CURSO DE FORMAÇÃO: CONHECIMENTOS SOCIOECONOMICOS E CULTURAIS III


Leia o texto a seguir.   (ENADE) Uma revista lançou a seguinte pergunta em um editorial: “Você pagaria um ladrão para invadir sua casa? ”. As pessoas mais espertas diriam provavelmente que não, mas companhias inteligentes de tecnologia estão, cada vez mais, dizendo que sim. Empresas como a Google oferecem recompensas para hackers que consigam encontrar maneiras de entrar em seus softwares. Essas companhias frequentemente pagam milhares de dólares pela descoberta de apenas um bug – o suficiente para que a caça a bugs possa fornecer uma renda significativa. As empresas envolvidas dizem que os programas de recompensa tornam seus produtos mais seguros. “Nós recebemos mais relatos de bugs, o que significa que temos mais correções, o que significa uma melhor experiência para nossos usuários”, afirmou o gerente de programa de segurança de uma empresa. Mas os programas não estão livres de controvérsias. Algumas empresas acreditam que as recompensas devem apenas ser usadas para pegar cibercriminosos, não para encorajar as pessoas a encontrar as falhas. E também há a questão de double-dipping – a possibilidade de um hacker receber um prêmio por ter achado a vulnerabilidade e, então, vender a informação sobre o mesmo bug para compradores maliciosos. Disponível em:
Os usuários de serviços de empresas de tecnologia são beneficiários diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caçadores de falhas contratados e premiados pelas empresas.
A maneira como as empresas de tecnologia lidam com a prevenção contra ataques dos cibercriminosos é uma estratégia muito bem-sucedida.
O uso das tecnologias digitais de informação e das respectivas ferramentas dinamiza os processos de comunicação entre os usuários de serviços das empresas de tecnologia.
Os caçadores de falhas agem de acordo com princípios éticos consagrados no mundo empresarial, decorrentes do estímulo à livre concorrência comercial.
Os caçadores de falhas testam os softwares, checam os sistemas e previnem os erros antes que eles aconteçam e, depois, revelam as falhas a compradores criminosos.
QUESTÃO 20 (UFG 2014) Leia a receita apresentada a seguir.    TACACÁ 2 litros de tucupi temperado 4 dentes de alho 4 pimentas de cheiro 4 maços de jambu 1/2 kg de camarão 1/2 xícara de goma de mandioca Sal a gosto Modo de servir: muito quente, em cuias, temperado com pimenta. Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2013.   Comer é um ato social, histórico, geográfico, religioso, econômico e cultural. O preparo dos alimentos, a escolha dos ingredientes e a maneira de servir identificam um grupo social e ajudam a estabelecer uma identidade cultural. Essa receita, “Tacacá”, comida muito apreciada na culinária paraense, demonstra   

um modelo ritualista de servir, vinculado ao formalismo religioso africano. 
uma imposição de identidade cultural, pelo uso de produtos cultivados em áreas sertanejas.
um modo de preparo espontâneo, associado aos padrões culinários da colônia. 
um modo de utilizar os ingredientes provenientes do extrativismo, associado ao nomadismo dos quilombos. 
uma interação cultural, com a incorporação de ingredientes advindos de tradições culinárias distintas. 
  Leia com atenção a charge e o trecho abaixo:                                                         “Trump havia esquentado o clima ao exigir a reintegração da Rússia no clube das maiores economias globais, do qual fora expulsa em 2014 após a anexação da península ucraniana da Crimeia. As sanções contra a Rússia, contudo, foram mantidas. O clima de tensão no encontro foi capturado por uma foto divulgada pelo governo alemão, no qual a líder alemã Angela Merkel aparece de pé, gesticulando na direção de Trump, o único que está sentado, de braço cruzados, com cara de quem não está satisfeito.” (BBC - https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44437008 - acesso em agosto de 2018 )   Com base na análise da charge acima e do texto jornalístico, assinale a alternativa que contém a característica principal da política internacional estabelecida pelo presidente norte-americano, Donald Trump.    

Podemos afirmar que a política internacional estabelecida por Donald Trump é bastante valorizada pelos principais líderes mundiais. Como grandes aliados políticos, Trump estabelece uma relação diplomática íntima com países como Canadá, Alemanha e Japão fortalecendo acordos comerciais com o mercado europeu e asiático.
Podemos afirmar que a política comercial de Trump tem como prioridade o agrupamento dos principais mercados internacionais com o objetivo de fortalecer o comércio internacional e diminuir as fronteiras alfandegárias. Um exemplo dessa política é o incentivo político dado pelo presidente ao Tratado Transpacífico.
Podemos afirmar que o presidente Donald Trump estabelece como prioridade em sua política internacional a segurança interna através do combate ao terrorismo e o fortalecimento de uma política comercial conhecida como “América First” em que rompe acordos diplomáticos internacionais a fim de favorecer o protagonismo comercial do mercado norte-americano. Um exemplo desta política é a assinatura do decreto que coloca fim ao Tratado Transpacífico em 2017.
Podemos afirmar que o presidente norte-americano prioriza, em suas relações políticas internacionais, o agrupamento econômico de vários países com a intenção de ampliar a atividade comercial do mercado global e diminuir as fronteiras fiscais entre eles.
Podemos afirmar que a política internacional do presidente norte-americano Donald Trump estabelece critérios para o fim da segregação racial e econômica em suas diretrizes políticas, sociais e econômicas. Entre suas ações está a inclusão da cidadania estadunidense para mexicanos que residem e trabalham há mais de dez anos no país.
  (ENADE) Leia e relacione os textos a seguir.                                                                    O Governo Federal deve promover a inclusão digital, pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude.  (Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.)   Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que    

o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
o conhecimento da tecnologia digital está democratizando no Brasil.
a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.
o apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
(ENADE) Uma multidão de figuras humanas feitas de pedra, cada uma com expressões e roupas únicas, habita sem alarde um pedaço do fundo do mar no litoral do México. A cerca de oito metros de profundidade, nas águas cristalinas do Caribe, esconde-se o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo, que tem até um museu a céu aberto – ou melhor, em alto-mar. O Museu Subaquático de Arte (Musa) conta com um acervo de 450 esculturas submersas ao redor da ilha Mujeres, em Cancum, no México. As obras criadas pelo artista inglês Jason de Caires Taylor são feitas com um material poroso, uma espécie de concreto ecológico de pH neutro, que é perfeito para resistir algumas centenas de anos debaixo da água e facilita o crescimento de corais e o abrigo de várias espécies, como peixes pequenos, crustáceos, ouriços e estrelas do mar. As criaturas marítimas, aliás, são peças fundamentais para o trabalho. São elas que colorem, distorcem e transformam as dramáticas figuras submersas, construindo uma ambiciosa, mutante e frágil representação da evolução da vida.   Em face desse contexto, é correto afirmar que o trabalho do artista representa:  

uma agressão ao meio ambiente, por inserir elementos artificiais dentro do mar do Caribe.
uma agressão ao meio ambiente aquático, que se justifica por favorecer o turismo regional.
uma boa ideia para recompor a flora e a fauna marinhas, mas com impactos ambientais irreversíveis.
uma obra de arte engajada e, ao mesmo tempo, uma forma de recomposição da flora e da fauna marinhas.
uma obra de arte sensacionalista que, embora bem intencionada, não deveria fazer parte do Musa.
(UENP 2011) “A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se desenvolvem e consolidam a partir de estruturas, agentes e processos que lhes dão forma histórica concreta. Os países e regiões da América Latina moldaram, desde os tempos coloniais até nossos dias, expressões desses fenômenos sociais que, embora apresentem as peculiaridades próprias de cada contexto histórico e geográfico, compartilham um traço em comum: altíssimos níveis de pobreza e desigualdade que condicionam a vida política, econômica, social e cultural. O conceito de construção é praticamente similar ao de produção, sendo utilizado aqui para enfatizar que a pobreza é o resultado da ação concreta de agentes e processos que atuam em contextos estruturais históricos de longo prazo”.    (Produção de pobreza e desigualdade na América Latina. Antonio David Cattani, Alberto D. Cimadamore (orgs.) ; tradução: Ernani Ssó. — Porto Alegre : Tomo Editorial/Clacso, 2007, p. 07.)   

A pobreza não pode ser considerada característica presente em toda a América Latina. 
A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se desenvolvem na história e por isso são absolutamente reversíveis. 
A pobreza não pode ser considerada fruto da desigualdade. 
A pobreza sempre existiu e é da natureza das sociedades organizadas que ela ocorra. 
A desigualdade social não condiciona a vida política, econômica, social ou cultural. 
(CONCURSO PÚBLICO - ADAPTADA)   Segundo Belloni, o objetivo da educação para as mídias (media education, éducation aux médias, educación em los medios) é “a formação do usuário ativo, crítico e criativo de todas as tecnologias de informação e comunicação” (BELLONI, Maria Luíza. O que é mídia-educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2009, p. 12).   Assinale a opção que apresenta a noção de mídia-educação coerente com essa afirmativa de Belloni.    

Mídia-educação abrange a integração das TIC ao processo educacional como instrumento do processo ensino e aprendizagem com o objetivo de alfabetizar digitalmente o aluno para o uso do computador em situações educativas.
Mídia-educação é a instrumentalização dos alunos no ambiente escolar para que eles utilizem as mídias de forma artística e criativa com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento da percepção humanística do mundo.
Mídia-educação abrange estudar, aprender e ensinar a história, a criação, a utilização e a avaliação das mídias como artes práticas e técnicas, bem como discutir o lugar que ocupam na sociedade e o modo de percepção que elas engendram
Mídia-educação é o uso das mídias como objeto de estudo em sala de aula, o que supõe a inclusão de conteúdos relativos às novas tecnologias de informação e comunicação como disciplina no currículo escolar.
Mídia-educação tem o objetivo de tornar o aluno apto a utilizar as tecnologias de informação como forma de comunicação rápida, nas atividades escolares.
ENADE (2017) Meios de comunicação, como a TV, o rádio e o jornal, atraem a audiência do grande público com relatos cotidianos de violência resultantes de desavenças entre pessoas próximas: familiares, amigos, vizinhos etc. A esse respeito, leia o fragmento do conto “De um relatório policial”, de Wander Piroli, a seguir.   Que no lugar denominado Picão o lavrador José Bento chegou da roça e entrou na cozinha e pergunta a mãe Efigênia se a comida estava pronta   que a mãe Efigênia cuspiu um pedaço de fumo e atirou no filho José uma colher de ferro e errou e saiu da cozinha com uma panela também de ferro e foi à fonte d´água   que José ficou sentido e pegou um pedaço de pau de lenha jacaré que estava ao lado do fogão e saiu da cozinha e foi atrás da mãe Efigênia   que no trajeto já a encontrou de volta trazendo a mesma panela porém mais limpa e mãe Efigênia atirou-lhe a panela no rosto e foi infeliz pela segunda vez   que José olhou para o pedaço de pau com indignação e vibrou-o contra mãe Efigênia de cima para baixo e atingiu-a de forma concisa no meio da cabeça   que mãe Efigênia não teve outra alternativa e bambeou os joelhos e caiu no terreiro e esperneou e morreu em flagrante   [...]   PIROLI, Wander. De um relatório policial. In: CAMPOS, Carmen Lucia; SILVA, Nilson Joaquim da. Gente em conflito. São Paulo: Ática, 2004. p. 94-96. (Para Gostar de Ler 35).     No fragmento anterior, a escolha do autor pela utilização de linguagem sucinta e direta em um texto literário sobre a violência familiar teve como efeito:  

Amenizar a crueldade envolvida no relato.
Adicionar lirismo a uma história trágica. 
Evidenciar a emotividade do fato narrado.
Estimular a reflexão do leitor sobre o tema.
Denunciar atos de matricídio na sociedade.
Qual é a primeira coisa que você faz quando entra na Internet? Checa seu e-mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere as atualizações dos seus contatos no Orkut ou no Facebook? Há diversos estudos comprovando que interagir com outras pessoas, principalmente com amigos, é o que mais fazemos na Internet. Só o Facebook já tem mais de 500 milhões de usuários, que, juntos, passam 700 bilhões de minutos por mês conectados ao site — que chegou a superar o Google em número de acessos diários. (...) e está transformando nossas relações: tornou muito mais fácil manter contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será que as amizades online não fazem com que as pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos offline, “de verdade”? Essa tese, geralmente citada nos debates sobre o assunto, foi criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert Putnam. E provavelmente está errada. Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que a Internet faz você ter mais amigos — dentro e fora da rede. Durante a década passada, período de surgimento e ascensão dos sites de rede social, o número médio de amizades das pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que passam mais tempo na Internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real — 38% mais. Já quem não usava a Internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%. Como a Internet está mudando a amizade. COSTA, Camilla; GARATTONI Bruno.  Como a internet está mudando as amizades. In: Superinteressante, n. 288, fev. / 2011 (com adaptações). Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/como-a-internet-esta-mudando-a-amizade/   No texto, o trecho entre parênteses foi suprimido. Assinale a opção que contém uma frase que completa coerentemente o período em que o trecho omitido estava inserido.  

A Internet garante que as diferenças de caráter ou as dificuldades interpessoais sejam “obscurecidas” pelo anonimato e pela cumplicidade recíproca.
A Internet raramente cria amizades do zero — na maior parte dos casos, ela funciona como potencializadora de relações que já haviam se insinuado na vida real.
A Internet inova (e é uma enorme inovação, diga-se de passagem) quando torna realidade a “cauda longa”, que é a capacidade de elevar ao infinito as possibilidades de interação.
A Internet faz com que você “consiga desacelerar o processo, mas não salva as relações”, acredita o antropólogo Robin Dunbar.
A Internet é a ferramenta mais poderosa já inventada no que diz respeito à amizade.
(ENADE 2015) A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno correspondente a um valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedade brasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como total relativização delas. Brasil. Ética e Cidadania. Brasília: MEC/SEB, 2007 (adaptado). Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e democrática  

sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos.
adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político.
promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, de sexo ou de cor.
apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa relativização de valores.
admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas identidades étnicas em detrimento de outras.
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