A linguagem pleonástica na construção de efeitos sinestésicos caracteriza o estilo cultista desse fragmento narrativo. 


A temática religiosa e o jogo de antíteses, presentes nesse fragmento dissertativo, identificam seu estilo barroco conceptista


O tratamento dado à temática religiosa mostra que o fragmento pertence ao Trovadorismo, estilo de época da Idade Média.


O enfoque maniqueísta do narrador, associado à linguagem emotiva, justifica classificar o fragmento como romântico. 

Quando Eagleton (apud ESCOBAR, 2010, p. 73), ao falar sobre a estética da recepção, afirma que “... o leitor sempre foi o menos privilegiado desse trio – estranhamente, já que sem ele não haveria texto literário”.

 

A que trio Eagleton se refere? Assinale a alternativa CORRETA:


Estética da recepção, Formalismo Russo, Fenomenologia.


Autor, leitor e época.


Autor, obra e leitor.


Leitor, obra e época.


Teorias miméticas, teorias formais, teorias expressivas.

De acordo com as ideias de Todorov, no texto O que pode a Literatura?, ao dar forma a um objeto, um acontecimento ou um caráter, o que deve fazer o escritor? 


Ele impõe as ideias, fazendo com que o leitor se convença das opiniões apresentadas no texto.


O leitor tem total liberdade para criar a interpretação que quiser da mensagem transmitida pelo autor.


Em vez de impor as ideias, ele propõe, deixando o leitor livre ao mesmo tempo que o incita a se tornar mais ativo.


Ele estabelece uma relação de interlocução entre autor-leitor, em que o leitor é mais passivo que o autor.


Ele estabelece uma relação de monólogo entre autor-leitor, em que o autor transmite sua verdade.

Com base na leitura do texto O que pode a literatura?, analise as afirmações que seguem:

 

I-   A "Educação Negativa", expressão usada por Rousseau, sugere que devemos manter os adolescentes longe dos livros, a fim de afastá-los dos mal exemplos.

II-  O leitor do texto científico se arrisca menos a confundir sedução e exatidão.

III- A Literatura, diferente dos discursos religiosos, morais ou políticos, não formula preceitos.

IV- As verdades tidas como desagradáveis, na literatura, têm mais chances de ganhar voz e ser ouvidas do que em uma obra científica.

 

São verdadeiras as afirmações contidas em:


II, III, IV.


I, II, IV.


I, II, III, IV.


I, III, IV.


I, II, III.

Aurélia pousara a mão no ombro do marido (...), colocou-se diante de seu cavalheiro e entregou-lhe a cintura mimosa. Era a primeira vez, e já tinham mais de seis meses de casados; era a primeira vez que o braço de Seixas enlaçava a cintura de Aurélia. Explica-se pois o estremecimento que ambos sofreram ao mútuo contacto (...). As senhoras não gostam da valsa, senão pelo prazer de sentirem-se arrebatadas no turbilhão.(...) Mas é justamente aí que está o perigo. Esse enlevo inocente da dança entrega a mulher palpitante, inebriada, às tentações do cavalheiro, delicado embora, mas homem, que ela sem querer está provocando com o casto requebro de seu talhe e traspassando com as tépidas emanações de seu corpo. (Senhora, José de Alencar) 

 

 

 No fragmento transcrito, de Senhora, 

 


descreve-se um hábito da sociedade brasileira do século XIX, focalizado como típico de ambientes pouco refinados, afastados dos costumes da Corte. 


a referência ao prazer do arrebatamento, ao requebro, às tépidas emanações do corpo evidencia que o romance analisa as personagens segundo princípios do Naturalismo. 


a linguagem narrativa sofre a interferência do discurso dissertativo, com o qual o narrador, a partir de uma dada situação, tece comentários acerca do comportamento retratado.


confronta-se a atitude feminina, atrevida, com a atitude masculina, sincera e respeitosa, traço de composição que justifica a inclusão da obra entre os romances realistas do autor. 


o leitor é informado não só sobre a ação e as sensações das personagens, mas também “escuta” o que pensa uma delas acerca a prática da valsa.