CURSO DE FORMAÇÃO: CONHECIMENTOS SOCIOECONOMICOS E CULTURAIS III


A respeito da influência das novas tecnologias em comportamentos, hábitos e usos sociais, leia os textos 1 e 2, a seguir.   Texto 1                                                                             RETT, Maurício. Muito bate-papo na internet. [201-]. 1 cartum. Disponível em: . Acesso em: 01 ago. 2018                             Texto 2   [...] a Internet, a maior rede de comunicação e informação criada pelo homem, por meio dos recursos e ambientes de comunicação que oferece, criou condições para o surgimento de uma nova variedade da língua, o “internetês”. Hoje, mais de um milhão de pessoas no Brasil utiliza a Internet. Todos os dias, milhares de novos brasileiros se conectam a essa enorme rede. [...] Cada vez mais pessoas vão aprendendo o “internetês”, o linguajar dos internautas. O uso de “internetês” numa sala de bate-papo não significa que será uma prática em todas as esferas da sociedade. O problema não é existir o “internetês” na vida do jovem, mas sim existir só ele como prática significativa. Compreender então essa nova forma de linguagem, sabendo discernir onde e em que meio ela deve ser utilizada, é uma forma de não ocasionar conflitos entre norma-padrão e alternativas não padrão na sociedade contemporânea. ALMEIDA FILHO, Agenor. A comunicação na era da tecnologia digital: a escrita no ciberespaço. Fólio - Revista de Letras, Vitória da Conquista, v.2, n.1, p. 88-100, jan./jun. 2010. Disponível em: . Acesso em: 01 ago. 2018.   Ao se considerar as novas formas de interação proporcionadas pela internet, a leitura comparativa entre os textos 1 e 2 permite concluir que:    

A linguagem do ciberespaço é o principal fator corruptor do uso da língua portuguesa culta pelos jovens.
O ciberespaço possui práticas sociais e linguísticas próprias da cultura digital que exigem criticidade no seu uso. 
O relacionamento familiar tende a se enfraquecer quando os jovens trocam o convívio real pelo convívio online.
O desconhecimento do “internetês” pelas gerações mais velhas contribui para o distanciamento entre pais e filhos.
A juventude se mostra ponderada à influência das práticas culturais do ciberespaço em outras esferas sociais.
(QUESTÃO ENADE)   Leia o trecho:   O movimento antiglobalização apresenta-se, na virada deste novo milênio, como uma das principais novidades na arena política e no cenário da sociedade civil, dada a sua forma de articulação/ atuação em redes com extensão global. Ele tem elaborado uma nova gramática no repertório das demandas e dos conflitos sociais, trazendo novamente as lutas sociais para o palco da cena pública, e a política para a dimensão, tanto na forma de operar, nas ruas, como no conteúdo do debate que trouxe à tona: o modo de vida capitalista ocidental moderno e seus efeitos destrutivos sobre a natureza (humana, animal e vegetal).  GOHN, 2003.   É INCORRETO afirmar que o movimento antiglobalização referido nesse trecho  

é composto por atores sociais tradicionais, veteranos nas lutas políticas, acostumados com o repertório de protestos políticos, envolvendo, especialmente, os trabalhadores sindicalizados e suas respectivas centrais sindicais.
cria uma rede de resistência, expressa em atos de desobediência civil e propostas alternativas à forma atual da globalização, considerada como o principal fator da exclusão social existente
defende um outro tipo de globalização, baseado na solidariedade e no respeito às culturas, voltado para um novo tipo de modelo civilizatório, com desenvolvimento econômico, mas também com justiça e igualdade social.
utiliza-se de mídias, tradicionais e novas, de modo relevante para suas ações com o propósito de dar visibilidade e legitimidade mundiais ao divulgar a variedade de movimentos de sua agenda.  
recusa as imposições de um mercado global, uno, voraz, além de contestar os valores impulsionadores da sociedade capitalista, alicerçada no lucro e no consumo de mercadorias supérfluas.
  Eles [membros da OTAN] mentiram para nós diversas vezes, tomaram decisões pelas nossas costas, e nos confrontaram com decisões que já haviam sido tomadas [sem a anuência da Rússia]. Isso aconteceu por conta da expansão da OTAN para o Leste [europeu], assim como pela implantação de infraestrutura militar nas nossas fronteiras. (...) Em resumo, temos todas as razões para concluir que a infame política [ocidental] de contenção [da Rússia], conduzida nos séculos dezoito, dezenove e vinte, continua até hoje. (PUTIN, 2014.)   A declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, se refere a pontos de tensão que caracterizaram as relações internacionais entre Rússia e OTAN nos últimos 15 anos.   Um dos episódios que bem ilustra essa tensão pode ser detectado na alternativa:    

O estreitamento de laços econômicos e militares entre o governo norte-americano e o Estado de Israel.  
A guerra da Síria, e seus desdobramentos no Oriente Médio, marcadamente influenciada pelos conflitos entre Trump e Putin.
Invasão da Geórgia pela Rússia (2008), após um encontro da OTAN, para discutir a inclusão da Ucrânia e da Geórgia como membros da aliança.
O apoio econômico que o governo russo tem destinado à anti-democracia venezuelana como sinal de aliança
As ameaças proferidas pelo governo norte coreano e os constantes testes nucleares no mar do Japão.
ENADE (2014) É correto o que se afirma em  

II e III, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III.
III, apenas.
I, apenas.
Na entrevista a seguir, a pesquisadora britânica Claire Wardle, que estuda a disseminação de conteúdos deliberadamente falsos na internet, esclarece questões em torno das fake news.   A senhora não gosta do termo “fake news” para descrever o fenômeno de informações falsas circulando pela internet. Por quê?   Primeiro, essa palavra se tornou sem sentido porque não descreve a complexidade do ecossistema de informação. Por exemplo, muitos dos problemas que vemos hoje é de imagens genuínas, mas recicladas [publicadas fora de contexto], então, elas não são falsas. Logo, o termo não descreve realmente aquilo que nos preocupa.   E, segundo, esse termo tem sido usado para atacar a imprensa tradicional ao redor do mundo. Pesquisas mostram que o público tende a acreditar que as notícias falsas são da mídia tradicional. Eu defendo que jornalistas não usem esse termo porque isso está sendo empregado para nos atacar e, portanto, minar nosso trabalho perante o público.   Pessoas mal informadas sempre existiram e isso sempre foi uma ameaça para a democracia. Qual é o problema agora?   A misinformation [desinformação ou falta de informação] sempre existiu. Se a minha mãe compartilha algo no Facebook e não sabe que isso é falso, isso é misinformation. Nós sempre tivemos isso, as pessoas compartilham rumores sem saber que eles são falsos. O que nós temos agora é a disinformation [conteúdo deliberadamente falso], quando alguém cria ou compartilha informações falsas para causar algum dano. Em uma era em que a tecnologia barateou e tornou mais fácil criar um site ou manipular uma foto ou um vídeo, é muito mais fácil criar e compartilhar conteúdos deliberadamente falsos. Nós sempre tivemos esse problema, mas nunca uma tecnologia que tornasse tão fácil a criação desse tipo de conteúdo e seu compartilhamento.   Até que ponto educar o público é, de fato, efetivo?   A educação demora um bom número de anos para mudar uma cultura. Mas da mesma forma que dizemos às pessoas que elas não podem jogar lixo pela janela do carro porque isso polui o meio ambiente ou que não se pode dirigir depois de ingerir bebidas alcóolicas, é dizer que vivemos em um ambiente de informação e que é preciso ter responsabilidade sobre aquilo que se posta no Facebook, que o celular é uma ferramenta muito poderosa que vem com uma responsabilidade.   ABRANTES, Talita. WhatsApp pode ameaçar estabilidade no Brasil, diz pesquisadora. Exame, São Paulo, 01 jul. 2018, Seção Brasil. Disponível em: . Acesso em: 02 ago. 2018. (Adaptado).   Com base nas respostas da entrevistada, analise as afirmativas de I a IV, a seguir:   I) A disseminação das chamadas fake news tem como consequência o descrédito do jornalismo profissional perante o público.   II) A conscientização da prudência com as informações divulgadas em meio online é ação de longo termo contra as fake news.   III) O ato de compartilhar informações sem verificar sua autenticidade é fenômeno característico da era da cibercultura.   IV) A distorção intencional de conteúdo legítimo tem o potencial de iludir o público que acessa informações via internet.   Segundo o depoimento da pesquisadora Claire Wardle relativo às fake news, estão CORRETAS as afirmativas:

I, II e IV, apenas.
II e III, apenas.
II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
(ENADE) As implicações mais amplas da maneira como a arte era pensada no feminismo foram se tornando cada vez mais claras em meados dos anos 1970. A insistência no direito de não agir nem como sujeito neutro nem como substituto do macho, mas como mulher, havia posto em foco a questão da identidade. Contudo, pesar de reconhecida como tal. Não era uma questão que pudesse se confirmar aos limites do gênero. Archer, M. Arte contemporânea: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2009 (adaptado)   Tendo como referência as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.   I – A partir da segunda metade do século XX, a arte aprofundou aspectos de contestação política e cultural, marcadas pela conexão com questões sociais, pela abordagem interdisciplinar e pelo uso de novos materiais e suportes expressivos.   PORQUE   II. O mundo testemunhou, a partir da segunda metade do século XX, o aparecimento de movimentos sociais que buscavam dar voz a minorias identitárias, e que influenciaram a sociedade em todos os aspectos, inclusive em relação à concepção de sujeito e de novas subjetividades.   A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:  

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições falsas.
(ENADE) A alfabetização midiática e informacional tem como proposta desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e outros provedores de informação como ferramentas para a liberdade de expressão, o pluralismo, o diálogo e a tolerância intercultural, que contribuem para o debate democrático e a boa governança. Nos últimos anos, uma ferramenta de grande valia para o aprendizado, dentro e fora da sala de aula, têm sido os dispositivos móveis. Como principal meio de acesso à internet e, por conseguinte, às redes sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social das diferentes mídias, com apropriação de seu significado, sendo, assim, uma das principais formas para o letramento digital da população. Esse letramento desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de conversação com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e internacionais.   WILSON, C. et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Brasília: UNESCO, 2013 (adaptado).   A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.   I) Uma pessoa letrada digitalmente tem capacidade para localizar, filtrar e avaliar informação disponibilizada eletronicamente e para se comunicar com outras pessoas por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação.   PORQUE   II) No letramento digital, desenvolve-se a habilidade de construir sentidos a partir de textos que se conectam a outros textos, por meio de hipertextos, links e elementos imagéticos e sonoros.   A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições falsas.  
(ENADE) Inserir-se na sociedade da informação não significa apenas ter acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mas, principalmente, saber utilizar essas tecnologias para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto. Assim, o uso das TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e de experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano social, cultural e educacional. (Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2016 (adaptado).)   Com base no texto apresentado, conclui-se que:  

A inserção de um indivíduo nas relações sociais e virtuais contemporâneas exige mais que inclusão digital técnica.
A solução para se democratizar o acesso à informação no Brasil consiste em estendê-lo a todo o território, disponibilizando microcomputadores nos domicílios brasileiros.
O compartilhamento de informações e experiências mediado pelas TIC baseia-se no pressuposto de que o indivíduo resida em centros urbanos.
Os avanços das TIC vêm-se refletindo globalmente, de modo uniforme, haja vista a possibilidade de comunicação em tempo real entre indivíduos de diferentes regiões.  
O domínio de recursos tecnológicos de acesso à internet assegura ao indivíduo compreender a informação e desenvolver a capacidade de tomar decisões.
  (ENADE) Hoje, o conceito de inclusão digital está intimamente ligado ao de inclusão social. Neste sentido, computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de conhecimento que permite acesso à educação e ao trabalho, desenvolvimento pessoal e melhor qualidade de vida. FERREIRA, J. R. et al. Inclusão Digital. In: BRASIL. O Futuro da Indústria de Software: a perspectiva do Brasil.  Brasília: MDIC/STI, 2004 (adaptado).   Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia como um mundo complicado e desconhecido. No entanto, conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada.   Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por objetivos que incluam I. a inserção no mercado de trabalho e a geração de renda. II. o domínio de ferramentas de robótica e de automação. III. a melhoria e a facilitação de tarefas cotidianas das pessoas IV. a difusão do conhecimento tecnológico.   É correto apenas o que se afirma em:    

I e II
II e III
II, III e IV
I e IV
 I, III e IV
 Leia e relacione os textos a seguir.                                                                                                                                                         Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que    

A dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.
O acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
O apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
O conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil.
 A preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
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