CURSO DE FORMAÇÃO: CONHECIMENTOS SOCIOECONOMICOS E CULTURAIS III
De acordo com Eric Hobsbawn o termo Globalização começou a ser veiculado no mundo no final da década de 80. Entre outros termos, ele sintetiza dois principais conceitos. De um lado a ideia de um mundo unificado, sem fronteiras e integrado. De outro, o estabelecimento dos fluxos políticos, econômicos e sociais por representantes das grandes organizações neoliberais do mundo contemporâneo.
Com base nessas reflexões, analise as afirmativas abaixo e julgue a alternativa correta:
A globalização é um movimento estritamente econômico que não interferiu na produção cultural e intelectual dos povos contemporâneos. Ao contrário, esse movimento permitiu que as fronteiras culturais entre os povos fossem estabelecidas no sentido de preservar as diferenças e peculiaridades de cada região.
Podemos afirmar que a universalização dos mercados estabelecida pela globalização permitiu que as diferenças sociais e culturais fossem amplamente difundidas. Esse movimento gerou um intenso compartilhamento cultural e permitiu a redução de processos segregatórios entre os povos.
A Globalização é um movimento político econômico e cultural que pode ser caracterizado pela transição da manufatura para a maquino fatura. Essa condição permitiu a aceleração da produção e diminuição do tempo de fabricação e distribuição dos produtos.
A partir da globalização houve uma intensa difusão dos comércios locais em detrimento às grandes corporações internacionais, resultando no fortalecimento dos mercados nacionais e no estabelecimento de políticas alfandegárias extremamente flexíveis.
A formação de blocos econômicos foi um movimento de caráter mundial que se estabeleceu a partir da necessidade de economias afins se estabelecerem dentro de um fortalecimento político, mercadológico, financeiro e alfandegário.
"O grupo do 'eu' faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do 'outro' fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou inteligível".
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.
A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre as alternativas abaixo aquela que explica o conceito.
O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as especificidades culturais de cada grupo ou cultura.
O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.
O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria marxista.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.
(MUNDO EDUCAÇÃO - EXERCÍCIOS)
“A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplificação em sistema-mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus diferentes”.
(Disponível em: Mundo educação/ Globalização)
Os “graus diferentes” citados no texto referem-se:
À impossibilidade de a globalização atingir todo o planeta.
À resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista em escala mundial.
Às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de homogeneização cultural.
À incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento.
À forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política.
(ENADE)
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.
Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital.
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I e II.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
II e IV.
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção CORRETA.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
A globalização é um movimento estritamente econômico que não interferiu na produção cultural e intelectual dos povos contemporâneos. Ao contrário, esse movimento permitiu que as fronteiras culturais entre os povos fossem estabelecidas no sentido de preservar as diferenças e peculiaridades de cada região.
Podemos afirmar que a universalização dos mercados estabelecida pela globalização permitiu que as diferenças sociais e culturais fossem amplamente difundidas. Esse movimento gerou um intenso compartilhamento cultural e permitiu a redução de processos segregatórios entre os povos.
A Globalização é um movimento político econômico e cultural que pode ser caracterizado pela transição da manufatura para a maquino fatura. Essa condição permitiu a aceleração da produção e diminuição do tempo de fabricação e distribuição dos produtos.
A partir da globalização houve uma intensa difusão dos comércios locais em detrimento às grandes corporações internacionais, resultando no fortalecimento dos mercados nacionais e no estabelecimento de políticas alfandegárias extremamente flexíveis.
A formação de blocos econômicos foi um movimento de caráter mundial que se estabeleceu a partir da necessidade de economias afins se estabelecerem dentro de um fortalecimento político, mercadológico, financeiro e alfandegário.
"O grupo do 'eu' faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do 'outro' fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou inteligível".
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.
A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre as alternativas abaixo aquela que explica o conceito.
O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as especificidades culturais de cada grupo ou cultura.
O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.
O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria marxista.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.
(MUNDO EDUCAÇÃO - EXERCÍCIOS)
“A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplificação em sistema-mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus diferentes”.
(Disponível em: Mundo educação/ Globalização)
Os “graus diferentes” citados no texto referem-se:
À impossibilidade de a globalização atingir todo o planeta.
À resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista em escala mundial.
Às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de homogeneização cultural.
À incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento.
À forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política.
(ENADE)
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.
Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital.
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I e II.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
II e IV.
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção CORRETA.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as especificidades culturais de cada grupo ou cultura.
O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.
O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria marxista.
O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.
(MUNDO EDUCAÇÃO - EXERCÍCIOS)
“A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplificação em sistema-mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus diferentes”.
(Disponível em: Mundo educação/ Globalização)
Os “graus diferentes” citados no texto referem-se:
À impossibilidade de a globalização atingir todo o planeta.
À resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista em escala mundial.
Às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de homogeneização cultural.
À incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento.
À forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política.
(ENADE)
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.
Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital.
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I e II.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
II e IV.
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção CORRETA.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
À impossibilidade de a globalização atingir todo o planeta.
À resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista em escala mundial.
Às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de homogeneização cultural.
À incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento.
À forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política.
(ENADE)
Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.
Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital.
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I e II.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
II e IV.
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção CORRETA.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
I e II.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
II e IV.
(ENADE) Para preservar a língua, é preciso cuidado de falar de acordo com a norma padrão. Uma dica para o bom desempenho linguístico é seguir o modelo de escrita dos clássicos. Isso não significa negar o papel da gramática normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola é um lugar privilegiado de limpeza dos vícios de fala, pois oferece inúmeros recursos para o domínio da norma padrão e consequente distância da não padrão. Esse domínio é o que levará o sujeito a desempenhar competentemente as práticas sociais; trata-se do legado mais importante da humanidade.
PORQUE
A linguagem dá ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades não presentes. E a língua é uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A língua, nesse sentido, é a concretização de uma experiência histórica. Ela está radicalmente presa à sociedade.
XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvérsias da Linguística. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, p. 72-73, 2005 (com adaptações).
Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção CORRETA.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições falsas.
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(ENADE) Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de Michelangelo - Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
A separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
A evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
A diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.
O Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
A esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
(ENADE 2006 )
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman discursou na cerimônia [de abertura das Paraolimpíadas]. Nuzman exaltou os brasileiros e defendeu a construção de um mundo novo, onde não haja diferenças entre as pessoas. “Celebramos um novo desafio, construir um mundo novo, mais acessível para todos. Mais justo e fraterno, onde todos possam caminhar, lado a lado sem obstáculos. É uma lição difícil, que nos faz mais fortes. Quando todos duvidam, nós brasileiros crescemos. Somos o país das realizações impossíveis. […] Estamos juntos pela igualdade entre as pessoas. Gente que mesmo parecendo diferente tem o mesmo coração”, disse Nuzman.
EBC Agência Brasil, 07/09/2016. Disponível em: . Acesso em jul. 2018.
O trecho do discurso do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, nos leva a refletir sobre a importância da inclusão social, que significa hoje discutir cidadania, democracia, igualdade, respeito às diferenças e aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. E nos impõe o desafio de construir um mundo acessível. Por acessibilidade, entende-se:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
O acesso exclusivo de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a locais públicos, sendo obrigatório criar entradas e saídas próprias para esses usuários.
Qualquer impedimento de natureza física, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, para possibilitar seu uso às pessoas com deficiência.
A utilização, com segurança e autonomia, de espaços urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS - UNIOESTE)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...]. No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes. ”
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a alternativa CORRETA.
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial e financeiro.
Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de globalização.
(ENADE (2017)
A imigração haitiana para o Brasil passou a ter grande repercussão na imprensa a partir de 2010. Devido ao pior terremoto do país, muitos haitianos redescobriram o Brasil como rota alternativa para migração. O país já havia sido uma alternativa para os haitianos desde 2004, e isso se deve à reorientação da política externa nacional para alcançar liderança regional nos assuntos humanitários.
A descoberta e a preferência pelo Brasil também sofreram influência da presença do exército brasileiro no Haiti, que intensificou a relação de proximidade entre brasileiros e haitianos. Em meio a esse clima amistoso, os haitianos presumiram que seria bem acolhidos em uma possível migração ao país que passara a liderar a missão da ONU.
No entanto, os imigrantes haitianos têm sofrido ataques xenofóbicos por parte da população brasileira. Recentemente, uma das grandes cidades brasileiras serviu como palco para uma marcha anti-imigração, com demonstrações de um crescente discurso de ódio em relação a povos imigrantes marginalizados.
Observa-se, na maneira como esses discursos se conformam, que a reação de uma parcela dos brasileiros aos imigrantes se dá em termos bem específicos: os que sofrem com a violência dos atos de xenofobia, em geral, são negros e têm origem em países mais pobres.
SILVA, C. A. S.; MORAES, M. T. A política migratória brasileira para refugiados e a imigração haitiana. Revista do Direito. Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 50, p. 98-117, set./dez. 2016 (adaptado)
A partir das informações do texto conclui-se que:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.
(MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS)
A globalização indica um potencial crescente de comunicação e conexão entre as estruturas econômicas, culturais e políticas dos vários países do mundo. Esse processo, no entanto, manifesta-se de forma assimétrica. O que queremos dizer com isso?
Uma simples alteração de taxa de juros por parte do Banco Central norte-americano (Federal Reserve) traz impactos muito mais sérios e duradouros para as economias brasileira, mexicana, do que estas poderiam trazer para a economia norte-americana. Uma desvalorização da moeda japonesa acarreta transtorno global muita maior do que uma crise social grave na Indonésia. A eleição do primeiro-ministro conservador ou progressista na Inglaterra produz mais efeitos sobre o restante das políticas desempenhadas em outros países do que a morte do ditador da Síria, depois de trinta anos no poder.
Alexandre de Freitas Barbosa, em seu livro O MUNDO GLOBALIZADO: ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA, afirma o acima transcrito referindo-se a uma distinção internacional dos efeitos da globalização entre, respectivamente:
O acolhimento promovido pelos brasileiros aos imigrantes oriundos de países do leste europeu tende a ser semelhante ao oferecido aos imigrantes haitianos, pois no Brasil vigora a ideia de democracia racial e do respeito às etnias.
As reações xenófobas estão relacionadas ao fato de que os imigrantes são concorrentes diretos para os postos de trabalho de maior prestígio na sociedade, aumentando a disputa por boas vagas de emprego.
A crescente onda de xenofobia que vem se destacando no Brasil evidencia que o preconceito e a rejeição por parte dos brasileiros em relação aos imigrantes haitianos é pautada pela discriminação social e pelo racismo.
O processo de acolhimento dos imigrantes haitianos tem sido pautado por características fortemente associadas ao povo brasileiro: a solidariedade e o respeito às diferenças.
O nacionalismo exacerbado de classes sociais mais favorecidas, no Brasil, motiva a rejeição aos imigrantes haitianos e a perseguição contra os brasileiros que pretendem morar fora do seu país em busca de melhores condições de vida.